Quando Malia é encontrada ferida perto da prisão, Rick Grimes e seu grupo a acolhem, dando-lhe uma nova chance. Durante a recuperação, ela cria uma conexão inesperada com Carl, o filho de Rick. Em meio à luta pela sobrevivência, a amizade entre eles...
O sol começava a se pôr, tingindo o céu de tons alaranjados. O portão da prisão permanecia quieto, com apenas o som suave do vento quebrando o silêncio. Eu, Carl e Carol estávamos ainda de vigia, conversando para passar o tempo.
— Eu me pergunto como as coisas eram para vocês antes disso tudo — Carol comentou, ainda olhando para o horizonte.
— Bem mais simples — respondi, lembrando vagamente de minha vida antes do apocalipse. — As maiores preocupações eram escola, amigos... não isso.
Carl deu um leve sorriso.
— Eu costumava me preocupar se ia conseguir a bicicleta nova no Natal. Agora, só penso se vou sobreviver até o próximo.
Carol assentiu com um suspiro profundo.
— Mesmo assim, vocês têm algo especial. Não deixem isso escapar.
Antes que eu pudesse perguntar o que ela queria dizer, vimos algo ao longe: carros. Minha respiração ficou presa por um segundo.
— É o grupo! — Carl exclamou, já ficando de pé com a arma em mãos.
Carol rapidamente destrancou o portão, e os carros entraram devagar. Assim que pararam, a primeira pessoa a sair foi Daryl.
— Daryl! — corri até ele, não conseguindo conter a felicidade. Joguei meus braços ao redor dele, abraçando-o apertado. — Estava com medo de que algo tivesse acontecido com você!
— Eu tô inteiro, garota. Relaxa. — Ele bagunçou meu cabelo, sorrindo levemente.
Logo atrás dele, Glenn e Maggie desceram. Corri até eles, envolvendo-os em um abraço caloroso.
— Eu estava com tanta saudade! — confessei, apertando-os ainda mais.
— Nós também, Malia. — Maggie sorriu, segurando minha mão.
Por fim, Rick saiu do carro. Carl foi o primeiro a correr até ele, abraçando-o com força.
— Você tá bem, pai?
— Tô, filho. Tá tudo bem agora. — Rick retribuiu o abraço com carinho.
Esperei pacientemente que o momento deles terminasse antes de me aproximar.
— Rick, precisamos conversar. — Olhei para Carl, que acenou para confirmar. — Encontramos um grupo ontem... eles estão no refeitório.
Rick estreitou os olhos, já ficando sério.
— Um grupo? Quantos?
— Quatro — respondi, tentando parecer confiante. — Eles precisavam de ajuda, e Hershel cuidou deles.
Rick bufou, claramente frustrado.
— Vamos resolver isso agora.
Seguimos para o refeitório, onde o grupo estava. Rick fez as perguntas de sempre: quem eram, de onde vinham, o que queriam. Tyreese respondeu por todos, e, após uma conversa longa e tensa, Rick finalmente assentiu.
— Vocês podem ficar. Mas sigam as regras, e não deem motivos para arrependimentos.
O grupo agradeceu, e as apresentações foram feitas. Depois de tudo, eu puxei Carl pela mão.
— Vamos para a árvore? — perguntei.
Ele não resistiu, seguindo comigo até nosso lugar favorito.
Sentamos sob a sombra da árvore, o ar fresco aliviando o calor do dia. Por um momento, ficamos em silêncio, apenas olhando o céu.
— O que você acha do grupo novo? — perguntei, quebrando o silêncio.
Carl deu de ombros.
— Não sei ainda. Tyreese parece confiável, mas os outros... é cedo para dizer. E você?
— Acho que eles só querem um lugar seguro. Mas... com o Governador por aí, não sei se a prisão é tão segura assim.
Ele concordou, mas não parecia querer se aprofundar nesse assunto.
Depois de um tempo, eu respirei fundo, sentindo meu rosto esquentar com a próxima pergunta.
— Carl... Por que você me beijou aquele dia?
Ele me olhou, surpreso, mas não desviou o olhar.
— Você não gostou?
— Eu gostei — admiti, minha voz quase um sussurro. — Só não esperava...
Carl me encarou por um instante, e antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, ele se inclinou novamente, seus lábios encontrando os meus. Foi um beijo suave, mas cheio de emoção. Meu coração parecia querer sair do peito.
Quando nos afastamos, eu senti meu rosto queimar.
— Isso responde sua pergunta? — ele disse, com um sorriso tímido.
Eu ri, desviando o olhar.
— Responde, sim.
Por um momento, ficamos em silêncio, mas dessa vez havia uma leveza no ar. Ele segurou minha mão, entrelaçando nossos dedos, e eu senti que, apesar de tudo, aquele era um pequeno momento de felicidade em meio ao caos.
— Acho que... gosto mesmo de você, Malia — ele confessou.
Senti meu coração acelerar novamente, mas sorri para ele.
— Eu também gosto de você, Carl.
E ali, sob a sombra da árvore, sentimos que, pelo menos por um momento, o mundo era um lugar melhor. Mas, infelizmente não era, já que ele estava acabado.
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01: e esse final? Surtei.
02: quando chegar da escola vou tentar fazer mais capítulos, então só a noite irei postar. Tentarei fazer capítulos maiores e com mais coisas.
03: beijos 🫶🏼🤍
04: juro, acho que essa fanfic vai ficar enorme. A gente ainda tá no ato I e nem terminei 😭
