volume I - Lua crescente
Forks, a pequena cidade no estado de Washington, sempre esteve envolta em uma neblina constante, como se o mundo natural tentasse esconder os segredos que ali se abrigavam. Mas naquela noite, algo diferente se aproximava, al...
You're no good for me Baby, you're no good for me You're no good for me But, baby, I want you, I want you...
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Capítulo X
O dia amanheceu e o céu estava coberto por nuvens densas, cinzentas, como uma cortina pesada que parecia querer rasgar a qualquer momento para liberar uma chuva torrencial. O ar estava frio, carregado com um toque de eletricidade que fazia a pele arrepiar. Apesar disso, nenhuma gota de chuva havia caído, e o clima instável conferia ao ambiente uma sensação inquietante.
Sirena, no entanto, parecia completamente em paz em meio àquele cenário, exceto pela falta que sentia do médico. Ela queria provocá-lo, queria seduzi-lo e se fortalecer enquanto trocava fluidos com ele. Carlisle estava se tornando a obsessão da sereia, e isso a enfraquecia, pois a colocava em uma posição vulnerável. Ela odiava a rejeição, e odiava ainda mais quando essa rejeição ocorria devido a outra mulher. Esme... o nome passava em sua mente, e ela pensava: "Aposto que essa desgraçada é uma puta fraca que nem dar direito deve saber. Adoraria a encontrar e mostrar o quão superior e gostosa eu sou."
Sirena desceu mal-humorada, foi à casa de seu vizinho, transou com o mesmo para passar o tempo e cuidou de suas filhas e, quando a noite deu seus primeiros sinais, decidiu ir até o mercado. Pensou em fazer algo para se distrair e até mesmo iniciar seu plano de seduzir Charlie. Ela queria comprar algo para ele comer e passar em sua casa, ou até mesmo em seu trabalho.
Ela caminhava com confiança, suas botas emitindo leves toques contra o piso do estacionamento do mercado. Sua jaqueta marrom com forro de pelos a envolvia como um abraço aconchegante, enquanto uma blusa verde com um decote sutil revelava a pele macia de seu colo. O calor de Paul reverbera por seu corpo a deixando aquecida, mesmo se estivesse nua poderia se sentir quente.
Uma calça justa moldava suas curvas, e dois colares — um curto, repousando logo acima da clavícula, e outro mais longo, balançando levemente a cada passo — completavam seu visual. Seus cabelos estavam soltos, caindo em ondas naturais que pareciam ter sido esculpidas pelo vento, e os olhos brilhavam com um misto de curiosidade e malícia.
Ela entrou no mercado, sentindo o contraste das temperaturas do exterior com o ambiente artificialmente aquecido do interior. Conforme passeava pelos corredores, sua presença chamava a atenção. Havia algo nela — talvez o sorriso enigmático ou o jeito despreocupado de se mover — que fazia as pessoas olharem duas vezes. Sirena não precisava de esforço para ser notada, e ela sabia disso.
Foi então que, ao virar o corredor da seção de frutas, avistou Bella Swan. A jovem estava distraída, examinando uma bandeja de maçãs. Sirena hesitou por um instante, ponderando se deveria abordá-la ou passar direto, ela poderia fazer parte do seu plano. Antes que pudesse decidir, Bella levantou o olhar e a reconheceu.
— Sirena? Você se lembra de mim? — perguntou Bella, a voz hesitante, mas amigável.
Sirena ergueu uma sobrancelha, como se precisasse buscar a memória. Então, sorriu suavemente, um gesto calculado para parecer genuíno.