𓇼 ⋆.˚ 𓆉 𓆝 𓆡 Capítulo VIII 𓆉 𓆝 𓆡⋆.˚𓇼

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Capítulo VIII

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Capítulo VIII

A ausência de Carlisle pesava sobre Sirena como uma sombra insistente, uma presença ausente que cutucava suas emoções sempre que ela permitia. Uma semana havia se passado desde a última vez que o vira, e embora ela tivesse passado boa parte desse tempo em uma espécie de êxtase sombrio ao lado de Dean, havia algo em Carlisle que a inquietava. Ele representava um enigma que ela não conseguia decifrar por completo — e Sirena odiava essa falta de controle.

Dean, por outro lado, era um jogo fácil. As noites intensas ao lado dele tinham sido um mergulho na luxúria e na fome que ela sentia, não apenas por poder, mas também por algo que nunca admitiria: aceitação. Ela absorvia a energia dele, uma mistura inebriante de desejo e vigor humano, e isso a fazia sentir-se imbatível. Ou, pelo menos, era o que tentava convencer a si mesma.

No fundo, Sirena sabia que ainda não havia conseguido o que realmente desejava. Os humanos eram simples de manipular, mas não traziam o desafio e o poder que sua ambição ansiava. Ela precisava de mais. Precisava de algo ou alguém que validasse suas habilidades. Mas até agora, todas as suas tentativas encontraram resistência ou desinteresse, e isso corroía mais do que gostaria de admitir.

Enquanto se olhava no espelho naquela noite, ajustando a blusa branca de alças que acentuava seu brilho dourado, Sirena percebeu uma tensão em sua expressão que não combinava com o sorriso confiante que exibia. Seus olhos, normalmente transparentes e enigmáticos, refletiam uma fragilidade que ela preferia ocultar.

Ela passou os dedos pelos cabelos ondulados, tentando dissipar aquela insegurança que ameaçava aflorar. "Paul será diferente," pensou, mais como uma promessa a si mesma do que uma certeza. Ele fora receptivo desde o começo, quase ingênuo em sua facilidade de ser encantado por ela. Paul era jovem, impulsivo e vulnerável às provocações certas. E se tudo saísse como planejado, ele seria seu primeiro alvo sobrenatural concreto.

Mas havia um problema — Sam. Sirena sabia que ele era mais do que apenas um amigo para Paul; era o líder da matilha, e sua presença inabalável fazia qualquer um hesitar. Até mesmo ela. Sam tinha um olhar penetrante que parecia atravessar fachadas, como se pudesse ver diretamente os segredos que alguém tentava esconder. E Sirena não gostava de ser lida dessa maneira.

Ainda assim, sua ambição falou mais alto. Ela decidiu arriscar. Mesmo que isso significasse enfrentar Sam, usaria ao máximo seu dom psíquico, aproveitando-se do fato de estar saciada de Dean.

Ele, por outro lado, estava como um maníaco, viciado e insaciável, como alguém que carregava em suas costas um peso insuportável — e esse peso tinha nome: Sirena.

Naquela noite, ela decidiu ir à reserva. A ideia era simples: encontrar Paul na praia, onde ele costumava ir para escapar do peso de suas responsabilidades. Ela havia visto isso em sua mente, quando se encontraram pela primeira vez. Apostava que ele estaria sozinho, distraído e vulnerável, exatamente como precisava que ele estivesse.

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