𓇼 ⋆.˚ 𓆉 𓆝 𓆡 Capítulo XIII 𓆉 𓆝 𓆡⋆.˚𓇼

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Capítulo XIII 

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Capítulo XIII 

Carlisle Cullen disparou em velocidade vampírica, deixando Forks para trás como se a cidade nunca tivesse existido. O mundo ao seu redor se transformava em um borrão enquanto ele corria, a única coisa clara em sua mente era o peso da culpa que o acompanhava. A mudança de cheiros no ar o puxou de volta à realidade; ele não estava mais cercado pela umidade e pelo aroma da floresta. Em vez disso, encontrou-se em um campo aberto, onde o céu era claro e ensolarado, em um contraste gritante com o clima nublado de Forks.

Ele se deixou cair na grama, sentindo a textura fria e fresca sob suas mãos. A beleza do lugar parecia irônica, quase cruel, enquanto ele se sentia um lixo, um completo fracasso. O pensamento de ter magoado Esme e ferido Sirena o atormentava. Como ele poderia ter deixado as coisas chegarem a esse ponto? O desespero o envolveu; se pudesse chorar, teria chorado rios e mais rios. A dor de sua própria fraqueza era quase insuportável.

Carlisle se perguntava se deveria simplesmente fugir — fugir de sua família, dos olhares julgadores, da dor que ele mesmo causara. Como aquela mulher o enfeitiçou de tal forma? Havia algo de sobrenatural em Sirena, algo que desafiava o entendimento, mesmo para um vampiro. Ele nunca havia encontrado alguém como ela antes. A ideia de que ela poderia ser uma súcubo passou por sua mente, mas as únicas que ele conhecia eram as irmãs Denali, e elas eram muito diferentes de Sirena. Aquela jovem tinha um coração, e seu cheiro humano, embora muito mais forte e saboroso, era quente e real.

O que era você, Sirena? A pergunta ecoou em sua mente, e ele balançou a cabeça em desespero, tentando afastar os pensamentos confusos. Nunca havia se sentido tão cansado — uma sensação quase estranha para um vampiro. Seu corpo estava mole, e uma sonolência incomum o envolvia. Era como se, de alguma forma, ele estivesse se tornando mais humano, mais vulnerável. Se um predador aparecesse naquele momento, ele sabia que não sobreviveria, não contra um vampiro ou um lobo. A fraqueza o consumia, e a ideia de não ser mais invencível o aterrorizava.

Depois de horas naquele campo, ele finalmente tomou a decisão de voltar para casa. Com um impulso, correu de volta para a casa de Sirena para pegar seu carro, o mesmo que ele havia deixado lá. A ideia de entrar e verificar como ela estava passou rapidamente pela sua mente, mas ele a afastou. Não poderia vê-la novamente; isso só o faria se sentir ainda mais derrotado.

Dirigindo para casa, a estrada se estendia à sua frente como uma linha interminável. Cada curva parecia mais longa do que realmente era, e seus pensamentos estavam em um turbilhão. Como ele poderia esconder o que aconteceu de Edward e Jasper? Edward, com seu olfato aguçado, certamente perceberia o cheiro de Sirena e tentaria ler seus pensamentos. Jasper sentiria suas emoções. Determinado a se proteger, Carlisle decidiu que precisava caçar.

No caminho, ele encontrou um cordeiro. O ato de caçar, a adrenalina que o acompanhava, apesar do cansaço inexplicável, era um pequeno consolo. Enquanto se alimentava, ele se certificou de que o cheiro do carneiro se misturasse ao seu, como uma armadilha para confundir Edward. Tentou mudar suas emoções, sorrindo feito um louco, na esperança de enganar não apenas os outros, mas a si mesmo. Quando finalmente se sentiu um pouco mais preparado, seguiu para casa, mesmo com as olheiras profundas sob seus olhos refletindo a batalha interna que estava lutando.

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