---Sem músicas nesse capítulo---
----------BOA LEITURA----------
Era apenas uma terça-feira normal na vida e rotina da policial Charlie Lloyd. Estava há algumas horas já no seu turno de fiscalização no cruzamento da Rodovia Frederick com a Rodovia Game Preserve.
Chovia bastante e, mesmo de capa de chuva e blusa reforçada, podia sentir o gelo da umidade em seus ossos.
Cansada e com frio, já estava perdendo a paciência e foco no lento serviço que era parar os veículos para fiscalização detalhada. Estava apenas mirando a lanterna dentro dos carros e mandando para o seus colegas, uns metros mais à frente, apenas os que achava muito suspeito e os que possuíam vidro escuro.
As viaturas deles estavam mais à frente, na horizontal, fechando uma parte da pista para melhor controle da blitz. Do outro lado, no sentido oposto, um outro veículo policial fazia vista, sem necessidade de parar, dos veículos que entravam na cidade - número que era infinitamente menor dos que saíam.
Ainda assim, como essa não era a rodovia principal para Frederick, o fluxo estava menos intenso que o da Washington National Pike.
Charlie deu uma espiada no celular, logo após direcionar um carro que achara suspeito para parar mais a frente e seus colegas o vistoriarem. Eram 7:34pm, faltava pouco agora para seu turno acabar - às 8:00pm.
Estava bem longe do seu conhecimento naquele momento que o carro grande verde, que se aproximava dela para a fiscalização, continha um homem - que por acaso era o mesmo que as autoridades foram instruídas pela Shield a encontrar e estava foragido - escondido no banco de trás, mantendo a mulher que dirigia o veículo sob mira de uma arma.
Lá dentro desse carro, Francesca Vacciano se sentia absurdamente sob pressão.
-Ah meu deus, o que eu faço? - perguntou em voz alta, em pânico. O seu ritmo cardíaco estava altíssimo. Seu peito subia e descia muito rápido com a sua respiração descontrolada.
Estava se aproximando de uma policial, sua avó ligava em seu celular e havia um homem no banco de trás que até agora a pouco ameaçava a vida dela, mas ela teria que dar um jeito de escondê-lo pois queria saber o que ele tinha a dizer sobre sua mãe.
-Escute bem... - ele começou a dizer para ela, alguns metros antes de chegar na blitz - a moça dirigia em segunda marcha, bem lentamente até o ponto policiado. Explicou o mais rápido que pôde para a moça - Atenda o telefone ao mesmo tempo que parar e coloque em volume alto. Entregue seu documento, mas não preste muita atenção na policial, não podem olhar dentro de seu carro sem anunciarem formalmente para você e não vão querer te esperar.
Ele, como era altamente treinado para situações de conflitos, conseguia chegar rápido em soluções inteligentes para problemas. A linha de raciocínio para resolver aquele problema em questão se concluiu em poucos milésimos de segundos após perceber o policiamento.
-Merda, merda, merda... Ok, ok, ok... - Francesca respondeu, somando uma instrução mais outra em sua cabeça. Nem chegou a ponderar como ele pensou tão rápido naquilo.
Ela tinha que conseguir. A informação veio muito rápido, mas seu cérebro havia lhe dado um "ok" de que tinha entendido. Veria a seguir, na prática, se realmente conseguiria executar os comandos em sincronia.
Começou por controlar sua respiração. Mesmo que sentisse que estava faltando ar, ela a manteria num ritmo mais calmo.
A policial, de estatura baixa, pele clara e cabelo preto preso em coque, sinalizou para ela parar. Frances parou ao seu lado, abaixou o vidro e entregou sua carteira de motorista que ficava fácil no painel do carro.
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Paixão Invernal
RomanceA mais bem sucedida arma humana criada pela ciência e uma mera mortal, filha de uma recém-falecida médica da Hydra. Ambos se juntam em uma jornada perigosa pelos EUA. Nessa longa e imprevisível viagem, devem aprender a aturar suas diferenças e a con...