Já havia se passado uma semana e Thomaz não havia se quer dirigido um olhar há mim.
Perguntas só se formavam em mim. Será que ele realmente se importou comigo? O porque do beijo tão repentino? E por que ele foi embora assim, do nada, fugindo da minha casa? E principalmente, qual era o significado de suas últimas palavras?
A única distração que eu tinha que me impedia se me afogar no mar de pensamentos tinha nome: Victória.
Nós tínhamos nos aproximado bastante nos últimos dias. Ela era realmente uma pessoa em que eu queria por perto. Minha melhor amiga. Não que eu tivesse outras amigas, mas ela era alguém que eu podia confiar. Nós saímos todos os dias da semana, conheci seus amigos, não que ela tivesse muitos também. João, Paula, Cezar, Gustavo e Camila. Todos são legais também, e já me consideravam "do grupo".
*
No sábado de manhã Vic me liga.
- Tha, tem planos para hoje? - Disse com animação na voz.
- Se pode se chamar de ficar em casa o dia inteiro em plano, sim. - Rimos.
- Então vem com a gente numa balada super popular hoje? - Disse com um gritinho.
- Quem vai? - Quis saber.
- A galera toda, o João, a Paula, a Camila, o Gustavo e o Cezar que como eu já te avisei, ele ta super afim de você! - Revirei os olhos.
Não que o Cezar fosse feio, muito pelo contrário. Ele era lindo de mais para dizer a verdade. Tinha cabelos escuros, olhos castanho mel, era alto e um corpo atlético.
Pensei antes de dizer:
- Você sabe que não curto muito isso. Mas vou pensar no seu caso. - Rimos de novo.
- Tha, pensa com carinho - Pelo tom de voz, sabia que tava fazendo beicinho. Me convenceu. - Por favor.
- Ok, Ok. Eu vou. - Disse rindo e ela deu um gritinho do outro lado da linha.
- Passamos ai às 21:00. Beijos! - E desligou sem esperar resposta.
*
Meu dia passou rápido. Fui ao mercado com mamãe, arrumei meu quarto e fiz alguns deveres. Quando deu 19:00 hrs fui me arrumar. Tomei banho demorado, lavei o cabelo, estava tudo ótimo. Sequei o cabelo e passei chapinha. Escolhi um vestido preto curto mas não muito justo que realçava minha curvas, fiz uma maquiagem não muito exagerada e coloquei um salto preto. Pronto.
Como combinado, eles chegaram as 21:00 e fomos em direção a balada. O lugar estava lotado e tinha visto algumas pessoas da escola lá também. O barulho era quase insuportável. Fomos a uma mesa e nos sentamos.
- Camila: Vou pegar algumas bebidas, o que vocês querem?
- Cezar: Quero cerveja.
- Paula: Quero Caipirinha.
Gustavo, João, Vic e eu também optamos pela caipirinha, que estava uma delícia.
Continuamos lá, sentados, bebendo e rindo das palhaçadas dos meninos. Cezar que estava do meu lado me olhava de hora em hora e isso não me envergonhou pelo fato de eu estar quase bêbada.
- Vamos dançar? - Disse Cezar no meu ouvido me fazendo arrepiar.
Concordei e fomos em direção a pista, onde um monte de gente dançava como se não houvesse amanhã. Ficamos ali por um tempo dançando sem conversar, só trocando olhares e sorrisos, seu braço estava ao redor da minha cintura, o que me fez sentir segura. Já estava com sede e ficando cansada.
- Vou ali pega uma bebida para mim. - Eu disse à ele saindo que confirmou com a cabeça e continuou a dançar.
Fui em direção ao bar. Quando cheguei lá senti um arrepio estranho na nuca.
- Mais uma caipirinha, por favor. - Disse ao Barman.
- Não acha que bebeu de mais já? - Disse uma voz do meu lado.
Me virei e vi Thomaz me olhando serio.
- Acho que isso não é da sua conta. - Disse seca.
Peguei minha caipirinha e fui em direção aos meus amigos, mas fui impedida por um braço pegando no meu cotovelo me fazendo ficar no lugar.
- Ei, desculpa por aquele dia. - Disse Thomaz ainda sério. - Você nunca vai entender. - Abaixou a cabeça.
- Nem faço questão. - Disse me soltando e sai.
Voltando a mesa onde se encontrava meus amigos, não vi Cezar.
- Onde Cezar foi? - Quis saber procurando ele pela balada.
- Ah, ele teve que ir embora. A irmã dele entrou em trabalho de parto... Uma coisa assim. - Disse Paula sorrindo.
O papo continuou e quando vi que estava sobrando fui pra pista. Comecei a dançar no ritmo de uma música agitada até que tudo começou a girar, e antes que eu alcançasse o chão, dois braços fortes me seguraram.
- Eu disse que você bebeu de mais. - Thomaz. Ele olhou para mim com cara de desapontado. - Vamos lá fora, você precisa tomar um pouco de ar. - Falou e eu não protestei.
Fomos para fora e ele continuava a me segurar com medo que eu caísse.
- Já pode me soltar. - Disse me soltando dele.
- Você está bem? - Quis saber.
- Não, né! Minha cabeça está rodando e meu estomago está revirando. Acho que vou... - Antes que pudesse terminar a frase, comecei a colocar tudo para fora. Thomaz veio atrás de mim e segurou meus cabelos para trás e ficou lá, me esperando terminar de colocar tudo para fora. Assim que terminei ele se virou pra mim.
- Vamos, deixa eu te levar daqui. - Me disse me pegando pelos ombros.
- Eu não vou com você, a Vic está aqui! Eu vim com ela e vou voltar com ela. - Disse com cara feia.
- Olha, você vai comigo! Não vou voltar lá para avisar sua amiga que supostamente deve estar bêbada também!
Olhei pra ele com cara feia. Começou a fazer frio e coloquei meus braços ao meu redor. Minha cabeca começou a rodar ainda mais. E antes que eu pudesse responder aquele idiota e voltar para dentro, caí na escuridão.
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A Baixinha E O PlayBoy
RomanceThay, uma garota que já perdeu uma pessoa muito importante de uma forma horrível, encontra o amor naqueles olhos escuros como a noite de Thomaz. Thomaz, um garoto popular, um verdadeiro PlayBoy que faz tudo o que bem entende para se esconder dos se...