volume I - Lua crescente
Forks, a pequena cidade no estado de Washington, sempre esteve envolta em uma neblina constante, como se o mundo natural tentasse esconder os segredos que ali se abrigavam. Mas naquela noite, algo diferente se aproximava, al...
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Capítulo XI
No dia seguinte, Sirena despertou sentindo o poder de Paul ainda fluindo por seu corpo. Aquela energia vibrante a fazia querer mais: mais poder, mais sensações, e — quem sabe — novas experiências que isso poderia trazer. Porém, acima de tudo, ela queria agora Charlie. A ideia de conquistar o pai de Bella, enquanto enfraquecia a garota aos olhos de Edward, seu namorado a divertia.
Ela revirou os olhos ao perceber o quanto seu "plano" era vago e meio bomba-relógio. "Preciso organizar essa bagunça," pensou, mas uma risada escapou por seus lábios. O caos também era divertido... A lua crescente estava próxima, e Sirena podia sentir seus efeitos começando a se manifestar em seu corpo, quase como um chamado de luxuria e desejo. Um sorriso surgiu em seus lábios quando imaginou tudo o que poderia conseguir. "Imagine só", pensou, dando pulinhos de felicidade no quarto. "Conquistar o máximo de homens gostosos e fortes nesse período... Seria incrível!"
Com animação renovada, ela se posicionou em frente ao espelho, analisando cada curva do próprio corpo. Sirena se arrumou com cuidado calculado. O espelho refletia o que ela sabia ser irresistível. Vestiu um short justo, adornado com detalhes que remetiam ao mar — conchas, bordados, sutilezas que eram como um lembrete de onde vinha. A blusa curta e colada deixava sua pele ainda mais exposta ao frio de Forks, mas Sirena não se importava, com o calor que sentia correndo em suas veias, sabia que poderia causar estrago naquela cidade fria e sem graça. Como boa sereia, ela amava acessórios e não economizou: brincos, colares, pulseiras; tudo brilhava ao seu redor, como se o próprio oceano tivesse a adornado com pequenos tesouros.
— Grande gostosa, — murmurou para o próprio reflexo, lançando um beijo para si mesma antes de descer, com um sorriso cheio de malícia, para a cozinha. Preparou seu café da manhã com a calma de quem tinha o dia todo para causar problemas: duas torradas com ovos. Hoje era um dia livre das vizinhas barulhentas, o que a deixou animada e ainda mais disposta.
— Hora de visitar o "querido" Charlie — sussurrou para si mesma. Sua voz soou venenosa e divertida. Provocaria Bella o máximo que pudesse. Se a garota começasse a se sentir insegura ao lado do namorado perfeito, Edward se tornaria um alvo mais fácil. De quebra, ela ganharia Charlie para si e ainda desestabilizaria a vadiazinha empática.
Ding-dong. O som da campainha ecoou pela casa.
Sirena parou por um momento, seu sorriso se alargando em algo perverso e sexy. Ela sabia de quem era aquele cheiro, e aquilo a deixou satisfeita.
— Perfeito — murmurou.
Rapidamente, ela montou seu teatro. Ligou a torneira para abafar qualquer som, desgrenhou os cabelos de maneira desordenada, tapou a boca e o nariz com as mãos para que faltasse o ar, fazendo a pele ganhar um tom mais pálido depois do vermelho. Aproveitou do calor interno que sentia para simular uma febre alta. O toque final foi um olhar meio perdido, meio sofrido. Sorriu de lado, satisfeita com o trabalho.
