volume I - Lua crescente
Forks, a pequena cidade no estado de Washington, sempre esteve envolta em uma neblina constante, como se o mundo natural tentasse esconder os segredos que ali se abrigavam. Mas naquela noite, algo diferente se aproximava, al...
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Capítulo X
Já fazia duas semanas desde a última conversa dos Cullen sobre Sirena. Desde então, eles adotaram uma abordagem cuidadosa, mantendo uma vigilância discreta, quase obsessiva, sobre ela. Escondidos nas sombras, tentavam observar seus movimentos, analisar suas intenções, mas Sirena, com seus sentidos aguçados, havia percebido.
Entretanto, fingia não perceber. Brincava com a situação, interpretando seu papel de humana indefesa de forma impecável. Era uma provocação silenciosa. Não fazia nada que denunciasse sua verdadeira natureza, mas sabia que sua presença os inquietava, especialmente porque sempre parecia estar um passo à frente.
O tempo em Forks seguia chuvoso e frio, como sempre. O céu carregado parecia refletir o peso da tensão que se espalhava pela cidade. Sirena adaptou-se à vida humana melhor do que imaginara. Em Forks, sua influência crescia de forma acelerada. Após participar de um evento recente na cidade — uma arrecadação de fundos promovida pela escola — Sirena se tornou o assunto mais comentado. Homens suspiravam por ela, enquanto mulheres oscilavam entre admiração e inveja escancarada. Algumas tentavam se aproximar, talvez para absorver um pouco do brilho que ela emanava, mas outras a evitavam como se ela fosse perigosa, o que, ironicamente, era a verdade.
Nesse tempo, ela não apenas continuou a consolidar sua presença em Forks, mas também começou a brincar ativamente com as pessoas ao seu redor, manipulando-as de formas sutis e eficazes, ainda mais agora que trabalhava na pequena cafeteria da cidade. Era uma estratégia perfeita: simples e eficiente para se infiltrar ainda mais no cotidiano das pessoas.
A cafeteria era o coração pulsante de Forks durante os dias chuvosos, um refúgio de calor e cafeína onde todos passavam para se abrigar da chuva ou buscar um pouco de ânimo. Sirena desempenhava seu papel com maestria — atendendo com um sorriso desarmante que fazia qualquer um esquecer o mau tempo lá fora. Porém, nem todos os aspectos de sua nova rotina eram agradáveis.
As filhas de Dean agora estavam sob os cuidados de uma senhora rabugenta, cujo desagrado era visível toda vez que cruzava o olhar com Sirena. Essa mulher parecia uma presença incômoda na vida dela, como um pequeno espinho que Sirena tolerava por necessidade. Dean, por outro lado, era uma história diferente. Ele era o "zumbi favorito" de Sirena. O pobre homem estava em frangalhos. Sua vitalidade estava quase completamente drenada, mas ele continuava cedendo a ela, como um homem encantado. Sirena não se importava com o estado deplorável dele. Desde que ele continuasse oferecendo sua energia de bom grado, para ela era o suficiente.
Naquela noite, enquanto a chuva caía lá fora, Sirena dançava no quarto. A música preenchia o espaço, acompanhando os movimentos graciosos de seu corpo enquanto ela trocava de roupa. Seus pés deslizavam pelo chão de madeira desgastada, os cabelos esvoaçando ao ritmo de cada giro. O vestido azul-marinho que escolheu acentuava suas curvas e ela se observava no espelho com satisfação, um sorriso travesso nos lábios enquanto pensava em como seu charme estava afetando a todos ao seu redor.