Capítulo 33

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A noite caía sobre o reino, e uma tensão pairava sobre o castelo. Jungkook e Joon-woo haviam decidido agir juntos, deixando para trás as antigas rixas e focando na segurança de Jimin e na proteção de tudo o que amavam. A busca pelo servo traidor tornava-se mais urgente a cada minuto, e ambos sabiam que não poderiam desperdiçar tempo.

Os irmãos se dirigiram à sala de reuniões, onde Taemin os aguardava com um mapa detalhado da região. A posição exata do traidor ainda era desconhecida, mas rumores indicavam que ele se escondia em um vilarejo ao norte, em uma área de mata densa e trilhas íngremes. Taemin se aproximou dos príncipes e apontou para a região do mapa.

— Ele foi visto pela última vez aqui, perto da aldeia de Haren. Se está mesmo com informações sobre quem o contratou, é provável que tente se esconder até conseguir proteção de aliados.

Jungkook assentiu, os olhos fixos no mapa. A ideia de alguém traindo o castelo e colocando Jimin em perigo fazia seu sangue ferver.

— Organizaremos uma equipe para segui-lo, mas essa missão precisa ser discreta. Não podemos assustá-lo antes de obtermos as respostas que precisamos, — disse Jungkook.

Joon-woo, que até então permanecera em silêncio, tomou a palavra com uma voz séria e determinada.

— Eu irei com você, Jungkook. Esse traidor precisa ser pego, e quero estar ao seu lado para garantir que ele pague pelo que fez.

Jungkook olhou para o irmão, surpreso pela primeira vez com o tom resoluto e sincero de Joon-woo. Era claro que ele estava realmente arrependido por tudo o que havia acontecido.

— Então vamos juntos. Mas precisamos ser cuidadosos. Isso é mais do que uma vingança; precisamos de respostas para proteger quem amamos e impedir que algo assim aconteça novamente.

Com a decisão tomada, os irmãos começaram a se preparar para a jornada. A notícia da partida se espalhou pelo castelo, e Jimin logo soube que Jungkook e Joon-woo estavam saindo em uma missão perigosa. Preocupado, ele foi até a sala de armamentos, onde encontrou Jungkook verificando suas espadas e se preparando para a viagem.

Jimin se aproximou silenciosamente, observando o príncipe em seu momento de concentração. Quando Jungkook percebeu a presença dele, sorriu suavemente, embora a preocupação estivesse estampada em seu rosto.

— Você não precisa fazer isso sozinho, Jungkook, — disse Jimin com a voz suave. — Eu posso ir com você.

Jungkook balançou a cabeça, colocando a mão sobre o ombro de Jimin.

— Não, Jimin. É perigoso demais, e eu não suportaria te colocar em risco. Preciso que você fique aqui, seguro. Prometo que voltarei o mais rápido possível.

Jimin assentiu, apesar de sua relutância em deixá-lo partir. Ele sabia que Jungkook estava determinado e que, em momentos como esses, era melhor respeitar sua decisão. Mas, antes de deixar o príncipe partir, ele segurou a mão de Jungkook e sussurrou:

— Por favor, tome cuidado. Eu não suportaria te perder.

Jungkook acariciou o rosto de Jimin com carinho e prometeu que voltaria. Com um último beijo, ele se afastou, carregando consigo a determinação de proteger seu amor e seu reino.

Assim que a equipe estava reunida, Jungkook, Joon-woo, Taemin, e um pequeno grupo de guardas deixaram o castelo, cavalgando em direção ao vilarejo de Haren. A noite estava escura, e apenas o brilho tênue das estrelas iluminava o caminho. A floresta ao redor era densa e parecia ocultar segredos antigos, como se estivesse testemunhando os acontecimentos em silêncio.

Enquanto cavalgavam, Jungkook e Joon-woo trocavam poucas palavras, mas o entendimento entre eles era evidente. A relação deles, antes fragmentada, começava a se reconstruir com o propósito compartilhado de justiça e proteção.

Após algumas horas, eles chegaram aos arredores da aldeia de Haren. Desmontaram dos cavalos e avançaram a pé, movendo-se silenciosamente entre as árvores. Taemin liderava o grupo, usando o conhecimento das trilhas para guiá-los até o local onde o traidor fora avistado pela última vez.

Quando chegaram a uma clareira, ouviram um movimento à distância, o som de passos rápidos e vozes abafadas. Jungkook sinalizou para que o grupo parasse, e todos ficaram em silêncio, atentos ao menor ruído.

De repente, eles viram uma sombra se mover entre as árvores. Jungkook reconheceu o homem que havia trabalhado no castelo — o mesmo servo que tentara envenenar Jimin. Sem hesitar, ele fez um sinal para que o grupo avançasse, cercando o homem.

Quando o servo percebeu que estava encurralado, seus olhos se arregalaram de medo. Ele tentou correr, mas Jungkook foi mais rápido, avançando e bloqueando seu caminho.

— Onde pensa que vai? — a voz de Jungkook era baixa e ameaçadora. — Você tem muitas explicações a dar.

O homem olhou ao redor, em pânico, percebendo que não havia escapatória. Com um suspiro resignado, ele ergueu as mãos em sinal de rendição.

— Eu... Eu não queria machucar ninguém! Fui forçado!

Jungkook estreitou os olhos, seu olhar fulminante.

— Quem te forçou? Quem te deu a ordem de envenenar Jimin?

O servo hesitou, visivelmente apavorado. Mas, diante do olhar feroz de Jungkook e a presença ameaçadora de Joon-woo, ele finalmente cedeu.

Foi um homem da aldeia de Lyren. Ele disse que era por vingança, que o príncipe precisava sofrer para entender o que é perder. Ele me pagou bem, e eu... eu não tinha escolha!

Jungkook trocou um olhar com Joon-woo. Havia alguém disposto a prejudicar o reino e, especificamente, Jimin por razões obscuras. A ameaça era maior do que imaginavam.

Você vai voltar conosco para o castelo. Lá, você contará cada detalhe dessa conspiração, — disse Jungkook, em tom firme.

Enquanto o servo era amarrado e preparado para ser levado de volta, Jungkook e Joon-woo compartilharam um olhar de determinação. Sabiam que essa missão era apenas o começo de algo mais sombrio que pairava sobre o reino. Ambos sentiam o peso do dever de proteger não apenas Jimin, mas o povo e a paz do reino.

Na viagem de volta, Jungkook refletiu sobre os desafios que viriam, mas sentia-se mais preparado do que nunca para enfrentá-los.

Azul como a cor dos seus olhosOnde histórias criam vida. Descubra agora