𓇼 ⋆.˚ 𓆉 𓆝 𓆡 Capítulo XXVI𓆉 𓆝 𓆡⋆.˚𓇼

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Capitulo XXVII

Sirena tossiu, fingindo vulnerabilidade, a cabeça inclinada de forma quase teatral, mas os olhos carregavam pura malícia, um fogo que queimava por dentro. Esme apertou o pescoço dela com mais força. Apesar da dor, Sirena decidiu não ceder. Olhou nos olhos de Esme como se pudesse ver sua alma, como se pudesse acessar aquilo que ela tinha de mais vulnerável. Quando chegou a esse lugar, Sirena sorriu. Ela conheceu Esme, conheceu seu íntimo, entendeu seus medos, seus desejos, suas inseguranças. Sirena havia vencido, entrado na mente dela e estava pronta para destruí-la. Esme percebeu, percebeu que a sereia havia entrado e que ela mesma havia dado a ela esse acesso.

Esme ficou atordoada, sem saber exatamente o que havia acontecido. Sentia-se fora de controle, insegura. Ela afrouxou um pouco a mão, momento em que uma de suas funcionárias entrou.

— Oh, meu Deus, senhora! — exclamou a funcionária, os olhos arregalados de choque. — O que está acontecendo aqui? Por que você está segurando-a assim?

Esme piscou algumas vezes, atordoada. A voz soou trêmula, mas firme. — Ela... eu... ela me provocou. — Esme se sentia tão fora do eixo, tão humana. Se tivesse um coração, ele certamente estaria batendo descompassado, acelerado.

— Solte a senhora, está a sufocando. — Esme não havia se dado conta de que ainda segurava Sirena no ar, enforcada. Por mais que Sirena estivesse forte, ela não aguentaria muito mais; seu pescoço doía, a respiração falhava, mas ela se sentia vitoriosa de qualquer forma.

A tensão elétrica entre elas parecia dançar pelo ar, invisível e inevitável. Esme, tentando controlar seus impulsos e entender o que acabara de fazer, largou Sirena, que caiu com um baque brusco. A sereia caiu, tossindo intensamente, mas com os olhos brilhando de malícia, como se tivesse acabado de plantar uma semente venenosa.

— Sua louca, descontrolada!

— Acho melhor você ir embora — disse Esme, a voz firme, mas o corpo ainda tremendo de adrenalina e raiva contida.

Sirena ergueu o olhar, e um sorriso satânico curvou seus lábios. — Eu vou acabar com você. Eu vou ter o que eu quero para mim. — A provocação escorria de cada palavra, lenta, calculada, como se fosse uma dança perigosa.

Esme cerrou os punhos, cada músculo rígido, mas conseguiu virar as costas antes que a fúria a consumisse completamente. A funcionária, ainda em choque, piscou várias vezes, incapaz de compreender o turbilhão que acabara de presenciar.

— Ajude-a, por favor — pediu Esme, tentando soar calma, controlada, apesar do corpo inteiro trêmulo.

Sirena, percebendo a atenção da jovem, fez-se de vítima. — Por favor, não conte a ninguém... seria tão humilhante para mim. — A voz era doce, quase suplicante, os olhos carregados de lágrimas. A fala carregava um veneno sutil, que se infiltrava na mente da jovem como fumaça.

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