Endorphin

10. Anjo infernal

Capítulo 10

Don't look around cause love is blind

And darling right now I can't see you

I'm feeling proud,so without a doubt

I can feel you

I won't mind - Zayn Malik

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Apesar do meu peso, Zayn conseguiu chegar em sua casa na velocidade da luz. Tudo estava silencioso, como antes de nós fazermos a algazarra de pouco tempo antes.

Eu sabia que Trisha não estava na cidade, ela viajara a negócios para a capital do país, Londres, para resolver uns problemas em sua empresa.

Waliyha fora dormir na casa de uma amiga, e Safaa estava acampando com seus amigos. E bom, eu ainda nem tinha conhecido Doniya, mas sabia que ali ela não se encontrava ali. Ou seja, estávamos sozinhos naquele casarão, já que até os empregados tinham ido para suas respectivas casas.

Ouvi Zayn chutar a porta de entrada com uma certa força desnecessária, já que ela estava somente encostada.

Senti-o dar um corrida e vi seus braços me deixarem no local macio e fofinho, o sofá.

Eu estava tremendo bastante e ainda não havia conseguido sequer olhar no rosto de Zayn, tamanha era a vergonha que sentia no peito.

As lágrimas, que no caminho tinham secado, acabaram por cair novamente de meus olhos. Agora eu poderia chorar em paz, e foda-se se Zayn estava me olhando como se eu fosse uma aberração.

- Lia, olhe para mim - ele pediu num sussurro tenso - você está machucada - comentou, perplexo, tentando puxar meus braços, que no momento estavam tentando reparar o rasgo na minha fina blusa de mangas.

Me esquivei dele, tanto por não querer sentir ainda mais dores, como por que eu não estava afim de mostrar meu sutiã para ele.

- Calma, deixa eu ver - ele tentou novamente, mas me esquivei mais uma vez.

- Ele... Ele rasgou minha blusa - sussurrei, num tom suficiente para que ele pudesse ouvir e entender minhas palavras.

Não me atrevi a olhar a face de Zayn, mas pelo som que ouvi ele soltar, apostaria que estava com raiva. Não. Com raiva não. Com ódio.

- Vai ficar tudo bem - ele falou baixo, não sei se para mim, ou para ele próprio - você... Você consegue levantar? - perguntou afagando minha bochecha, me limitei a negar com a cabeça - se doer você me fala oki? - ele perguntou, usando minha expressão "oki", o que de fato me fez ficar mais calma.

Balancei a cabeça e logo já estava sendo carregada até o segundo andar da casa. Percorremos o corredor todo e até me deu uma pequena vontade de rir ao ver Zayn tentando abrir a porta ao mesmo tempo que me carregava.

Apesar dos obstáculos, conseguimos entrar em seu quarto, mas não paramos, fomos direto para uma das outras portas que haviam ali.

Zayn teve que virar de lado para poder entrar sem me bater, e percebi que estávamos em um banheiro não muito grande quando Zayn ligou a luz.