12. Ninjas

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Capítulo 12

There's a devil in your smile that's chasing me

And every time I turn around it's only gaining speed

There's a moment when you finally realize

There's no way you can change the rolling tide

But I know, yes, I know that I'll be fine

Ready to run - One Direction

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- Acorda bela adormecida - cantarolou uma voz rouca perto de meu ouvido.

Grunhi e virei para o outro lado, sentindo todas as dores possíveis e impossíveis em meu corpo. Gemi baixinho quando pressionei um de meus braços machucados em baixo do meu corpo.

- Vamos, acorde Lia - ouvi de novo aquela voz insistente me atazanar.

- Mas que droga, me deixe - murmurei tirando os fios que caiam sobre meus olhos ainda fechados.

- Não podemos perder tempo. Você tem que chegar cedo em casa.

- Tá bom - bufei tentando levantar meu tronco, sem sucesso - uma ajuda seria muito bem vinda - murmurei coçando meus olhos e os abrindo finalmente. Zayn me ajudou a levantar cuidadosamente e acabei por me escorar na cabiceira da cama.

A vista embaçada me impediu de ver alguma coisa, mas pude identificar que ainda era muito cedo, os raios de sol ainda não se faziam ver pela janela. Quando finalmente minhas pupilas se ajustaram à luz do quarto, pude ver um Zayn com uma cara amassada e engraçada.

Ri fraco e vi ele me fitar sem entender o motivo da piada.

- O que houve? - perguntou com a voz arrastada.

- Sua cara tá hilária - falei tentando fazer um coque em meu cabelo, mas como sempre meus fios se desprenderam pouco tempo depois.

- Sua cara não tá muito melhor - garantiu sorrindo ainda sonolento - vamos, tenho que te levar em casa antes que reparem que você dormiu aqui - explicou se levantando em um salto.

- Que horas são? - perguntei me recusando a levantar daquela bendita cama.

- Cinco e pouco - respondeu passando a mão em seus fios negros de cabelo, embaraçando-os ainda mais.

Ergui meus braços para ele, e por sorte ele entendeu de primeira o meu recado. Me puxou para fora da cama e me colocou no chão rapidamente.

- uiii - reclamei sentindo meu corpo todo arrepiar quando meus pés entraram em contato com o piso frio.

Zayn seguiu para o banheiro e eu não tinha nada mais a fazer, então apenas abri as portas de vidro da varanda e me abracei para me proteger do vento cortante que me envolveu.

Ainda estava escuro, só alguns raios de sol escapavam do horizonte. Me perguntei como era possível que a todo momento aquela varanda tivesse uma vista bonita.

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