Capítulo 23 - Thomaz No Hospital.

17.3K 1.2K 21
                                    

Eu estava a mais de três horas na sala de espera do hospital esperando alguma notícia do Thomaz.

Estou exausta, quero tirar o vestido, o salto, tudo. Queria que meus amigos estivessem aqui para me darem força mas achei melhor não. Pedi para que eles fossem embora junto com os amigos do Thomaz e que a qualquer notícia que fosse eu ligaria para eles. Era muita gente, muito tendel dentro do hospital e isso não era o que Thomaz precisava agora.

- Thay. - Alguém me chamou. Levantei os olhos e vi mamãe na porta da sala. Corri até ela e a abracei forte.

- Como ele está, mãe? - Eu já chorava.

- A cirurgia correu tudo bem, agora é só esperar para ver como ele reage a tudo isso.

- E quando eu vou poder ver ele?

- Não sei, querida. - Ela disse calma, colocando uma mexa do meu cabelo atrás da orelha. - Prometo que assim que der, eu te levo até ele. Ok? - Confirmei.

- E o pai dele? Teve alguma notícia? - Perguntei a ela.

- Não. Joice, que é a recepcionista tentou entrar em contato com ele, mas nada. Vamos esperar até amanhã de manhã. - Disse pra mim.

- Ok. - Disse me soltando dela e me sentando no sofá novamente. Mamãe se sentou ao meu lado.

- Thay, querida. Não acha melhor ir para casa, tirar essa roupa, dormir um pouco. Você está exausta.

- Não, mãe. Não posso deixa-lo sozinho aqui. - Disse com os olhos lagrimejados.

- Meu amor. Ele está em boas mãos. O pior já passou. Vá para casa. Descanse. Eu cuido dele pra você. - Disse ela colocando seus braços ao meu redor.

- Promete que vai cuidar.

- Prometo. - Disse séria.

- Tá... Vou chamar um táxi. Mas amanhã bem cedo vou estar aqui. - Disse a ela.

- Como quiser, querida. - Disse me dando um beijo na testa. - Agora tenho que voltar. Te vejo amanhã. Se cuida. - Disse ela levantando.

- Ok, mãe. Te amo. - Disse triste.

- Também te amo, querida. - Me disse e saiu.

Chamei um táxi e fui para casa.

*

Já em casa, de banho tomado e roupa trocada fiquei deitada na cama pensando em tudo que havia passado nessa cidade desde que vim para cá. Dos amigos que fiz, dos risos que dei, dos choros... E do amor que redescobri. Fiquei pensando em como Thomaz tinha entrado na minha vida e em como tudo aquilo tinha acabado: com ele em uma cama de hospital.

Meus pensamentos foram à papai. Fique tentando imaginar o que ele diria para mim se estivesse aqui. Se ele me daria uma bronca e me deixaria de castigo ou ficaria do meu lado, me dando conselhos e dizendo para ser forte. Fiquei pensado que: Se ele não tivesse morrido, eu teria conhecido Thomaz, eu teria conhecido a Vic, o Cezar, a Camila e todo o resto dos meus amigos? Acho que não.... Os meus pensamentos me levaram a um sono profundo. Não sonhei nem nada, fiquei no escuro absoluto e só fui acordar com o telefone tocando.

- Alô. - Disse ainda sonolenta.

- Filha. - Mamãe me chamou do outro lado da linha.

- Mãe. Aconteceu alguma coisa de grave? - Minha garganta deu um nó.

- Não, não. - Disse ela e ali vi que eu estava prendendo a respiração. Dei um suspiro de alívio. - Ele acordou, filha. Ele quer te ver. - Disse ela. E meu coração bateu a mil.

- Chego ai em meia hora. - Disse e sem esperar respostas desliguei e fui correndo me arrumar.

Quando estava quase pronta dei por mim e vi que chorava. Não sei por que chorava, mas acho que era de alegria ao saber que Thomaz estava bem e que queria me ver. Ele não tinha me deixado.

A Baixinha E O PlayBoyOnde histórias criam vida. Descubra agora