𓇼 ⋆.˚ 𓆉 𓆝 𓆡 Capítulo XVI 𓆉 𓆝 𓆡⋆.˚𓇼

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Capitulo XVI

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Capitulo XVI

Sirena observava Edward adormecido, um sorriso discreto e malicioso surgindo em seus lábios ao perceber a expressão indecifrável que dominava o rosto do vampiro. Satisfação e cálculo mesclavam-se em seu semblante, como se cada movimento tivesse sido minuciosamente planejado. Ela sabia que ele estava sob seu encanto, mas a vulnerabilidade dele a deixava eufórica. Movendo-se com uma leveza sobrenatural, aproximou-se da cama onde Edward repousava, o corpo relaxado de um modo que não deveria ser possível para um ser como ele.

— Tão bonito e tão perdido... — sussurrou, seus dedos roçando de leve a pele fria dele. — Uma pena que Bella não esteja aqui para ver isso.

Com um gesto quase casual, ela o ergueu nos braços, como se ele não passasse de um peso leve. Embora sua estrutura fosse imponente, a força dela tornava o ato insignificante. Enquanto o carregava para o andar de baixo, uma adrenalina pulsante percorria cada fibra do corpo. Largou-o no chão com um movimento brusco, o som do impacto ecoando pelo ambiente vazio. Edward permaneceu inerte, alheio a tudo. Sirena deu um passo para trás, os olhos brilhando com um misto de triunfo e curiosidade.

— Fraco... — murmurou, uma nota de escárnio na voz. — Então é assim que vocês realmente são? Fracos quando estão à mercê de uma mulher tão boa quanto eu? Carlisle também cairia assim? Ah, que decepção.

Ela o cutucou com o pé, quase desdenhosa, enquanto seus pensamentos se aprofundavam em planos futuros.

— Edward, Edward... O que você tem de tão especial? Talvez seja esse ar melancólico, esse olhar vazio... ou talvez seja o fato de que você não faz ideia do que está acontecendo. Isso me intriga.

A sensação de poder crescia dentro dela. Não só havia conseguido seduzir mais um vampiro, mas também algo nele parecia estar se transferindo para ela. Fragmentos da mente de Edward começaram a se entrelaçar com os dela, e sua própria habilidade de ler pensamentos parecia estar se aprimorando. Ela sorriu, a ideia de que o cheiro dela impregnado nele seria sentido por outros do clã a excitava.

— Vai ser delicioso quando Carlisle sentir meu perfume em você, — murmurou, a voz doce carregada de malícia. — Ou melhor ainda, quando Bella perceber o quanto você é... fraco.

Após algum tempo, Sirena decidiu que era hora de acordá-lo. Foi à cozinha, encheu um copo com água e voltou para onde o deixara. Sem hesitar, jogou o líquido frio no rosto dele.

— Edward, acorde! — chamou, sua voz misturando falsa urgência com um toque de ironia.

Os olhos de Edward se abriram lentamente, confusos. Ele piscou, tentando clarear a mente e entender o que estava acontecendo.

— Sirena? O que... o que aconteceu? — Sua voz estava rouca, carregada de exaustão.

— Eu não sei! — respondeu Sirena rapidamente, o tom dramático ensaiado com perfeição. — Você apareceu aqui, perguntou sobre Carlisle e... desmaiou! Fiquei tão preocupada...

Edward tentou se lembrar. Fragmentos de memórias vinham à tona: o beijo — a intensidade devastadora dele — e o olhar dela, hipnótico. Mas as imagens não se encaixavam. A lembrança do toque quente de Sirena contra sua pele gelada o atingiu, seguida pela sensação desconcertante de arrependimento. Seria possível? Ele havia traído Bella?

— Desmaiei? — Edward perguntou, incrédulo, o peso da suposta traição envenenando seus pensamentos.

— Sim! — respondeu Sirena, os olhos cheios de lágrimas falsas. — Eu pensei em ligar para Bella, mas... você sabe como é, fiquei tão nervosa que esqueci onde guardei o número dela.

