Capítulo 10 - O Idiota Tem Segredos.

22.9K 1.4K 124
                                    

Segunda eu estava na biblioteca lendo um livro quando senti alguém se sentar ao meu lado.

- Sabia que é falta de educação não olhar para uma pessoa quando ela fala com você? - Disse o ser na minha frente.

- Sabia que é falta de educação atrapalhar uma pessoa quando ela está estudando? - Disse fechando o livro na página em que eu estava para encarar Thomaz me olhando.

- Você não estava estudando. - Disse ele sorrindo de lado e levantando uma sobrancelha.

- Que seja! - Dei de ombros. - O que você quer? - Quis saber.

- Só vim te entregar a resultado do trabalho. A gente tirou 15. - Disse ele me entregando a folha com o resultado do nosso trabalho. - Nós fazemos uma boa dupla. - Disse com a expressão meio que "safada". - Poderíamos experimentar fazer dupla em outras coisas também, se é que me entende.

Olhei pra ele incrédula do que acabei de ouvir.

- Você está de saro com a minha cara, né? - Quis saber. - Qual é o seu joquinho afinal? Quer me usar e depois dispensar como faz com as outras?

- Como adivinhou? - Perguntou ele rindo.

- Você é um cara de pau mesmo. Como tem coragem de dizer isso na minha cara? - Perguntei  para ele incrédula.

- Só estou sendo sincero. Ou você prefere alguém que te trate bem e minta que gosta de você e que não quer nada mais do que sexo e depois que consegui o que queria vai embora? - Ele estava sério. - Eu só digo o que eu quero. - Agora ele sorria.

- Você é um babaca. - Disse me levantando e saindo.

Antes que eu pudesse chegar a porta da biblioteca fui parada por Thomaz e prensada na parede. Suas mãos de cada lado do meu corpo me prendendo no lugar, seu rosto era sério e ia se aproximando cada vez mais perto do meu.

- Me diga que não quer que eu te beije agora. - Ele perguntou no meu ouvido.

- Eu não quero. - Minha voz era um sussurro.

- Mentir é feio, gatinha. - Disse em sussurro.

- Não estou mentindo. - Quando disse isso ele começou a beijar meu pescoço e meu corpo se arrepiou por inteiro.

- Não é isso que seu corpo está dizendo. - Disse ainda me beijando. Deixei escapar em gemido. DROGA! - Eu sei que você quer tanto isso quanto eu. - Dizendo isso seus lábios vieram de encontro ao meus.

Me assustou ao pensar que senti falta dos seus lábios. Eles eram macios, e ele tinha uma habilidade incrível. Sua lingua pedia permissão para entra na minha boca e eu  aceitei. Minhas mãos percorriam seu pescoço e seus cabelos lisos puxando ele pra mim. Suas mãos deslizavam pelo meu corpo, uma nas minhas costa me puxando para ele e a outra na minha nuca. Nossos labios pareciam se encaixar perfeitamente, o sabor de seus labios nos meus era maravilhoso. Meu corpo se arrepiava com cada toque dele em mim, como se ele estivesse no comando do meu corpo. O tempo pareceu parar para aquilo acontecer, era como se fossemos só nós dois no mundo.

Não sei que sensação era que estava tendo dentro de mim, era desconhecida, ela só se revelava quando Thomaz me beijava, isso me amedrontava. O que eu estava sentindo por esse idiota? O que era esse sentimento desconhecido que só tinha quando ele me beijava? Antes que eu tivesse respostas, seu lábios se separaram dos meus. Senti um vazio. Ele ainda continuava com o rosto colado ao meu, ainda sentia sua respiração ofegante, podia só se ouvir a batida dos nosso corações naquele momento.

- Você é muito complicado. - Disse a ele ainda sussurrando.

- Muito mais do que imagina, gatinha. - Disse ele com um sorriso fraco. E pela primeira vez gostei que ele me chamou de gatinha. O QUE ACONTECENDO COMIGO? - Sou muito mais que um playboy metido. Tenho segredos. Medos. - Ele disse fraco, com os olhos tristes.

- Todos nós temos segredos obscuros. - Disse para ele.

- Eu sei, eu sei. - Disse ele me soltando e se sentando no chão encostado na parede. Me sentei ao seu lado. - Só que você nunca entenderia os meus.

- Você nunca teve a oportunidade de me falar para saber se não entenderia. - Disse olhando em seus olhos.

- Quem sabe um dia, gatinha. Um dia. - disse ele me olhando nos olhos e me dando um sorriso. Não um sorriso debochado ou um sorriso safado. Foi um novo sorriso, foi um sorriso leve, verdadeiro. Meu sorriso favorito.

Não consigo o entender. Juro. Uma hora ele era um completo idiota e no outro ele é apenas um garoto com segredos obscuros sentado ao meu lado. Ficamos ali, imersos em nossos próprios pensamentos e medos. Sentia algo por ele só não sabia o que. Não sabia se era o certo senti isso, não sabia no que daria sentir isso, mas só saberia no que daria se eu enfrentasse.

-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-
Gente, vocês querem o ponto de vista do Thomaz? Se quiserem comentem, farei o próximo capitulo dedicado a ele. Comentem! ❤

A Baixinha E O PlayBoyOnde histórias criam vida. Descubra agora