NOTAS INICIAIS DA MORCEGAHoje é aniversario do nosso Deputado e quem ganha o presente são vocês <3
VIVA O NOSSO ALE!
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O som das sirenes cortava o silêncio da noite na estrada que levava à entrada de Três Lagoas. A ambulância corria com urgência, as luzes piscando e lançando um brilho vermelho e azul sobre tudo ao longo do caminho. Dentro dela Maria Eduarda estava deitada na maca, com o corpo dolorido e a mente turva, ainda tentando entender tudo o que havia acontecido. Ela estava confusa, tonta, e uma dor profunda irradiava do ombro, pulsando com cada movimento do veículo.
Um dos paramédicos ao lado dela monitorando seus sinais vitais e ajustava com cuidado os cintos da prancha de imobilização. Seu rosto carregava uma expressão cuidadosa mas seus movimentos eram ágeis, revelando a experiência que tinha em lidar com situações de emergência. Ele olhou para a jovem com compaixão, percebendo que ela estava delirante e visivelmente abalada.
—Está tudo bem, estamos levando você para o hospital e vamos cuidar de você lá. Só tente ficar calma, ok? Disse ele, com uma voz calma e reconfortante.
Ela assentiu fracamente, sem conseguir articular muitas palavras. O choque do acidente ainda estava confundindo em seus sentidos e tudo ao redor parecia estar girando. As memórias dos últimos dias passavam pela sua mente em flashes — a briga com a irmã, o afastamento da mãe, a decisão de ir passar um tempo com a avó, a direção solitária pela estrada escura. Nada daquilo parecia real, era como um pesadelo do qual ela logo acordaria.
Enquanto isso, um dos socorristas da ambulância que havia encontrado o celular de Maria Eduarda, que estava caído no chão do carro após o acidente, com a tela estava rachada mas ainda funcional, verificou o último número discado e, seguindo o protocolo de contato de emergência, apertou o botão de rediscagem.
Após alguns toques, a ligação foi atendida, e uma voz feminina familiar para Maria Eduarda atendeu, com um tom de preocupação.
—Alô? Madu? É você minha linda? Fairte perguntou com a voz levemente ansiosa e o socorrista se aproximou do microfone do celular adotando um tom firme, mas delicado.
—Boa noite, senhora. Aqui quem fala é o Gustavo, sou da equipe de resgate e estou com sua neta, Maria Eduarda. Ela sofreu um acidente de carro e estamos a caminho do hospital em Três Lagoas. A senhora poderia confirmar sua relação com ela?
Do outro lado da linha o silêncio foi ensurdecedor por alguns segundos. Fairte sentiu seu coração disparar e seu rosto perder a cor. A notícia a atingiu como um trem e ela tentou encontrar as palavras, mas tudo o que conseguia sentir era um medo profundo, uma sensação de impotência que a deixava paralisada.
—Sim... sou a avó dela. Meu Deus... Ela... Ela está bem? Fairte finalmente conseguiu dizer, com a voz trêmula e cheia de angústia e o homem respirou fundo, mantendo o tom tranquilizador.
—Ela está sendo avaliada, dona Fairte. Sofreu alguns machucados, está torporosa e sentindo dor, estamos monitorando todos os sinais vitais e cuidando dela. Vamos levá-la ao hospital para exames mais detalhados, precisamos garantir que ela esteja bem.
Fairte tentava processar as informações, lutando contra a vontade de se desesperar.
—Obrigada... obrigada por me avisar. Eu... eu estou indo direto para o hospital. Disse já pegando as chaves e a bolsa com mãos trêmulas, o coração ainda batendo rápido.

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Como 2 e 2
RomanceNunca passou pela cabeça de Simone Tebet passar por um turbilhão de emoções durante o segundo turno das eleições presidenciais, muito menos descobrir que ainda era capaz de sentir desejo e paixão por alguém. Ainda mais quando o tal alguém se trata d...