O grande show da Monika

4 1 15
                                    

As portas se abriram com um estrondo que ecoou pelas paredes destruídas da sala. O impacto fez pedaços de madeira e poeira voarem pelo ar. Os guardas de farda branca marcharam para dentro em formação rígida, seus rostos tensos e mãos prontas para sacar armas se necessário. Os olhos deles se arregalaram ao testemunhar a cena de caos: móveis despedaçados, paredes marcadas por chamas e o cheiro metálico de sangue impregnando o ambiente.

No centro daquele cenário devastado, Monika estava caída de joelhos, com o rosto oculto pelas mãos tremendo em desespero. Seus ombros sacudiam com soluços angustiados, e lágrimas brilhantes escorriam por suas bochechas. Uma performance impecável.

Farda Branca: Senhorita Yukikuzome! O que aconteceu aqui?

O guarda gritou cauteloso, enquanto Monika ergueu o rosto lentamente, os olhos marejados e a expressão devastada. A vulnerabilidade que exalava parecia genuína... Se não fosse o brilho sutil de cálculo que ela escondia sob as lágrimas.

Monika: E-eu... Fui... atacada...

Um suspiro abafado percorreu os guardas. Eles trocaram olhares tensos enquanto analisavam os destroços ao redor.

Farda Branca: Por quem?

O guarda com voz firme, tentando manter a calma. A Monika respirou fundo, compondo uma expressão de fragilidade enquanto suas mãos tremiam levemente.

Monika: Eu não sei... eles eram rápidos... sombrios... Vieram de repente, destruíram tudo... e eu... Tentei resistir, mas... eles eram muitos

Ela fez uma pausa calculada, deixando a voz falhar... Seu olhar desceu para o chão, como se envergonhada de sua suposta fraqueza. O guarda franziu o cenho, seus olhos avaliando a situação com ceticismo.

Enquanto isso, eu permanecia invisível, cada músculo tenso, observando os guardas se espalharem pelo ambiente. Ele se manteve imóvel, sabendo que qualquer movimento errado poderia revelar minha presença.

Farda Branca: E fugiram?

Monika: Sim... Eu não sei como sobrevivi... talvez... por pura sorte...

O silêncio que se seguiu era espesso. Os guardas continuavam investigando a sala destruída, procurando por qualquer pista. Monika observava discretamente seus movimentos, fria e calculista por trás da máscara de vulnerabilidade.

Farda Branca: Certo! Vamos fazer uma varredura completa. Senhorita Yukikuzome, é melhor você sair daqui por segurança.

Ela assentiu com um olhar trêmulo, ainda interpretando a vítima traumatizada.

Enquanto os guardas se dispersavam, Monika baixou ligeiramente o rosto, ocultando um sutil sorriso de triunfo. Ela havia feito um espetáculo perfeito e eles acreditaram em cada palavra.

Os guardas de farda branca se espalharam pela sala em um movimento sincronizado, como peças bem ajustadas de uma máquina precisa. Dois deles começaram a inspecionar os móveis destruídos, empurrando destroços com os pés enquanto vasculhavam por pistas. Um terceiro guarda, com o que parecia um orbe de metal com um brilho estranho saindo de dentro dele, preso ao ombro, murmurou ordens para reforços por algum "canal de rádio".

Farda branca3: Unidade Alfa, a área está comprometida. Reforços imediatos requisitados. Câmbio.

A tensão no ambiente era sufocante. Eu ainda invisível a poucos metros dali, sentia cada fibra de seu corpo gritar em protesto por me manter imóvel. O suor escorria por minha têmpora, mas não ousava limpar. Um único ruído ou movimento poderia significar minha descoberta.

Dois guardas passaram perigosamente perto da minha posição, seus olhos atentos examinando o chão e as paredes marcadas por chamas. Um deles se abaixou, tocando a fuligem negra que manchava o piso.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: 5 days ago ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Over WorldOnde histórias criam vida. Descubra agora