Tomás acordou com Estela lambendo o seu rosto.
_Êita, que eu já acordo todo babado, sua cachorra! _ ele disse tentando se afastar dela, enquanto passava as costas da mão na boca para retirar o excesso de baba. _O que você tem de linda você tem de folgada, menina!
O rapaz levou um susto quando viu a mão suja de tinta vermelha.
Aquela imagem o fez sentar-se rapidamente olhando para ambas as mãos confuso.
_Mas que merda é esta agora, meu Deus?
Num primeiro momento, chegou a pensar horrorizado que fosse sangue e só depois viu aliviado que não era.
_Essa não...Já vi que a louca aprontou de novo pra cima de mim. _ ele falou jogando o edredom de lado e saindo da cama preocupado.
O dia estava claro e ele estranhou ver as luzes da casa acesas. Mecanicamente foi apagando uma a uma, tentando se lembrar se tinha visto Saulo voltar da tal reunião na véspera.
Como nos outros apagões que havia tido, ele não se lembrava de nada!
Assustado, Tomás viu que a porta de entrada da casa estava aberta.
Havia sangue em alguns pontos da sala, como na maçaneta e também no sofá e no tapete.
Ele pensou o pior:
_ Mas o que é isso, meu Deus? Estela, será que fomos assaltados e acertaram o Saulo?
Ele foi andando até a porta e viu o carro de Saulo na garagem estacionado de forma estranha.
Estela já corria na frente e latia em volta do veículo, como se percebesse que algo ali não estava bem.
Tomás correu e examinou dentro do carro, temendo encontrar o corpo de Saulo lá. Foi um alívio não encontrar nada.
Tomás examinou o carro batido...Havia algumas manchas de sangue no banco do motorista.
_O que aconteceu aqui, afinal? Onde está o Saulo?
Estela latiu anunciando algo e ele a seguiu de volta até a casa... ela estava muito agitada como se quisesse lhe mostrar mais alguma coisa.
Tomás parou na porta do quarto de Saulo e tampou a boca, temendo gritar e assustar o dono da casa.
Saulo estava estirado na cama que nem havia desarrumado, ainda vestido com as roupas da véspera sujas de sangue.
_Misericórdia! _ Tomás deu um passo atrás, encostou-se na parede e arregalou os olhos.
Mais uma vez, ele chegou a pensar que Saulo pudesse estar morto.
Estela latia em volta do corpo do dono da casa como se também temesse o pior.
Tomás respirou fundo tentando buscar coragem para verificar o pulso de Saulo, já temendo que ele estivesse morto e as consequências daquilo recaíssem sobre as suas costas.
Como ele explicaria a sua presença na cena do crime?
Ninguém sabia que Tomás estava ali naquela casa e, por isso, poderiam suspeitar que ele houvesse invadido o local e tivesse matado o dono da casa pra roubar, provavelmente.
O rapaz estendeu a mão trêmula até o pescoço de Saulo na tentativa de verificar se ele estava vivo ou não.
Assim que Tomás tocou o corpo, Saulo falou:
_Calma que eu ainda não estou morto, Tomás.
O rapaz deu um grito abafado de alívio:
_Graças a Deus!
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SEM SAÍDA-Armando Scoth Lee-romance gay
RomansaIMPRÓPRIO PARA MENORES- Aquela poderia ter sido apenas mais uma noite entediante no Bar do Jordão, um barzinho miserável de beira de estrada e que era uma parada obrigatória para vários caminhoneiros....Uma jovem enigmática que se destaca no ambie...