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Marcola

Tava estressado, tinha a Luísa, o morro, minha mãe, e a Sophia.

A Luísa eu vou matar aquela desgraçada, mas percebi que vacilei, mas eu não tava consciente, usei muito e não lembro de quase nada, não era pra mim ter vazado o bagulho.

Morro tá recebendo várias ameaça de invasão e os caralho a quatro, eu ligo?? Claro que não rapá, quer brotar? Brota, vai morrer se passar da principal.

Minha mãe veio com umas nera de aproximação e tudo mais, ta foda.

Sophia voltou depois de 2 anos e veio com papo de filho, vê se pode? Moleque é meu da onde??? Quero teste de D.N.A.

Fora que criança agora ainda mais como o morro tá é complicado.

Coé pirulito

-Ae chefe, ela vai sair do expediente daqui a pouco

É pra trazer ela aqui, custa oque custar, só não machuca a garota.

-Fé patrão.

Fiquei balançando a cabeça de um lado para o outro e o lz entrou na sala. Ele mal começou a falar e já dei bronca.

Marcola: Bate na porta antes de entrar- falei fechando a cara.

Lz: Desculpa chefe- falou mantendo a postura- galera quer saber como vai funcionar o bagulho do morro e o Touro tá querendo vir aqui.

Marcola: Vou marca reunião mais tarde, e o Touro eu ligo pra ele depois- falei cruzando os braços.

Ele concordou e saiu.

Respirei fundo e bateram na porta de novo.

Pirulito: Coé patrão- abriu a porta- tá entregue- empurrou de leve a Sophia.

Ele saiu fechando a porta e eu me ajeitei na cadeira.

Sophia: Fala- se jogou no sofá.

Marcola: Primeiramente boa noite, segundo tu levanta do sofá que não mandei tu sentar- falei na ignorância mermo, é meu jeito.

Ela bufou e ficou em pé.

Marcola: Cadê o bagulho?

Sophia: Aqui- falou tirando da bolsa e me entregou- não abri ainda, esperei pra olhar com você...

Marcola: Rum- resmunguei e abri o barulho e encarei o papel.

Li o bagulho e só tava confirmando que o menor era meu filho mermo. Cocei a cabeça e fechei a cara.

Por que ela voltou só agora?

Marcola: Abre o jogo

Sophia: Só voltei mesmo por que tava passando um aperto e não tava dando conta de cuidar dele sozinha, se não fosse por isso eu iria continuar fugindo de você e mantendo ele longe desse lugar.

Marcola: Esse lugar não, mais respeito com a minha favela- apontei pra ela- Acha que é assim? 5 estrelas? Não tenho opção e vou socar tudo no cu do Marcola?? Ou se liga garota- falei me estressando pelo deboche que ela estava fazendo.

Sophia: Se liga você, não quer ajudar e muito menos conhecer o moleque, simples, pego minhas coisas e vou pra outro lugar..

Marcola: Abaixa tua bola, acha que é assim?? Vem com papo de filho e já vem com idéia de ir embora?

Fiquei uns vinte minutos discutindo com ela, sem neurose.

Garota insuportável.

Papo reto.

Dei logo um soco na mesa e ela se assustou.

Sophia: É o meu filho- falou segurando o choro.

Choro de puta pra mim é nada.

Marcola: Fez com o dedo? Vai fazer oque eu mandei e se reclamar vai pra salinha- falei no estresse- Vaza da minha sala.

Ela bufou e saiu batendo a porta.

Bufei impaciente.

Manda essa filha da puta voltar

Deu nem 7 segundos e ela voltou.

Marcola: Ta achando que está aonde querida? Acha que virou bagunça? Bate essa porta de novo pra você ver se eu não te dou uma bica e tu para lá na entrada- ela fechou a cara e continuo calada.

Liberei ela e saiu resmungando.

Neguei com a cabeça e fui voltar a resolver o problemas.

××

BN: Tem que ter gente Aqui- apontou pro mapa.

Lz: Não precisa, se já tem dois aqui- apontou- vai ficar atoa ai- gesticulou.

Biruta: Papo de 3 nego aonde o BN falou, ele tá certo, se não tiver gente ai, nois vai tomar- falou negando.

Marcola: Lz tá certo, fora que já tem nego umas duas casa antes que tem visual de tudo e consegue matar ou avisar caso vocês tomem atrás- falei cruzando os braços.

BN: Era só isso?

Concordei e liberei geral.

Respirei fundo e sai da sala também e fui buscar a criança. Tava tão avoado que quase atropelei um cachorro. Peguei o moleque na casa da outra lá e fui pra casa da minha mãe.

NOVA NAVEOnde histórias criam vida. Descubra agora