Descobrindo a Liberdade

2.2K 161 274
                                    




NOTAS DX MORCEGX: eu disse que hoje era dia de morcegar, né? Depois de muito sofrimento, finalmente os refrescos hehehehe não consegui atender algumas sugestões nesse capítulo, mas nos próximos prometo tentar viu! espero que gostem e aproveitem a leitura nessa madrugadinha deliciosa <3
.
.
.

Muito se fala sobre a vida toda passar diante dos nossos olhos quando estamos beirando a morte. Mas, naquele momento, a vida passava diante dos olhos de Simone Tebet e não, ela não estava nem um pouco perto de morrer. Pelo contrário, se sentia mais viva do que nunca. Todos os momentos marcantes passavam como flashes em sua memória. Sua vida toda com o Eduardo desmoronava em sua mente e, tamanha era a confusão da senadora, que a única coisa que ela conseguiu fazer foi ligar para o seu assessor, enquanto dirigia. Ato recriminável, ela sabia. Mas precisa de tudo o mais rápido possível.

-Simone? Está tudo bem? Sérgio, seu assessor e amigo de longa data, estranhava o horário daquela ligação

-Sim sim, está! Ela respondia de forma rápida, com os olhares atento na estrada -Eu preciso que você consiga agora pra mim um voo para o Rio de Janeiro. Para hoje, quer dizer, para agora! E... E consiga também o endereço do deputado Alessandro Molon

-Que? Para o Rio, Si? Como assim? Aconteceu alguma coisa? Precisa que eu acione alguém do partido por lá?

-NÃO! Simone gritou, mas logo se repreendeu por isso, ela estava somente muito nervosa com tudo, não queria descontar em seu assessor -Quer dizer, não, não precisa! Depois eu explico tudo, mas por favor, eu preciso para agora, Sérgio! Tem que ser agora ou não vai ser nunca mais, entendeu?

-É... Entendi, acho. O assessor respondia em completa confusão, óbvio que não havia entendido o que poderia ser agora ou nunca mais, mas uma ordem era uma ordem, e ele cumpriria -Já te mando tudo por mensagem, Si

-Obrigada, Sérgio! Em um rompante ela desliga a ligação e joga o celular no banco do passageiro e vai em direção ao aeroporto de Brasília. Ela conseguiria um voo para o Rio de Janeiro nem que ela tivesse que mandar construir um avião para isso.

Maria Fernanda, por sua vez, vendo e ouvindo toda aquela cena não sabia se comemorava ou se mandava alguém ir atrás da mãe. "Aquela maluca vai mesmo ao Rio de Janeiro essa hora?". Seu pai estava enfurecido, mas não saiu do lugar, andava de um lado para o outro do apartamento da senadora, quase abrindo um buraco no chão. Por mais que estivesse preocupada, preferiu não ligar para a sua mãe, sabia que ela passava por um momento delicado e talvez precisasse organizar os pensamentos sozinha. Não demorou muito para chegar uma mensagem em seu celular, em um grupo que tinha com a mãe e a irmã. Simone era uma mãe preocupada e nunca sairia por ai sem avisar o paradeiro para as filhas.

"Mamãe

Meus amores, estou indo para o Rio. Eu aviso quando chegar

19:27"

O assessor de Simone comprou a passagem para o voo das 20:30, o horário mais próximo que tinha. E, além disso, conseguiu o endereço de Alessandro. Aquelas quase três horas de espera para estar em solo carioca seriam torturante, mas a senadora sabia que valeria a pena. "O que são algumas horas pra quem esperou a vida toda?", pensava, e tentava controlar sua ansiedade. Andava de um lado para o outro no aeroporto. Ao sair de seu apartamento, a senadora conseguiu pegar apenas uma mala pequena de roupas, que estava encostada na sala. "Que bom que nem deu tempo de eu desmanchar", "Meu Deus, mas eu nem sei que roupa tem ai", "Que loucura sair de casa assim, será que eu devo voltar?", "Não! Não, Simone, você vai entrar nesse avião e vai agarrar aquele homem hoje". A batalha entre pensamentos era forte, mas ela estava decidida a pensar com o coração, e não com a razão.

Como 2 e 2Onde histórias criam vida. Descubra agora