Capítulo 4 - A Briga.

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Ele me olhava como se tivesse vendo minha alma e isso me incomodou bastante.

- Está tudo ok. - Sorri fraco. - Entendo a sua namorada. Não ia gostar de ver meu namorado conversando com outra garota. - Eu disse dando de ombros.

Ele ficou ali, só me olhando com a expressão incrédula e depois soltou uma gargalhada rouca e muito linda por sinal. Pessoas que estava ao redor pararam pra nos olhar.

- Namorada? Está louca, gatinha? - Disse ele rindo ainda mais. - Nenhuma garota prende o Thomaz aqui. Sou de todas! - Disse ele abrindo os braços e dando um sorriso debochado.

Fiquei sem saber o que dizer ou o que pensar. Mas no fundo, bem no fundo, fiquei feliz em saber que ele não tinha namorada.

- Ah! Desculpa, pensei que ela era a sua namorada e tudo mais, pelo jeito que ela chegou em você. - Disse dando de ombros.

- Gatinha, entenda uma coisa: Nenhuma garota se quer prende o Thon aqui, ok? - Concordei com a cabeça e ele sorriu. - Agora vamos dançar.

Sem esperar resposta minha, ele me pegou pela mão e me levou para a pista de dança.

Fiquei lá parada, o olhando dançar em meio as pessoas. Até que resolvi me mecher também. Estava tocando uma música que eu não conhecia mas o son era ótimo, até que senti alguém me puxar por trás pela cintura e me prensar contra si. Tentei me soltar mas ele era mais forte que eu, não tive sucesso.

- Onde pensa que vai, em!? - Disse o homem no meu ouvido.

Fechei os olhos e tentei me soltar mais uma vez do cara , mas ele me prendia cada vez mais contra si.

- Me solta! - Gritei.

Do nada ele se soltou de mim e foi parar em cima da mesa onde estavam as bebidas caindo no chão e gritando de dor.

Quando olhei para o lado vi Thomaz indo em direção ao cara, pegando o mesmo pelo pescoço e meter um soco bem no meio da sua cara.

- O que você pensa que está fazendo, seu cachorro imundo?! - Gritou Thomaz para o cara que sangrava pelo nariz.

- Calma cara, eu não sabia que ela tinha namorado, ela tava dançando de um jeito que não consegui resistir. Foi mal. - Levantou as mãos em rendição.

- Se você se aproximar dela eu te mato, entendeu? - Thomaz disse com os dentes trincados.

O cara concordou e Thomaz o soltou se virando pra mim. Eu tinha ficado paralisada. Era isso? Ele tinha me defendido? Não consigo processar tudo isso. Ninguém nunca havia me defendido assim, pelo contrário, sempre fui a zoada da turma por ser baixa de mais, por usar aparelho. E agora estava Thomaz ali, me defendendo de um cara desagradável que me importunou.

Thomaz veio em minha direção  pisando fundo.

- Você está bem? - Via em seu rosto que ele estava preocupado comigo. Acenei com a cabeça concordando sem conseguir responder.

As pessoas que presenciaram a briga logo voltaram a fazer o que estavam fazendo e a música voltou a tocar.

- Quer ir pra algum lugar? - Thomaz me perguntou.

- Quero ir pra casa, vou chamar a Vic. - Disse saido. Ele me pegou pelo braço me fazendo parar.

- Não precisa chamar ninguém, eu vou te levar. - Ele me pegou pela mão e me levou em direção a rua. Estava adordoada de mais para protestar, só queria estar na minha cama.

Ele se aproximou de uma Ducati 848 preta e montou nela me entregando um capacete.

- Monta ai, gatinha. - Ele disse para mim piscando e dando um sorriso de lado. O sorriso mais lindo do mundo.

Montei na moto.

- Segura forte na minha cintura. - Disse ele.

Assim fiz. Pude sentir seus músculos mesmo através da blusa a da jaqueta de couro.

E assim fomos em direção a minha casa.

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A Baixinha E O PlayBoyOnde histórias criam vida. Descubra agora