volume I - Lua crescente
Forks, a pequena cidade no estado de Washington, sempre esteve envolta em uma neblina constante, como se o mundo natural tentasse esconder os segredos que ali se abrigavam. Mas naquela noite, algo diferente se aproximava, al...
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Capítulo XVII
— Mil vezes maldita! — A voz de Edward reverberou, dessa vez como um trovão, pela mansão Cullen, carregada de fúria e desespero. Os livros de sua estante voaram de suas mãos, espalhando-se pelo chão, mas ele não se importou. Seu peito subia e descia de maneira descontrolada, um traço de humanidade que há tempos não lhe servia. Seus punhos estavam cerrados, os olhos selvagens e sombrios.
— O que você fez comigo, sua maldita!
O caos dentro de sua mente era insuportável. Sirena o corroía como um veneno, uma marca em sua alma imortal. Como ele permitiu isso? Isso realmente aconteceu? Como ele pôde trair Bella, a mulher por quem jurou amor eterno? Como foi tão fraco? Como cedeu a um desejo que nem sabia existir? Ele sentia vergonha, nojo, raiva de si mesmo. Mas, acima de tudo, o que o destruía era a certeza de que, por mais que tentasse, não conseguia esquecê-la.
Os gemidos de Sirena ainda ecoavam em sua cabeça; o gosto de sua pele ainda pairava em seus lábios. Ela estava impregnada nele de uma forma avassaladora, como se tivesse se enraizado em cada parte de seu ser.
— Bella, Bella... me perdoa... — murmurou, apertando os cabelos com força suficiente para arrancá-los. — Eu nunca quis... eu nunca quis...
— Sai da minha cabeça, sua maldita!
O som abrupto da porta se abrindo o fez girar nos calcanhares.
— Edward?! — Alice entrou no quarto, franzindo o nariz. — Que cheiro é esse?
Os olhos dela se arregalaram. Era um cheiro que não deveria estar ali, que nunca deveria estar ali.
— Edward... você esteve com ela, não esteve? O cheiro dela... dá para sentir de longe.
O silêncio dele foi suficiente.
Alice arregalou os olhos dourados, sentindo a traição pairando como uma nuvem escura sobre eles.
— Você é um idiota.
— Alice, sai daqui. Agora.
— Não, você precisa me ouvir! — Ela insistiu, dando um passo adiante. — Essa garota está destruindo a nossa família! Primeiro foi Carlisle... e agora você? O que ela tem, Edward?
Edward se virou de costas para a irmã. Ele não podia ouvir isso. Não dela.
— Alice, por favor...
Alice o fitou, os olhos dançando entre a dor e a raiva. Por fim, bufou.
— Apenas tome um banho. Esse cheiro é... — Ela parou, sua expressão contorcendo-se em desgosto. — íntimo.
Edward fechou os olhos, engolindo seco, ainda mais atordoado. Isso era quase a confirmação absoluta de que ele e Sirena haviam transado. Antes que Alice pudesse dizer mais alguma coisa, ele saltou pela janela. — Eu preciso ver Bella... — disse o vampiro mais para si mesmo.