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Tae deixou o Gael na creche e voltou pra casa, ele pretendia ir na casa do Jimin, mas tinha que aprender a lidar com as próprias frustrações sozinho, era óbvio que o Jungkook não queria um filho com ele. A gente sempre sabe. A gente sempre sente. Ele deveria ser grato pelo Jungkook tratar o filho dele como o próprio filho, por beijar as feridas dele e brincar, dar bronca, dar comida e amar o Gael.
Taehyung deveria esquecer a própria vontade de ter filho e deixar que o alfa decidisse isso, além do mais o dinheiro e a casa era do alfa. Ele nem pensava em se separar do Jeon, mas mesmo se quisesse ele provavelmente morreria de tanta saudades, de tanta tristeza. Ele era apaixonado pelo médico e se ele não quisesse de fato ter filho, então o Taehyung ia ter que ceder. Ia viver com a ideia de que o Jeon não queria ter uma "família" com ele.
Ele entrou em casa afim de conversar com o Jeon, já que o carro estava na garagem, mas infelizmente, ele não estava lá, nenhum rastro do Alfa, que provavelmente também não tinha ido pro trabalho, já que a maleta dele estava ali.
O omega sentou tristonho no sofá. O Jungkook fazia de tudo por ele, estava na hora do Tae retribuir aquilo. Porém o Kim nem imaginava essa relutância do Jeon em ser pai, já que além de terem atado duas vezes, o Jungkook gozava dentro dele constantemente. Então ele estava confuso de verdade, e um pouco triste também. Sempre imaginou que teriam uma família grande, uma casa grande, um futuro longo.
JK' POV.
O Taehyung não tem culpa do meu descontrole emocional, ele não merece um homem fraco que por uma coisa boba dessa, surta. Eu deveria ter dito de uma vez como me sentia, mas ao invés disso transei com ele a noite toda, dando uma falsa esperança pro meu omega.
— okay, deixa eu ver se entendi, você some por semanas inteiras porque estava vivendo uma eterna lua de mel com sua família e agora quer me ajuda novamente ? — eu sei que sou babaca, mas a Stella faz questão de me lembrar disso.
— você me ajudou a criar coragem quando eu quis esse omega, agora eu tô perdendo o controle das minhas emoções e não tenho a quem recorrer.. — seguro no casaco dela. Vendo ela me analisar antes de me puxar pra dentro do consultório dela.
— eu tô no meu horário livre agora, mas quando meu cliente das 4 chegar, você vaza do meu escritório. — ela avisou, me deitando no sofá da sala dela.
A Stella estava pintando quando eu cheguei pra atazanar ela.
— então, oque você fez ? — ela perguntou baixo, misturando umas tintas.
— o bosta do ex dele estava com a minha ex no nosso bar favorito.. eu não sei, acho que foi lá que Tudo começou a dar errado. — juntei as mãos no meu peito.
— você ficou com ciúmes da sua ex ? — questionou incerta.
— não. Mas eu senti algo Stella, senti medo, quer dizer, eu amava a Gabi demais, mas nunca estive pronto pro próximo passo.. — fecho os olhos — eu nunca quis responsabilidades afetiva, na época eu só queria trabalhar e construir um futuro concreto, filhos e morar junto só ia me atrapalhar e me tirar o foco, meu pai pagou minha faculdade inteira com a condição que eu desse netos pra ele, eu fui um adolescente muito ruim com ele que era minha única família. Quando eu me vi perdido, sem faculdade, sem trabalho e sem casa, implorei pro meu pai me perdoar e me ajudar, ele deixou eu escolher a faculdade, e pagou.. eu sentia que vivia pra deixar ele feliz.
