Capítulo 22 - O Baile.

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Em frente ao espelho me olhava incrédula com o que via.

Eu usava um vestido longo azul marinho. Seu tecido era tão macio e fino que parecia que a qualquer momento iria rasgar. Ele era divino. Na região dos seios havia pedras que embelezavam ainda mais o vestido. Era como se ele fosse feito para mim usar naquela noite. Meu cabelo estava solto com alguns poucos cachos que tenho, hoje um pouco maior do que de costume. E minha maquiagem era perfeitamente bem feita pela Vic. E pela primeira vez em dias estava animada para alguma coisa.

Mamãe bateu na porta.

- Filha... - Levou a mão na boca. - ...Uau... Você está... Maravilhosa! - Seus olhos estavam cheios de lagrimas.

- Mamãe. - Disse indo ao seu encontro. - Não chore, por favor.

- Estou chorando de alegria ao ver a linda mulher que você se tornou. - Disse para mim. - Seu pai estaria orgulhoso.

- Ele está mamãe. - Disse, já sentindo as lagrimas em meus olhos.

- Bom, não quero que chore, minha querida. Só vim dizer de Cezar já está lá em baixo a sua espera.

- Vamos então.

- Vamos. - Disse e fomos em direção a sala encontar com Cezar.

No andar de baixo encontrei Cezar divinamente lindo, o smoking que ele usava caia perfeitamente em seu corpo malhado.

- Você esta divina, Thay. - Disse ele vindo me cumprimentar.

- Idem. - Disse.

- Bom, acho que já passou da hora de vocês dois irem, não é? - Disse mamãe. Rimos.

- Sim, mãe. - Disse a ela. - Vamos, Cezar? - Me virei para ele.

- Claro. - Disse. - Obrigada Àlice por deixar Thay ir comigo.

- Imagina Cezar. Agora andem! Vão! - Disse ela quase nos jogando na rua. - Se cuidem. - Gritou.

E assim fomos.

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No baile, todos já estavam lá. A música tocava alta e varias pessoas se balançavam na pista. Cezar e eu fomos para o bar e lá encontramos o resto da galera.

- E ai gente. - Disse Cezar.

- Oii! - Disse todo mundo em conjunto.

- Nossa Thay, você tá linda! - Disse Camila.

- Idem. - Disse a ela. - Você viu a Vic? - Perguntei a ela.

- Não. Ela disse que chegaria mais tarde.

- Ha, sim. - Disse.

- Vamos dançar? - Perguntou Cezar e acenei confirmando.

Na pista agora todos os casais dançavam coladinhos ao som de Love Me Like You Do de Ellie Goulding. Cezar me puxou suavemente para si e descansei minha cabeça em seu peito. Fechei os olhos e senti a música dançar dentro de mim. Quando abri os olhos, meus olhos foram em direção a ele... A Thomaz.

Tudo parou, meu coração, minha respiração, meu sangue, tudo. A Riva tinha voltado, a vontade de chorar também. Fechei os olhos e quando os abri, vi que ele me olhava também, vi que ele estava bravo por me ver com Cezar, e isso me deu calafrios. Do nada, ele sumiu. Simplesmente sumiu e eu gelei.

- Você tá bem, Thay? - Me perguntou Cezar. - Parece pálida.

- Não, e que eu vi o Thomaz ali. - E apontei para onde em segundos atrás Thomaz estava parado me olhando.

- Ah, Thay. Você tá bem? - Perguntou e confirmei.

- Só quero me sentar um pouco.

- Vamos. - Cezar me levou até uma das mesas que estavam a uma extremidade do salão e lá sentei.

- Vou pagar uma água para você. - Disse Cezar se afastando.

Abaixei minha cabeça e fechei os olhos por um momento. Não queria estragar minha noite, não queria chorar, pelo menos não agora.

- Thay. - Por um momento pensei que era Cezar de volta com a água mas quando levantei o olhar vi Vic pálida até de mais olhando para mim.

- Vic. - Levantei. - O que foi? Você está muito pálida, amiga. - Ela olhava para mim como se tivesse visto um monstro. Do nada ela começou a chorar.

- Vic, por favor. Fala. O que houve? - Comecei a entrar em desespero.

- O Thomaz, amiga. - Falou choramingando.

- O que tem ele? - Senti as lagrimas em meus olhos.

- Ele sofreu um acidente. - Disse por fim.

Cai. Meu mundo caiu. Como? Como se alguns minutos atrás ele estava aqui, a poucos passos de mim? Apesar de tudo o que ele tinha feito, ele tinha me dado apoio, ele tinha me visto chorar e enxugou minhas lagrimas. E por mais que eu queira odia-lo por ter me usado, por ter mentido para mim. Não conseguia. Ele tinha um efeito sobre mim que ninguém mais tinha. E isso me dava ódio. E agora, ao saber que ele tinha sofrido um acidente me fez pensar que apesar se tudo, ele era importante para mim e o medo de perder ele para sempre assim como perdi meu pai tomou conta de mim. Não podia deixar isso acontecer.

A Baixinha E O PlayBoyOnde histórias criam vida. Descubra agora