VINTE E SEIS

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A parte comercial de Romanov era uma novidade para Anelise, cujos olhos estavam estatelados para todas as novidades. Era como um shopping a céu aberto com várias lojas ao lado uma da outra.

Grace tinha um sorriso no rosto ao ver como Lise demonstrava felicidade, principalmente, depois de um logo tempo de tanta tristeza. Era como um sopro novo em meio a tantas dificuldades.

— Aquele vestido é muito bonito — Lise apontou para a vitrine, que mostrava um vestido cor bege de alças e uma saia rodada.

— Podemos passar por lá — Grace disse. — Sabe, Lise, fico contente demais por vê-la um pouco mais empolgada com todas essas coisas. É bom saber que não está rejeitando mais a ajuda do Kafa.

— Ah, Grace, eu não posso ser tola também. O Senhor tem dado graça para que eu viva e não vou ficar sendo um rebelde apesar de ver a graça sendo derramada. — Ela tocou na mão da boa amiga. — Hoje eu quero mesmo aproveitar essa dádiva.

Grace a abraçou de lado e, em seguida o carro parou numa vaga de estacionamento. Elas desceram do veículo para começarem suas aventuras de compra. Lise sentia-se como uma criança dentro de um parque de diversão.

A primeira loja tinha um tom de requinte com vários vestidos de tecidos refinados cujo caimento valorizava o corpo da jovem e não deixando nada à amostra. Os primeiros saltos altos foram experimentados com direito a alguns tombos no chão.

— Lise, você precisa de uma aula de etiqueta e desfile para aprimorar seus passos — Grace falou em meio a uma risada, enquanto Lise tentava tirar o salto alto preto.

— Acho que vou precisar de um novo joelho e tornozelo também para que eu possa sobreviver a tantas quedas. — Ela fez um careta quando tirou o sapato. — Tenho certeza que não foi Deus que pensou nisso, por isso ele fez Adão e Eva descalços.

— É, aí eles pecaram e fomos obrigados a cobrir os pés dos espinhos.

As duas riram e continuaram suas compras. A próxima loja era de jóias e a cada apreciação dos brilhantes que eram demonstrados a jovem ficava mais encantada. Anelise nem imaginaria que um dia teria possa de algo de tamanho valor.

— Sinto que isso é demais pra mim — a menina declarou para a governanta enquanto experimentava um anel de ouro branco com um solitário de diamante.

— A cultura dos clãs é sempre muito farta. Isso é algo que você precisa se acostumar. — Grace sorriu, tirando um colar de cima do tecido preto e colocando em Anelise. — O amor pode ser retratado de muitas formas, sendo até mesmo por uma jóia.

— O amor? — Lise indagou enquanto visualizava o colar no próprio pescoço e o tocava com a ponta dos seus dedos. — Será que um dia saberei o que é esse sentimento?

— Eu creio que saberá — Grace disse numa mistura de seriedade e esperança.

Anelise nada respondeu. Ela não tinha certeza sobre isso, mas o pensamento de um dia amar Dan veio em sua mente, causando um certo alvoroço no coração. Seria ele capaz de um dia conquistá-la?

"Taram taram taram"

Seus pensamentos foram interrompidos pelo toque do telefone de Grace, que ao atender informou ser o Kafa. As perguntas fora objetivas e diretas sobre como estava as compras. Ao informá-lo sobre como todas as coisas corriam devidamente bem com todos os seguranças ao redor, o homem desligou.

— Seu noivo é um homem preocupado — Grace riu. — Na verdade, você foi parar no topo da lista dele de preocupações.

— Ele não quis falar comigo?

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