Capítulo 26 - O Dia Quase Perfeito.

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Domingo, meus amigos, os amigos do Thomaz e minha mãe já sabiam que eu havia aceitado o pedido de namoro dele. E isso gerou uma comemoração. Um churrasco na minha casa.

Todos estavam lá, tanto meus amigos quando os do Thomaz. Todos riam, brincavam na piscina, estava um dia perfeito.

- Como vocês planejaram tudo isso? - Perguntei a todos quando estávamos na mesa da piscina.

- Eu tive a ideia! - Gritou mamãe vindo da cozinha. Todos rimos.

- É. E eu fiquei encarregada de deixar a casa vazia para vocês dois. - Disse Vic do meu lado.

- Então era por isso que vocês todos estavam estranhos comigo. - Disse e todos riram.

- Sim. Era pra você não desconfiar de nada. - Disse Thomaz do meu lado, colocando a mão na minha coxa nua me fazendo arrepiar.

- E o moleque deu o bote certeiro. - Disse Diego, um amigo do Thomaz.

- Digamos que eu peguei a minha sereia. - Disse Thomaz e piscou para mim apertando ainda mais sua mão sobre a minha coxa.

- Só não magoa ela, cara. - Disse Cezar que ficou o tempo todo calado, só observando.

- Essa é a última das últimas intensões minhas. - Disse Thomaz.

- Que bom que pense assim, rapaz. - Disse mamãe atrás de Thomaz colocando a mão em seu ombro. - Isso é bom para a sua saúde. Cuide da minha princesa.

- Mãe! - Gritei.

- Calma, só tô fazendo o meu papel. - Disse levando as mãos ao ar.

- Pode deixar, sogrinha. - Disse Thomaz piscando pra ela.

- Eu quero comer, tô com fome! - Gritou Camila na outra ponta da mesa.

- Se acalmem, crianças. O almoço já está quase pronto. - Gritou mamãe voltando para a cozinha.

O dia estava ensolarado, sem nenhuma nuvem se quer no céu. Um dia perfeito para juntar todos os amigos, o namorado e se distrair.

Olhei pro céu e pela primeira vez sorri ao lembra de papai, sorri sem querer chorar, sem sentir culpa pelo que havia acontecido com ele. Me libertei da culpa que na verdade não tinha. E me libertei de um jeito tão simples: Voltando amar, voltando a acreditar na vida. Papai teria orgulho de mim se me visse assim. Com amigos, que por mais que fossem poucos eram o suficiente e um namorado que me completava.

Olhei pra todos ao meu redor e vi que não preciso de muito para ser feliz, só precisava estar na companhia deles. Olhei para o meu namorado e vi o quão de sorte eu sou por te-lo comigo, por ter encontrado ele.

E pensei em mamãe. Ela tinha sido a minha heroína depois que papai se foi, ela que me deu apóio no momento de dor, ela que esteve comigo, sempre. Estava tudo em seu devido lugar. Tudo. E que permanecesse assim para sempre.

- Ei. - Sussurrou Thomaz no meu ouvido me puxando dos meus pensamentos.

- Oi. - Disse baixinho também, para não chamar a atenção dos nossos amigos que conversavam.

- Mais tarde, vamos ao lago. Quero te contar sobre meu pai. - Disse ele sério.

Gelei ao lembrar que seu pai nem uma vez se quer foi ver seu filho no hospital. Só telefonava para ver se estava vivo e se não precisava de nada. E isso me deu um aperto no peito. Como alguém pode tratar assim o próprio filho? Com tanta frieza?

- Ok. Mas tem certeza? - Perguntei.

- Sim. Quero que saiba tudo sobre mim, meu amor. Tudo. - Disse ele me dando um beijo na testa.

- Como queira. - Disse lhe dando um selinho.

O que quer que fosse o que ele iria me contar, ficaria do lado dele do mesmo jeito que ele ficou no meu.

A Baixinha E O PlayBoyOnde histórias criam vida. Descubra agora