---Sem músicas nesse capítulo---
----------BOA LEITURA----------
Então, enquanto uma pesada chuva se intensificava do lado de fora - com forte ventania e trovões - e seu esquecido celular tocava no painel de seu carro lá na garagem, Francesca tentava guiar um homem de 1,83 de altura e mais de 80 quilos ferido pela casa da família.
Eles saíram da cozinha pela porta bem em frente a escada em L que levava ao mezanino da grande sala octogonal.
James observou a beleza e aconchego da grande sala de estar. Com uma depressão de um degrau no centro, os sofás cor de vinho cheios de almofadas e as poltronas de couro marrons e vermelhas ficavam num nível abaixo do piso que contornava essa depressão. Com um carpete verde salmoura bem sutil e muito acolhedor.
A grande lareira entre os dois grandes janelões de ferro modernos estava apagada, com algumas meias coloridas penduradas decorando sua extensão. Uma árvore de natal acesa numa intensidade bem baixa com alguns presentes na sua base estavam do lado esquerdo, em frente uma das grandes janelas fechada por uma longa cortina branca.
Os paredões de painéis clássicos de madeira ornamentada estavam repletos de quadros de pinturas a óleo - que subiam até a altura do mezanino. Nos dois aparadores que estavam espalhados estrategicamente e elegantemente pela sala, se encontravam várias fotografias de família - que James não conseguia visualizar com muita atenção, tanto pela distância, quanto pelos seus anuviados sentidos.
Na parede oposta da onde eles vinham, se localizava um arco para um longo corredor que seguia pela restante e grande extensão do casarão e, ao lado esquerdo do mesmo, uma porta de vitral igual as da cozinha. Não podia ver pelo vidro o que havia no cômodo, devido a escuridão da casa, mas supôs, pela localização e pela ausência de mesa na cozinha, que seria uma sala de jantar tão sofisticada quanto o restante dos cômodos que vira até aquele momento.
Mas eles não seguiram na direção daquela parede. Frances o impulsionou escada acima.
A moça cogitou levá-lo ao escritório da mãe, que era no final do corretor da outra parte da casa, mas a ideia de alguém chegar de surpresa e pegá-los desprevenidos num cômodo que a mesma nunca adentrou depois que sua mãe faleceu - e que tampouco tinha algum lugar para esconder o homem - a fez repensar a ideia. Mesmo que conseguisse escondê-lo, como explicaria estar ali naquele horário sozinha?
De qualquer forma, seu quarto, onde estava decidida a levá-lo naquele momento, era um ambiente muito mais propício para esconder uma pessoa - devido possuir um grande closet e um banheiro. E também, era seu quarto! Ninguém tinha a chave e ninguém a questionaria de estar lá.
-Vamos por aqui - ela usou toda sua força para ajudá-lo a subir os degraus, e isso que o mesmo não estava soltando todo o seu peso.
Chegaram, ambos ofegantes, no topo da escada. O mezanino, com cercado da mesma linha do corrimão e com vista para metade do grande salão, era uma sala de televisão. Com uma decoração mais moderna, de tons frios e uma imensa janela industrial em meia lua, possuía dois largos sofás de vime escuro, com estofado verde água e duas poltronas do mesmo jogo.
Atrás de Frances e James, um arco com corredor, e à frente deles, mais um corredor.
James estava atordoado com o quão grande era aquela casa. Ele só queria chegar logo em algum lugar e descansar o seu corpo.
Por sorte não andaram muito mais, pois só atravessaram a sala até o corredor da frente e já pararam logo na primeira porta à direita.
Estava destrancada, pois não tinha necessidade de permanecer fechada enquanto a moça não habitasse a casa. Mas assim que adentraram, Frances acendeu a luz e já trancou a porta atrás deles, com a chave que ficava lá pelo lado de dentro.
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Paixão Invernal
RomanceA mais bem sucedida arma humana criada pela ciência e uma mera mortal, filha de uma recém-falecida médica da Hydra. Ambos se juntam em uma jornada perigosa pelos EUA. Nessa longa e imprevisível viagem, devem aprender a aturar suas diferenças e a con...