𓇼 ⋆.˚ 𓆉 𓆝 𓆡 Capítulo XXXIV𓆉 𓆝 𓆡⋆.˚𓇼

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Capítulo XXIV

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Capítulo XXIV

A lua crescente surgia no céu noturno, banhando o mar com um brilho frio e prateado. As ondas quebravam com suavidade, mas a quietude da noite era perturbada por quatro figuras que se moviam em sincronia, como predadores ancestrais. As irmãs de Sirena - Anubis, Zelena, Cariba e Miranda - haviam se reunido para algo muito mais sombrio do que qualquer brincadeira cruel.

Anubis, a mais velha, permanecia séria à beira da água, observando. Seus olhos, escuros e profundos, refletiam a luz da lua como espelhos que guardavam segredos antigos. Sua intenção era simples: localizar a irmã que se tornara invisível ao mundo das sereias, um ponto de preocupação que ela disfarçava sob sua autoridade silenciosa. A determinação de Anubis não era motivada por malícia, mas pela necessidade de proteger, de controlar, de manter o equilíbrio dentro do clã das irmãs.

Zelena, por outro lado, não escondia a malícia que ardia dentro dela. Sua presença era como uma lâmina, fria e afiada, pronta para infligir dor. Ela adorava o poder de manipular, de infligir sofrimento, de sentir a reação de suas vítimas diante da dor. O prazer da crueldade era seu combustível, e naquela noite, seu desejo de machucar e dominar estava amplificado pela lua crescente, que parecia sintonizar-se com sua própria energia.

Miranda e Cariba seguiam suas ordens e instintos. Miranda ansiava por humilhar, manipular e transformar Sirena em um objeto para seu ódio, uma forma de projetar suas frustrações e ressentimentos sobre alguém que sempre havia desafiado sua paciência. Já Cariba, ferida e atormentada, assumia a posição de substituta em meio à dinâmica cruel das irmãs. Seu corpo estava marcado, sua alma carregava cicatrizes, e seu sangue era a chave para o ritual que precisavam completar.

O ritual começou.

Cariba foi posicionada no centro do círculo traçado pelas irmãs, os pés firmes na areia fria, o coração batendo em um ritmo acelerado de dor e ansiedade. Zelena segurava uma concha afiada, brilhando sob a luz da lua. O silêncio da noite parecia reverberar em cada respiração, cada batida de coração, cada estalo de pequenas ondas contra as rochas próximas.

- O sangue revela o caminho - disse Zelena, a voz carregada de crueldade, enquanto aproximava a concha do abdômen de Cariba.

Um corte profundo foi feito. O sangue escorria imediatamente, quente e vivo, um líquido rubro que brilhava sob a luz prateada da lua. Cariba gritou, um som de dor que se misturava ao rugido distante do oceano, mas suas irmãs não mostraram compaixão. Cada respiração de Cariba era interrompida pelo medo e pelo poder que a consumia, cada grito um eco do pacto que estavam formando com a lua.

- "Luna, cresci e brilhe, mostre onde a irmã se esconde. Que o sangue queimado guie o caminho e que a visão seja clara." - recitou Miranda, a voz firme e cadenciada, cada palavra carregada de intenção, ritual e magia ancestral. Cada sílaba parecia ser sugada pela lua, que respondia com um brilho ainda mais intenso, refletindo a energia acumulada pelo sangue derramado e pela dor do transe de Cariba.

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