Quando duas pessoas teimosas teimam uma com a outra

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---MÚSICAS CITADAS NO CAPÍTULO---
Blink 182 - I Miss You
Mario del Monaco - O Sole Mio


Lembrando que as músicas estão na ordem em que aparecem ;D


----------BOA LEITURA----------


A estrada pela qual Francesca e Dominique dirigiam se parecia muito com uma parte da Urbana Pike onde haviam árvores mais fechadas e ao lado da estrada o pequeno Cemitério Montgomery.

A diferença ali era que as árvores eram mais densas e a extensão do cemitério ao lado esquerdo deles - isso significava que estavam indo na direção de Washington? - não era "pequena"; na verdade parecia não acabar mais. Mas Frances tinha a estranha sensação de que ainda era aquele trecho da estrada velha.

Os irmãos ouviam uma música no rádio da qual ambos gostavam muito.

"...Where you can always find me (...Onde você sempre pode me encontrar)

And we'll have Halloween on Christimas (E teremos o Halloween no Natal)

And, in the night, we'll wish this never ends (E, à noite, vamos desejar que isso nunca acabe)

We'll wish this never ends ( Vamos desejar que isso nunca acabe)"

Eles cantavam juntos, alegres, apesar da melancólica letra. Como poderiam não cantar? Além desse ser o hobbie favorito de ambos, também sempre se sentiam alegres um ao lado do outro. Afinal, eles eram melhores amigos.

A moça desejava que aquele momento nunca acabasse.

" I miss you, miss you (Eu sinto sua falta, sinto sua falta)

I miss you, miss you ( "Eu sinto sua falta, sinto sua falta)

A sensação de que a estrada estava terminando e o cemitério estava cada vez mais ao lado do carro deles, se manifestava no interior da moça.

"Where are you? (Onde você está?)

And i'm so sorry (E eu sinto muito)

I cannot sleep, i cannot dream tonight (Eu não consigo dormir, eu não consigo sonhar esta noite)

I need somebody and always (Eu preciso de alguém e sempre)

This sick, strange darkness (Essa doentia, estranha escuridão)

Comes creeping on, so haunting every time... (Chega me espreitando, sempre tão assombrosa...)"

Olhou, enquanto dirigia, para a estrada ao lado... Mas não havia mais a via oposta, apenas o cemitério e a copa das árvores cobrindo suas cabeças. Dirigia em apenas uma via e tampouco via algum tronco, das árvores acima deles.

A moça começou a se sentir cada vez mais inquieta. A sensação de adrenalina e diversão se dissipava cada vez mais.

Afinal, como eles chegaram ali? Não lembrava de terem saído de casa...

Olhou arfando, com uma falta de ar que lhe tomou inexplicavelmente, para o seu irmão ao seu lado. Ele cantava tranquilamente e tocava uma guitarra imaginária; de vez em quando olhando para ela e dando aquele sorriso com covinhas que somente ele tinha e o fazia parecer fofo e descolado ao mesmo tempo. Sua pele, de mesmo tom de Francesca, estava iluminada pelo brilho da lua cheia e seu cabelo escuro e volumoso - corte estilo E-boy - estava jogado para o lado, despenteado e charmoso como sempre.

Paixão InvernalOnde histórias criam vida. Descubra agora