volume I - Lua crescente
Forks, a pequena cidade no estado de Washington, sempre esteve envolta em uma neblina constante, como se o mundo natural tentasse esconder os segredos que ali se abrigavam. Mas naquela noite, algo diferente se aproximava, al...
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Capítulo XXVII
Ainda envolta na sensação de poder que o banho de lua lhe proporcionara, Sirena sentia a energia lunar pulsando em sua pele, iluminando cada curva e intensificando sua presença, tornando sua confiança quase tangível. Mas, de repente, um calafrio percorreu sua espinha. Cada sombra parecia se mover com intenção; cada suspiro do vento parecia direcionado a ela. A sensação de estar sendo observada era inegável, tão intensa quanto a primeira vez que sentira o predador invisível seguindo seus passos.
Decidiu que já havia absorvido o suficiente do ritual. Se houvesse perigo, os lobos na praia poderiam servir como distração perfeita — inconscientes, seriam apenas ferramentas temporárias de sua própria vontade, presas que poderia usar caso fosse necessário. Era hora de ir.
Sirena recolheu a saída de praia, ajustou o biquíni com movimentos precisos e seguiu em direção à sua casa, os passos leves e calculados ecoando na areia fria. A lua iluminava seu caminho, mas nada dissipava a sensação de olhos invisíveis sobre ela. Ela sabia que qualquer passo em falso poderia revelar vulnerabilidade, e não havia intenção de se tornar presa de ninguém.
Quase chegando em casa, Sirena sentiu o calor de olhos intensos sobre si. Carlisle estava ali, parado à sua frente, o olhar carregado de raiva e desejo, como se cada músculo de seu corpo estivesse pronto para explodir. A tensão era palpável; o ar parecia vibrar ao redor deles.
— Sirena — disse ele, a voz baixa, rouca, quase um rosnado contido — o que você pensa que está fazendo indo até o trabalho de Esme?
Ela sorriu, o canto dos lábios arqueando-se com malícia. Não era inocência; era provocação calculada.
— Apenas quis conhecer melhor alguém tão falada, Carlisle. A galeria de Esme é fascinante, e dizem que ela é impecável no que faz. Pensei em um projeto novo para minha casa... algo pessoal, algo que refletisse quem eu sou.
Carlisle fechou os punhos, a tensão correndo por seus ombros. — Você provocou Esme, Sirena. Por que não se foi? Por que insiste em perturbar a paz da minha família?
Ela se aproximou lentamente, cada passo um jogo silencioso de poder e sedução. — Doutor... — disse, puxando a palavra de forma arrastada, como se fosse um sussurro que queimasse a pele dele — Lembra de quando você me ajudou? Quando me comprou roupas, me deixou vesti-las para você... quando me levou para casa, cuidou de mim?
Carlisle mordeu os lábios, tentando controlar o impulso que crescia dentro dele, a pele pálida esticando sobre a mandíbula tensa... A proximidade de Sirena, cada gesto, cada olhar, era uma provocação que ele não conseguia ignorar. Ela era tão confiante, tão desafiadora, que a frustração e o desejo se misturavam em seu peito. Era uma luta interna, uma batalha contra um impulso que crescia em seu peito, uma necessidade animalesca de possuí-la que ele pensou ter enterrado.
— Você sabe que não pode... — começou ele, a voz rouca e baixa. Mas a frase morreu, engolida pelo calor da pele dela, pela fragrância que a envolvia.
Ela se inclinou mais, o perfume dela invadindo o espaço ao redor dele, os olhos brilhando de forma intensa, calculada. — Mas você insistiu para que eu ficasse, lembra? Não me mandou embora... Então, não acho justo agora me dizer para sair.
O toque da respiração dela, a proximidade, cada palavra carregada de duplo sentido, tudo empurrava Carlisle para o limite. Ele avançou de repente, segurando-a com firmeza, pressionando-a contra si. O calor do corpo dela misturava-se ao dele, provocando uma corrente elétrica que não podia ser ignorada.
— Sirena... — murmurou ele, tentando recuperar o controle, mas a voz saía carregada de desejo contido.
Ela sorriu, consciente do efeito que causava. A provocação não era apenas física; era psicológica, o toque da respiração dela em sua pele, a proximidade, cada palavra carregada de um duplo sentido, empurrava Carlisle para o limite.. . A barreira que ele havia construído se rompia pouco a pouco.
Ele avançou de repente, não mais com a fúria do início, mas com uma urgência voraz, segurando-a com firmeza e pressionando-a contra o seu corpo gelado. O contraste do calor de Sirena era um choque, uma corrente elétrica que não podia ser ignorada.
— Sirena... — murmurou ele, o nome dela em seus lábios se transformando em uma súplica, uma confissão de seu desejo.
Num impulso, Carlisle beijou-a com intensidade, ignorando qualquer limitação, o beijo não era gentil; era uma invasão, uma reivindicação. A boca dele buscou a dela com uma fome que só ela supria. Em questão de segundos, com a velocidade que só um vampiro possui, eles atravessaram a rua em um turbilhão de energia e desejo entrelaçado. Ao chegar à porta da casa de Sirena, ele quebrou a maçaneta sem hesitar — não havia mais espaço para formalidades; a possessão, naquele instante, era completa.
Dentro de casa, a urgência se intensificou. Carlisle a pressionou contra a porta fechada, as tábuas tremendo sob o peso de sua força. Suas mãos, antes firmes, deslizaram para as amarras do tecido fino que Sirena usava como saída de praia. O material escorregou e caiu, revelando a pele brilhando sob a luz fraca da sala. Sirena não o impediu; em vez disso, levantou as mãos para o pescoço dele, os dedos traçando a linha de sua mandíbula. Ela podia sentir a pele gelada, um contraste perfeito com o calor que irradiava de seu próprio corpo.
A dança da posse continuou. Não havia submissão, apenas uma entrega mútua e calculada. Enquanto ele a desnudava com os olhos e o toque, ela se ocupou de destituí-lo de seu autocontrole, os dedos ágeis desabotoando a camisa escura. Cada botão desfeito era uma vitória silenciosa, um lembrete de que, mesmo sendo a dominada fisicamente, ela comandava o jogo psicologicamente.
Ele a ergueu do chão sem esforço, e ela enrolou as pernas na cintura dele. O movimento foi suave, a fusão de dois corpos que se buscavam há muito tempo. Carlisle a carregou pelo corredor, cada passo um eco silencioso da tensão que se rompia. O quarto estava à meia-luz, as cortinas fechadas, e a cama parecia um refúgio convidativo. Ele a deitou com cuidado, mas com uma necessidade avassaladora, e o beijo continuou, mais profundo, mais urgente do que antes.
A pele de Sirena queimava com o toque dele, cada carícia uma promessa silenciosa. Ela o puxou para perto, a mão deslizando por seus músculos definidos, sentindo a força contida. Seus dedos exploraram a nuca dele, os cabelos de bronze. Carlisle gemeu, um som baixo e gutural, algo que ela nunca tinha ouvido, uma confissão de que ele estava à sua mercê. Era a última camada de sua armadura caindo. Ele não era apenas o vampiro poderoso, mas um homem desejoso.
O psicológico e o sensual se misturavam em uma sinfonia de desejo, a tensão se espalhando pelo ambiente como uma corrente elétrica, crepitando no ar. Eles não precisavam de palavras; cada movimento, cada toque era uma afirmação: ela podia provocá-lo, mas ele também podia reivindicá-la. E naquele instante, nenhum deles se importava com o mundo externo, apenas com a faísca que eles criavam juntos, a dança da posse que havia finalmente encontrado seu ápice.