Capítulo 13 - O que ele planejou?

22.3K 1.4K 75
                                    

Depois que Thomaz me deixou na porta de casa no fim daquele dia, dizendo que me veria na escola e se despedindo com um beijo, entrei em casa torcendo para mamãe não estar ou coisa do tipo. Dei sorte dela estar dormindo no seu quarto, então fui para o meu, tomei banho e deitei na cama tentando processar o dia de hoje.

Não acreditava e nem sabia ao certo o que tinha acontecido, mas tinha gostado... Não sei no que vai dar tudo isso, mas confesso que tenho medo. Conhecia a fama de Thomaz, sabia que ele era o maior galinha da cidade filhinho de papai, o que ele iria querer com uma garota como eu? Tinha perguntas que só o tempo poderia responder, mas será que vou gostar da respostas? Não sei o que estou sentindo por ele, ele mexe comigo como nenhum outro menino já mexeu... E tenho meus motivos. Mas ele? Logo ele? Que porra de coração, vai gostar logo de quem não deve... Não sei, estou confusa em relação a tudo isso, estou com medo, mas estou feliz também, só não sei o porque....

Imersa em meus pensamentos acabei dormindo e só acordei com mamãe batendo na porta me chamando para o jantar.

- Thay, vem! A janta está na mesa, anjo. - Disse com calma colocando só a cabeça dentro do meu quarto.

- Tô indo mãe. - Disse levantando ainda grogue da cama.

Já na mesa, nós duas começamos a conversar sobre assuntos aleatórios.

- Tha, e o baile? Já sabe se vai, ou com quem vai? - Ela me disse com uma sobrancelha arqueada, com cara de quem quer saber de alguma coisa.

Tive que rir.

- Não, o baile e daqui três semanas ainda, dá tempo. E não sei se vou ir. - Dei de ombros.

- Ah Tha, qual é?! Não venha me dizer que não vai, porque não vou aceitar. E também você já deve ter recebido convite de algum gatinho da escola. - Piscou e riu.

Logo meu pensamento foi para Thomaz. Sera que ele ia com alguém? Será que me convidaria?

- Não. - Ri - Não sei se vou, mas é provável que sim. - Dei de ombros.

- Ótimo, se decida logo. Quero que você vá linda. - Ela disse com um sorriso de orelha a orelha.

Mamãe era a única pessoa que esteve do meu lado quando precisei, que me fortaleceu. A gente se curou juntas depois de perdemos tudo. E ver ela sorrir e ter um motivo pra se alegrar me contagiou também.

*

No outro dia, estava de cabeça cheia por tantas matérias e provas que veriam na próxima semana. Queria dar um tempo daquilo tudo, queria ir embora e esquecer esses compromissos que eu tinha, que apesar de que iria garantir meu futuro, as vezes é bom relaxar disso tudo.

Na hora do intervalo, quando fui pegar meu lanche senti uma mão forte me pegar pelo braço me fazendo virar para encarar a pessoa que me puxava junto a si.

- Oi. - Disse Thomaz no meu ouvido me fazendo arrepiar de corpo inteiro.

Pessoas que estavam pegando o lanche nos jogaram olhares curiosos.

- Oi. - Disse sem conseguir esconder o sorriso bobo.

- Estava pensando que a gente podia voltar lá no lago hoje, sei lá. Estou farto dessa escola hoje. - Olhei pra ele boquiaberta.

- Compartilhamos o mesmo pensamento. - Disse a ele.

Ele sorrindo me pegou pelo braço indo em direção a saída da cantina quando uma menina que eu nunca havia visto na vida entrou em nosso caminho.

- Onde pensa que vai com... - Disse me olhando com desdém. - ... Com essazinha ai?

Eu e Thomaz trocamos olhares, dava pra ver que ele se divertia com a situação.

- Olha Jasmine, a gente não tem mais nada, ok? Me deixa, que saco! - Bufou.

- Então é isso? Vai me trocar por essa garota ai? Nem corpo ela tem! - Ela parecia que ia voar em cima de mim.

Queria poder responder a altura pois ninguém falava assim comigo, já sentia a raiva apontar em mim. Mas Thomaz foi mais rápido que eu.

- Jasmine, não só de corpo que se vive. Agora se não se importa, temos coisas mais importantes a fazer do que ficar discutindo com você. - Havia raiva e irritação na sua voz.

Ela ficou imóvel, e sem esperar resposta ele me pegou pela mão e me levou para fora, deixando ela lá no meio da cantina junto as pessoas que acabaram de ver o espetáculo.

No estacionamento ele soltou minha mão e pegou uma cesta de piquenique. - Será que você consegue levar, pequena? - Disse me olhando.

- Claro... Mas será que a gente pode conversar sobre o que aconteceu lá dentro? - Quis saber, até porque estava curiosa em saber o por que dele me defender dela na frente de todos da escola.

- Eu não estou afim de estragar tudo que planejei para nós por causa de uma menina insignificante. - Ele estava sério. - Ok?

O que ele tinha planejado pra nós? Meu Deus! Queria saber, e bom, essa conversa a gente podia ter depois. 

- Ok. - Falei pegando a cesta.

Ele sorriu e montou na moto seguido por mim. Não pensei em mais nada, era como se existisse só nós dois ali, eu desejei secretamente que fosse assim para sempre. Mas sabia que não seria assim, mas quero aproveitar o máximo que puder.

A Baixinha E O PlayBoyOnde histórias criam vida. Descubra agora