Como 2 e 2

Sorrateiro

NOTAS INICIAIS DA MORCEGA

Depois de uma maratona de capítulos super longos tive um hiato de criatividade rs, mas aqui estamos nós irmãs! 

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Com o dia finalmente dando sinais de encerramento, as conversas nos corredores do hospital e a agitação do serviço de saúde diminuíam conforme a noite avançava. Simone havia concordado com muito contragosto que Eduardo passasse a noite como acompanhante da filha, ela não tinha forças nem disposição para discutir qualquer coisa com o ex naquele momento.

Após se despedir carinhosamente da filha ela e Alessandro saíram do quarto de hospital em direção ao estacionamento do local, o peso das noites mal dormidas e o cansaço físico abatiam a senadora sem pena, e ela podia jurar que naquele momento seu corpo pesava muito mais que o normal.

Eduarda saia do hospital exausta após horas de plantão e preocupação com o quadro da sobrinha, estava em seus planos ir para casa e tomar um bom vinho quando ela avistou Simone e Alessandro, que também pareciam estar deixando o hospital.

Simone estava com os braços cruzados, o rosto cansado exibindo um semblante emburrado enquanto Alessandro mantinha uma expressão reservada, tentando demonstrar uma calma que parecia, no fundo, a ponto de acabar.

A médica não pôde deixar de rir internamente ao ver os dois ali, em uma tensão silenciosa e quase cômica, parados como se estivessem em uma disputa muda sobre quem daria o próximo passo. Sabia que a situação como um todo era delicada, mas o bom humor dela prevalecia, especialmente após o dia intenso que tivera. Ela resolveu quebrar o clima se aproximando com um sorriso malicioso.

—Vocês ainda estão aqui? Ela perguntou, com um tom de provocação nos lábios, enquanto se aproximava.

Simone revirou os olhos, já se preparando para os comentários da irmã. Alessandro apenas sorriu, acostumado com o jeito descontraído e bem-humorado de Eduarda.

—Não tivemos outra opção a pé. Simone resmungou. —E a fazenda com a mamãe e o Tasso sozinhos lá? Nem pensar! Prefiro ficar por aqui. Eduarda soltou uma gargalhada, surpresa com o tom indignado da irmã.

—Ah, então quer dizer que nossa querida mamãe além de tudo deixou vocês sem carro? Ela provocou cruzando os braços e fingindo uma expressão de compaixão exagerada. —Tsc, tsc...Abandonados no hospital pela dona Fairte, que situação, hein? Simone bufou, lançando um olhar fulminante para Eduarda.

—Muito engraçado, Eduarda. Rebateu, cruzando os braços e olhando para Alessandro. —E você não vai defender a gente, não? Alessandro deu de ombros, rindo da interação das irmãs.

—Acho que a Eduarda tem um ponto, amor. Disse falou divertido antes de olhar para Eduarda. —Pode nos resgatar, Dra. Eduarda? Ele brincou e Eduarda riu mais uma vez e balançou a cabeça.

—Só por você em cunhadinho. Ela brincou irritando a irmã —Vamos, orfã da fazenda. Ela gargalhou e Simone cerrou os olhos encarando a irmã irritada —Olha só, tenho uma ideia melhor. Que tal uma pizza lá em casa? Vocês podem relaxar, dormir por la e...quem sabe, esquecer que a mamãe e o Tasso estão...bem...se divertindo muito.

Simone fez uma careta, claramente desconfortável com a imagem mental que Eduarda acabara de sugerir.

—Credo, Duda! Eu não precisava dessa imagem! Simone protestou enquanto começavam a caminhar juntos para o estacionamento.

—Ah, qual é, Sisa! Você que escolheu ficar longe da fazenda por causa disso! Eduarda continuou, sem esconder o riso.

Eduarda liderava o caminho enquanto Simone e Alessandro seguiam atrás, a mais velha olhava ao redor como se tentasse evitar ouvir os comentários da irmã.