25. Inferno

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Capítulo 25

Lay down here beside me in the shallow water

Beside me where the sun is shining on a still

Lay down here beside me me in the hallowed water

Beside me where the silver lightning stays

Until the sirens callin'

Sirens - Cher Lloyd

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Zayn's Point Of View

- me passa isso dai, cara, você tá extrapolando - Jawaad, meu primo, repreendeu-me, pegando o cigarro de minha mão.

Bufei e tentei pegá-lo de volta, não obtive sucesso e logo vi o cigarro ser pisoteado no chão.

- por que você fez isso, seu idiota? - esbravejei, me segurando para não empurrá-lo de cima daquele lindo capô, o do meu carro.

Jawaad não respondeu, apenas se virou de costas e começou a conversar com uma das meninas que nos rodeavam e faziam uma espécie de muralha ao nosso redor.

Revirei os olhos e desviei o olhar delas, nenhuma daquelas havia me interessado, aliás ninguém tinha chamado minha atenção nos últimos dias. Ou talvez eu tenha parado de pensar tanto sobre isso.

Estávamos em frente a um dos pontos de encontros dos fins de semana, onde eu costumava ir desde que ganhara o Audi de minha mãe. Geralmente eu vinha com Liam, meu melhor amigo, ou Niall e alguns caras do time, mas naquele dia só Jawaad podia me fazer companhia.

O espaço estava cheio de pessoas, mais ou menos da minha idade, todos ostentando carros como o meu ou até mais caros. Nada daquilo me interessava como antigamente, porém uma movimentação estranha me chamou a atenção.

Observei uma pessoa pequena andar apressadamente até a porta da lanchonete onde nós estávamos.

Os longos fios de cabelo logo chamaram minha total atenção, e quando vi sua típica mochila, as dúvidas de que era ela, sumiram. Mas... O que ela estava fazendo ali?

- vou pegar mais uma bebida, se eu não voltar, leve meu carro até em casa - sussurrei para Jawaad, entregando-lhe em seguida as chaves do meu querido Audi.

- como assim "se eu não voltar"? - ele retrucou, franzindo as grossas sombrancelhas.

- só... Faça o que eu pedi, por favor - bufei irritado. Odeio quando me fazem muitas perguntas.

Jawaad me repreendeu com o olhar, mas não moveu um dedo para me impedir, e eu agradeci por isso. Ele já estava acostumado com meu jeito, afinal.

Pulei de cima do capô e afastei as garotas que nos rodeavam com um pouco de brutalidade.

Fui até a lanchonete e ouvi aquele sino irritante tocar quando entrei. A menina que antes estava andando com pressa, estava esperando impacientemente por um copo que julguei ser de chá, que logo chegou em suas mãos e então ela já se preparava para ir embora.

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