5. Café com leite

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Capítulo 5

Well, call me losed

Call me thief

Tell me I'm special when you spit at me

Cause I don't wanna be lonely

I wanna be loved

And I want you hold me like I'm the only one

Smile -Mikke Ekko

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Especula-se que depois daquela tarde agradável - primeira tarde agradável com Zayn Malik- nossa convivência seria muito melhor, não é mesmo?

Pois você errou.

E eu também, por pensar que tudo iria melhorar.

Eu só fiz me iludir novamente, pensei que até poderia ser amiga de Zayn, mas como minha felicidade sempre dura pouquíssimo, lá estava eu, no banheiro do vestiário feminino, com as maçãs do rosto em chamas, por conta da raiva que estava sentindo daquele ogro e ainda por cima, com várias pontadas de dor que ele causou em mim.

Fazia mais ou menos uma semana desde a primeira aula particular na casa dos Malik's. E o conto de fadas que começou naquela tarde, teve seu fim no dia seguinte. Precisamente quando um Zayn perigosamente mal humorado me empurrou meu celular, que por acaso tinha esquecido em sua casa, e disse seco "vê se presta atenção nas coisas, sua tapada".

Nem preciso falar que eu rodei a baiana no momento e fiz um escândalo, e botei toda culpa na TPM. (sim, sou dessas)

E foi assim o resto da semana, entre tapas e beijos... Talvez só tapas... Quer dizer, completamente só tapas... Whatever. É incrível como ele consegue arranjar bastante tempo para me tirar a paciência, e olha que sou considerada uma pessoa nuito paciente, então imagine a que ponto aquele imbecil chegou.

E mais uma vez ele me importunou, mas agora na frente de todo mundo. E eu nem provoquei, nem nada. Estava eu, lá na quadra com o time, quando Zayn e sua gangue chegam e requisitam seu horário de treino. E como somos muito solidárias, fizemos um barraco daqueles, até que nossos treinadores tiveram a brilhante ideia de misturar nossos esportes.

Ou seja, eu iria ter que jogar basquete.

Deus, isso é tão injusto!


Tudo estava muito bem, até o momento em que peguei naquela maldita bola alaranjada. Oh sim, porque eu sempre -SEMPRE- sou o alvo mais fácil, afinal quem é a menor no bando daqueles gigantes? Isso, euzinha.

Eu pensei que tinha feito um trato com todo mundo, de que eu seria café com leite, nada mais justo, afinal eu não podia me defender daqueles trogloditas.

Mas o trato foi quebrado, amassado, rasgado e queimado no fogo do inferno depois que eu senti alguma coisa se lançar contra mim, para pegar a bola, que no momento, estava em minhas posses.

Sem nenhum exagero, o baque que atingiu a lateral do meu corpo foi suficiente para me empurrar até o meio da quadra, o que significa que eu me fodi completamente.

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