Capítulo 17 - Ele Estava Divino.

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Já no dia seguinte eu estava completamente nervosa com o jantar que ocorreria em poucas horas.

E bom, a única pessoa que poderia me acalmar, que era a Vic, que estava viajando pra a França em uma emergência de família. Sabia que quando ela voltasse ela ficaria estérica com tudo que havia acontecido com ela longe.

Já são 17:30  e eu estou deitada na minha cama sem animação nenhuma para me arrumar, até porque não sei o que vou vestir.

Fiquei pensando em tudo que havia acontecido nesses últimos dias, todos os meus segredos revelados a uma pessoa que eu tinha medo de confiar completamente, mas olhando por outro lado, ele nunca havia me dado motivos para desconfiar dele, ele me ajudou, me defendeu, me acolheu quando eu estava desmoronando em lágrimas. Ele era mesmo digno de minha confiança, do meu sentimento por ele? Acho que a resposta viria logo.

Quando olhei pra o relógio novamente levei um susto vendo que já eram 18:24. Dei um pulo e fui tomar um banho rápido. Não sabendo ao certo o que vestir, optei por uma roupa normal, uma qualquer que usaria em casa em um dia qualquer, até por que era só um jantar. Né?

Depois que já estava pronta, desci para a cozinha onde mamãe preparava o jantar, que pelo que pude ver, estava divino.

- Thay, está linda filha. - Disse mamãe se virando para me encarar na porta da cozinha.

Revirei os olhos, eu estava normal.

- Nem vem mamãe... Bom, quer ajuda em alguma coisa aqui? - Quis logo mudar de assunto.

- Claro. Você pode por favor arrumar a mesa de jantar, aqui já está quase tudo pronto. - Disse ela piscando pra mim.

- Tá. - Disse indo ate o armário e pegando os pratos, copos, talheres e indo em direção a mesa de jantar.

A cada minuto que passa, o frio na minha barriga aumentava, e como se tivesse milhares de mini borboletas voando na minha barriga. Não sei se ele vira, não sei como será se ele vier, não sei o que vai acontecer. E esse suspense me atordoava ainda mais. Então, depois de arrumar toda a mesa de janta e deixar tudo na perfeita condição, decidi ver tv. Pelo menos para me distrair um pouco e me acalmar.

19:30 em ponto a campainha tocou e meu coração deu um pulo.

- Eu atendo. - Gritei para mamãe na cozinha.

Quando abri a porta, paralisei. Ele estava lindo, divino, com aquele cabelo bagunçado propositalmente. Ele vestia uma calça preta, blusa social azul clara e tênis em um tom marrom escuro. Ele sorria divinamente o meu sorriso favorito.

- Oi. - Foi isso que consegui dizer naquele momento, estava paralisada por aquela beleza tão surreal.

- Oi, pequena. - Seu sorriso se alargou e o frio na minha barriga aumentou.

- Entra. - Disse a ele dando espaço para que ele entrasse em minha casa.

Assim  que ele passou sobre mim, me puxou para si para um beijo que correspondi de bom grado.

- Trouxe para você. - Disse ele ainda muito perto de mim me entregando um buque lindo de rosas vermelhas, não sabia com elas estavam escondidas até aquele momento. Mas amei.

- Obrigada. - Sussurrei com um sorriso bobo no rosto. - Nunca havia ganhado rosas. - Disse a ele.

- Essas são as primeiras de muitas que você vai ganhar. - Disse ele no meu ouvido, me fazendo uma promessa.

Antes que eu pudesse responder, mamãe entrou na sala sorrindo.

- Thomaz, que bom que chegou, o jantar já está quase pronto.

- Àlice, se o gosto estiver bom tanto quanto o cheiro...- Disse ele rindo e indo em direção a minha mãe para comprimenta-la.

- Haha, bondade da sua parte Thomaz. Mas bom, porque você não leva o Thomaz pra conhecer a casa, Thay? - Disse ela se virando pra mim.

- Hãm?... Tá. Tá. - Eu disse ainda meia sei lá. - Vamos Thomaz. - Disse ficando do lado dele. - Podo colocar essas rosas em um vaso? - Perguntei a minha mãe.

- Vamos. - Disse ele se virando para minha mãe.

- Que lindas! - Exclamou ela. - Foi você quem trouxe? - Perguntou a Thomaz.

- Sim. - Respondeu ele sorrindo.

- Muito bom gosto o seu, Thomaz. - Falou pegando o buque. - Vão, quando o jantar estiver pronto chamos vocês. - Disse ela piscando e sumindo pela sala e indo para a cozinha.

Assim que ela sumiu das nossas vistas, peguei a mão de Thomaz e levei ele em direção as escadas, para o segundo andar.

- Para onde estamos indo? - Me perguntou ele.

- Para o meu quarto. - Disse.

- Huuuuum! - Disse ele me dando um sorriso safado.

- Não é nada disso. - Disse e vi a decepção em seus olhos, tive que rir. - Só quero que você conheça lá primeiro.

- Haaa! - Disse ele com uma falsa tristeza.

Chegamos no meu quarto e abri a porta para que ele entrasse. Bom, meu quarto não era tão grande quanto o dele, mas era confortável.

Ele era de uma cor lilás clara, tinha minha cama no canto, meu gurda-roupa em outro canto, uma penteadeira com todos os meus cremes, maquiagens e etc, e no lado da janela havia uma estante com todos os meu livros.

- Uau, é uma gracinha seu quarto. - Disse ele varrendo com os olhos o ambiente.

- É, da pro gasto. - Dei de ombros.

- Todos esses livros aqui foram os que você já leu? - Disse ele de boca aberta. Até porque, convenhamos, eram muitos livros.

- Sim, e tem mais uns guardados em uma caixa debaixo da minha cama. - Disse a ele sorrindo.

- Uau, queria ter tempo e paciência para ler tantos livros assim. - Disse ele pesando os olhos por cada livro da estante.

- Bom, depois que meu pai morreu, tempo não foi o que faltou. - Disse olhando para baixo.

- Ei ei, o assunto já foi para um lado ruim. Vamos parar, ok? - Disse ele ficando em minha frente.

- Ok, sobre o que quer falar. - Quis saber.

- Na verdade. - Disse ele me pegando pela cintura. - Eu não quero conversar, eu quero mesmo e te beijar. - Disse ele sorrindo com malícia.

- Boa ideia. - Disse retribuindo o sorriso.

Assim que disse isso ele me pegou pela cintura mais forte me puxando para si e entrelaçando seus lábios nos meus. O beijo foi esquentando e nós dois fomos esbarrando pelas coisas do meu quarto ate ele me deitar na minha cama e ficar em cima de mim.

Sua mão passeava pelo meu corpo, apertando e acariciando tudo. Seus lábios dançavam nos meus, descendo e depositando leves beijos sobre meus pescoço, descendo sobre meus seios. Tudo era alucinante, a sensação, cada toque, tudo. Minhas mãos deslizavam sobre suas costas nuas, que em algum momento sua blusa havia sido tirada por mim.

O mundo parecia ter parado para nós dois naquele momento, tudo parecia perfeito ali, nós dois juntos. Mas... Do nada, o encantamento se quebrou e nós dois voltamos a realidade. Mamãe estava nos chamando para jantar.

A Baixinha E O PlayBoyOnde histórias criam vida. Descubra agora