49

3.2K 217 87
                                    

•Fantasma•

Entro na casa da minha coroa depois de ter conferido que não era nada demais, um silêncio, não vejo ninguém na sala nem na cozinha então caminho até o quarto que provavelmente ela vai estar lá.

Entro a vendo sentada na cama sorrindo como nunca, e ao seu lado a ruiva que fazia muito tempo que eu não via, puta que pariu.

-Porra, que surpresa!- ela se levanta vindo me abraçar e eu retribuo, ela se afasta e eu deixo um beijo em sua cabeça.

Rayanne: Sentiu saudades?- ela fala sorrindo e eu confirmo ainda sem acreditar que tô vendo ela aqui na minha frente.

-Pra caralho. Enjoou dos estados Unidos foi?

Rayanne: enjoei nada, lá é perfeito, tava era com saudades de vocês, muita.

-Eu também pô, achei que não ia te ver nem tão cedo, nem avisa né pilantra.

Rayanne: quis fazer uma surpresa pra você e pra mamãe, ela quase infarta quando me viu.

Meire: Claro, achei até que eu tava vendo alma, misericórdia, quer matar sua mãe é?- dou uma risada grossa.

-Tu continua a mesma, papo reto.

Rayane: A mesma nada,melhorei horrores, e você, mudou ou ainda continua o mesmo safado de sempre?

-Nunca fui isso aí não, mentirosa do caralho tu.

Meire: Eu espero que não, ele conheceu uma menina aí, meu corude mãe diz que é ela a mulher pro Victor, só falta ele reagir em pegar essa menina pra ele logo.

Rayanne: ixx, quem é essa? Quero conhecer depois, mas a senhora sabe muito bem que a mulher pro Victor é a Monique.- estalo a língua na boca ouvindo os tipos de conversa.

- Porra de Monique, Rayane, não começa não por favor.- ela levanta os braços em forma de rendição e minha mãe se levanta.

Meire: vamo comer um bolinho que eu fiz, sem discussão por besteira, não quero meus filhos brigando não.

Deixo um beijo na cabeça da minha coroa e acompanho ela até a cozinha vendo meu bolo preferido feito e sorrio vendo a cara feia que a Rayane faz ao ver.

Rayanne: Nem quando eu volto sou a preferida, vou voltar prós Estados Unidos que sou mais importante lá.

-Sem drama por favor.- falo e fico por ali conversando sobre tudo que aconteceu durante esses tempo, e ela me falando com é lá também.

Depois de comer e conversar pra caralho, Rayane começou a pedir pra mim levar a ela pra andar pelo morro, pra ela ver como estão as coisas depois de tanto tempo sem ver.

Subo na moto e espero ela subir também, começo passando pelas ruas daqui de cima mesmo, enquanto ela lembra das vezes que ficávamos correndo por aí, ela vivia colada em mim, a todo custo.

Vou até lá embaixo e aproveito pra ver como tá os moleque lá na barreira. Depois de rodar pra carai por aqui e a Monique quase voar da moto, subo voltando pra casa da minha mãe.

No meio do caminho avisto a pretinha junto da amiga, ela tava toda arrumada, de vestido e até salto alto, fico feliz que ela melhorou, mas também queria saber pra onde ela vai, nem falei com ela ainda depois do que fiz, mas mando mensagem qualquer hora.

Ela me olha, mas desvia o olhar pra quem tá atrás junto comigo, Rayanne, puta que pariu, ela vai achar que é alguma mina que eu pego, mas depois eu explico pra ela.

Nem me olhou direito, só encarou quem tava atrás e desviou o olhar, sua cara de bravinha de sempre, tiro essa marra rapidinho.

Deixo minha irmã em casa e vou na casa do JV que tá me ligando feito um retardado. Quando ele tá sem oque fazer fica desse jeito, tudo pra beber , já até acostumei com isso.

Provavelmente Lavínia não chamou ele pra sair, por isso que ele tá assim. Desço da moto parando na casa dele e entro mesmo sem bater na porta, já sou de casa porra.

-Pensei que eu ia chegar aqui e tu ia tá com um filho nos braços de tanto que me liga Caraí.

JV: vem de gracinha não que eu tô no ódio hoje.

-Ãn, foi oque agora?- pergunto.

JV: Beatriz me dando perdido, mas deixa ela.

-Vi ela e Lavinia descendo o morro toda arrumada, vão pra onde?- pergunto na intenção de saber.

JV: e tu acha que eu sei? Ela sumiu, não responde nem nada, tudo isso porque mecheu no meu celular e achou oque não devia.

-E tu deixou? É um fudido mermo.

JV: deixei nada, ela pegou quando eu fui dormir, não tive culpa se sou o famoso goza y dorme.

-mulher é bicho do cão mermo viu, mas quem sofre é nós.- vejo ele concordar.

Puxo meu radinho da cintura acionando os mano da barreira, elas saíram provavelmente de Uber, mas não custa perguntar né.

-Choquito, tá na voz?

Choquito: aqui patrão, manda a boa.

-Tá ligado naquela cacheada, amiga do JV?

Choquito:Uma pretinha do rabão que anda com uma do cabelo liso patrão?

-Tá maluco de chamar ela assim? Não faz eu descer aí e te mostrar qual é o rabão filho da puta.

Choquito: foi mal patrão, não precisa não pô.

-Ela saiu do morro de quê?

Choquito:um carro preto tava esperando na esquina e elas entraram, só sei de uma coisa patrão, Uber não era.

-Jae, e Valeu aí, mas tu se liga, na próxima vez não vou passar pano não.

Saio da frequência e olho pra cara do JV que tá igual aquelas veia fofoqueira que não pode ver ninguém no telefone que já presta atenção pra querer saber oque é, fofoqueiro do caralho.

JV:  Desembucha viado.

-Sairam em um carro, choquito passou a visão de que não era Uber não.

JV: se não era Uber era oque?- faço cara de tédio.

-Tá óbvio que a alguém veio buscar elas né, só resta saber quem.

Não achei esse bagulho legal não, vou procurar saber essa parada direito pra ver quem é que veio buscar e pra onde que ela foi.

Peço pro moleque da minha contenção ir pegar um whisky pá mim tomar com esse viado do JV e logo ele chega. Fico por ali bebendo e assistindo o jogo do Mengo que tava passando.

_____________________________________






•Além Da MarraOnde histórias criam vida. Descubra agora