Ele franziu o cenho, tentando processar as informações. Havia algo em sua mente que não se alinhava com as palavras dela, mas a neblina da confusão o impedia de se lembrar claramente.

— Sirena... o que aconteceu antes de eu desmaiar? — insistiu, a seriedade em sua voz fazendo com que Sirena se aproximasse ainda mais.

— Eu já disse, Edward. Você veio até aqui tão nervoso... algo sobre Carlisle... e então simplesmente caiu. Talvez seja o estresse. Você parece tão tenso ultimamente. Quem sabe eu possa ajudar com isso?

Ela deixou as palavras pairarem no ar, carregadas de uma malícia que o deixou ainda mais desconfortável. Edward apertou os olhos, lutando para juntar as peças. O que ele havia sentido? O beijo, a intensidade, a conexão... tudo parecia nebuloso e distante.

— Preciso ir — disse ele, levantando-se com esforço. Mas a fraqueza em suas pernas o traiu, e ele quase caiu de volta no chão.

— Ir embora? Assim, nesse estado? — Sirena deu um passo à frente, bloqueando a saída. — Você mal consegue ficar de pé! Descansar não seria mais sensato? Além disso... eu nem terminei de me divertir com você.

Edward não respondeu. Seu corpo parecia rejeitar a racionalidade, mas ele sabia que precisava sair dali. Alguma coisa não estava certa. Ele ignorou a insistência dela, movendo-se com dificuldade até a porta.

— Se mudar de ideia, estarei aqui — disse Sirena, o tom suave carregado de promessas enigmáticas. — Mas não demore.

Tenho certeza de que Carlisle e os outros, sejam lá quantos forem ficaram curiosos sobre o cheiro que você vai levar de mim... Pensou a sereia...

Quando Edward cruzou a soleira, a frieza da noite o envolveu imediatamente, e ele se espantou ao perceber que já era noite. Estava de manhã quando chegou à casa de Sirena. O caminho de volta para a mansão Cullen parecia mais longo, e a sensação de desconforto crescia a cada passo. O que havia acontecido naquela casa? E por que ele se sentia tão... vulnerável? Por que o cheiro de Sirena estava tão impregnado em seu corpo?

Ao chegar em casa, encontrou o lugar vazio. Não haveria perguntas, olhares preocupados ou questionamentos — algo que ele agradeceu silenciosamente. Subiu as escadas em passos arrastados, e ao chegar ao quarto, deixou-se cair na cama. Pela primeira vez em mais de um século, Edward sentiu algo que nunca deveria ser possível: sono.

Naquela noite, ele sonhou.

As imagens eram fragmentadas, mas devastadoras. Ele via Sirena aproximando-se, o sorriso dela carregado de intenções obscuras. O toque dela era quente, reconfortante, mas também ameaçador. Ele se via cedendo à atração, perdido na conexão incompreensível entre os dois.

Quando Edward despertou, a luz do amanhecer filtrava-se pela janela. Sentiu-se mais perdido do que nunca. Algo dentro dele dizia que precisava voltar àquela casa. Precisava de respostas. Mas a ideia de enfrentar Sirena novamente fazia algo gelar dentro de si.

— Sirena... — murmurou para si mesmo, a lembrança da jovem inundando sua mente novamente. — O que diabos é você?

Ela era a chave para isso, ele sabia. Mas o que exatamente ela estava fazendo com ele? Era ela quem estava provocando essa vulnerabilidade, essa confusão? Ou havia algo mais em jogo?

Edward começou a ponderar se ela poderia ser algum tipo de ser sobrenatural. Um demônio? Talvez? Ou seria um vampiro mais velho, alguém com um dom único, fazendo-o de idiota?

Ele odiava não ter respostas, mas algo dentro dele dizia que precisava voltar àquela casa. Não podia deixar isso assim. Mas, no fundo, ele sabia: estava sendo puxado de volta para ela. E temia que dessa vez, não conseguisse escapar.

— Maldita! 

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