volume I - Lua crescente
Forks, a pequena cidade no estado de Washington, sempre esteve envolta em uma neblina constante, como se o mundo natural tentasse esconder os segredos que ali se abrigavam. Mas naquela noite, algo diferente se aproximava, al...
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Capitulo XIV
10 comentários aqui e eu posto a continuação ainda hoje!
Sirena nunca admitiria em voz alta, mas recentemente parecia abençoada por uma sorte quase mágica. As coisas ao seu redor pareciam sempre cair no lugar certo, como se o universo conspirasse em seu favor. Naquela manhã, ela seguiu sua rotina habitual: café quente, um banho demorado enquanto cantarolava uma melodia qualquer, e um tempo especial escolhendo as roupas mais curtas e provocantes de seu guarda-roupa. Hoje, as filhas de Dean passariam o dia em sua casa, e ela queria parecer impecável, como sempre.
Quando o relógio marcou a hora em que Dean normalmente deixava as crianças, Sirena estranhou a ausência delas. Em vez disso, foi o próprio Dean quem apareceu na porta. Ele parecia tenso, os olhos faiscando de algo que ia além de mera preocupação.
— O que o médico estava fazendo aqui ontem? — Dean disparou, sem rodeios. — Por que demorou tanto para ele sair?
Sirena arqueou uma sobrancelha, surpresa pela abordagem. Apesar de sua expressão casual, ela podia sentir uma presença ao longe, como uma sombra que pairava próxima, mas não invasiva, observando-os.
— Dean, querido, nada demais. — Sua voz era doce, quase enjoativa, enquanto um sorriso ensaiado surgia em seus lábios. — Ele só veio verificar como eu estava... Acho que o filho dele comentou que eu não me sentia muito bem nos últimos dias.
Dean estreitou os olhos, claramente não convencido. O orgulho masculino que ele tanto ostentava parecia ter sido ferido. Ele deu um passo à frente, ficando tão próximo que Sirena teve de inclinar levemente a cabeça para trás.
— Escuta bem aqui, Sirena. — Sua voz era baixa, quase um rosnado, enquanto suas mãos subiam para segurar o rosto dela com força. — Se eu souber que você está se envolvendo com outro homem, eu juro... Não sei o que eu faço com você. Tá entendendo?
Os olhos dela brilharam, não de medo real, mas de uma satisfação ardilosa. Uma única lágrima escorreu por sua bochecha, como se fosse o toque final de uma atriz em seu momento de glória. "Pobre Dean", ela pensou com desprezo escondido. "Inocente demais para saber o que poderia acontecer se eu quisesse acabar com você aqui e agora."
— Está me machucando, Dean... — Sua voz era delicada, quase um sussurro, mas a tensão em seu corpo era palpável.
Antes que ele pudesse responder, uma voz firme soou atrás deles, cortando o ar como uma lâmina.
— Solte-a.
Dean virou a cabeça e deu de cara com Edward, parado a poucos metros, a postura rígida e o olhar intenso como o de um predador prestes a atacar.
— Não me obrigue a tirar suas mãos dela — continuou Edward, sua voz gélida.
Dean estreitou os olhos, o maxilar travado enquanto encarava Edward. O silêncio que seguiu foi denso como uma tempestade iminente, e Dean, ferido em seu orgulho, decidiu se impor. Ele deu um passo à frente, ignorando o aviso claro no olhar do vampiro.
