Stranger

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Capítulo não revisado



- Acho que a nossa hóspede deve está acordada.

Cambaleio para trás assustada. Tento não fazer barulho e me deito na cama improvisada. Fecho os olhos ouvindo tudo.

Passos... Sapatos... Não, botas, ele está usando botas. Ainda de olhos pude reconhecer algumas coisas como isso. Ele cheira a charutos... Esse cheiro eu conheço de algum lugar, mas não me recordo.

- Doce Maria... - Ele diz. - Não sabe com quem mexeu, querida. Sou muito pior que seu pai, muito pior que sua mãe... E milhares de vezes pior do que você.

Ele ri baixo, rouco e tenebroso. Nunca senti essa aflição, esse medo de que ele possa realmente me machucar.

- Deixe a comida ai no chão. - Ele manda. Ouço metal no chão, deduzi que seja a minha comida. - Ela vai acordar e quero ela inteira e forte para mim.

Ele se vai e respiro pesado. Abro meus olhos e começo a pensar maneiras de sair daqui. Passo a mão no rosto tentando me controlar, eu sou uma Devilish , eu vou sair dessa.

- Hey, você! - Alguém do lado de fora chama minha atenção. - Coma, o senhor deixou ordens para que comesse.

Olho para o chão e na bandeja tem um prato com macarrão e um copo com água . Meu estômago dói ,me pergunto quantos dias estou aqui desacordada. Não tem talher, nada, o prato é de plástico e o copo de isopor.

- Nada letal que você possa usar como arma. - A voz de fora responde.

Sorrio. Mesmo estando presa, Eles temem a mim. Como pacientemente - com a mão - o macarrão, depois de terminar, bebo a água e deixo a bandeja de lado.

Me sinto sonolenta, tudo gira, pego o copo e cheiro. Merda! Batizaram a água . Novamente desmaio.

Algo gelado toca meu rosto. Está escuro ou eu não consigo ver porque minha visão está turva. Meu corpo está intocável, uma dor insuportável invade todo meu ser.

Estou no chão, nua e ensanguentada. Tiro forças para me levantar, quero água, desesperadamente eu quero água. A mesma bandeja de dias - Na verdade não sei quantos dias - com comida e água.

Me arrasto até ela e como sem saber o que estou comendo. Bebo a água toda e não é o suficiente pra matar minha cede. Deito ali mesmo, sem forças pra nada.

- Hora do banho! - Alguém grita.

Um jato de água quente me desperta. Tento não me afogar, me debato para sair da água . Ouço risadas e deboches.

- Vista isso. - Ele joga uma sacola em cima de mim e tranca a porta.

Dentro da sacola tiro uma toalha, calça de moletom e uma regata. Me seco e me visto, deito na cama e por mais que esteja horrível, preciso descansar e o chão molhado é pior que isso.

Não me lembro de nada, só sinto dores cada vez que eu acordo. Perdi a noção do tempo, das horas, dos dias, não sei nem onde estou. Me sinto cega e desnorteada. Quero meus filhos, meus pequenos. Eu preciso sair daqui.

- Tapem os olhos dela. Eu a quero acordada dessa vez.

Sinto um tremor me consumir. Sim, eu estou com medo do que vem. Por mais que eu tente, não consigo ver nada. Sou vendada e puxada para frente.

- Então você é a tão temida Lillith Haverlly. - O cara do lado pergunta.

- Ela não é mais tão temida assim. - O outro debocha. - Olhe seu estado deplorável.

O chão é gelado. Ouço ar... Estamos no subterrâneo. Dois minutos até pararmos. Alguém abre um porta com chaves. Salto alto, tem uma mulher aqui e esse cheiro de charuto.

Fico parada ouvindo murmúrios. Saltos altos vindo. Alguém rir. Um homem rir. Saltos altos para muito próximo de mim.

- Maria Katherine, que honra revê-la. Esperamos muito tempo por você, doce prometida. - Seu hálito é de menta misturado com tabaco. - Você é tão perfeita como dizem por aí.

- Deixe de bajular essa verme. Merece cada coisa. - A voz rouca diz com desgosto.

- É tão bela ,mas tão podre. - A mulher lamenta. - Fale, querida, quero ouvir sua voz.

O local ficou em silêncio. Eu não respondo, não vou falar absolutamente nada.

- Bem que você me disse. Tão brava quanto o pequeno Lorenzo. - Ela diz. Algo fura minha barriga. - Sim, nem com dor ela grita. Teremos que tomar medidas drásticas.

Sou atingida nas pernas e fico de joelhos. Alguém puxa meu cabelo e enfia minha cabeça dentro d'água. Não me debato, mesmo implorando por ar.

- Tcs tcs, vocês são tolos! Água quente, imbecis de merda! - O homem pragueja.

- Enquanto providenciam a sua água quero que me responda umas curiosidades. - A mulher diz. - Quem é Alexsander? Quem é Mackenzy?

Ouvir seus nomes fez acender algo mim. Eu tenho por quem lutar. Mantenho silêncio.

- Sua água chegou, querida! - Ela diz.

Por horas sou torturada nisso. Quase sendo apagada por falta de ar, meu rosto ardia devido a água quente.

- Dura na queda. Enchem a banheira de gelo. - A mulher diz.

Sou jogada no chão sem forças, fico ouvindo os passos e zuadas. Sou carregada e jogada, que acho ser, na banheira.

Aos poucos sinto meus pés congelarem. Minhas pernas estão duras, meu maxilar treme rudemente. Me encolho tentando inutilmente me aquecer.

- Quem é Alexsander e Mackenzie? - A mulher pergunta de novo.

Eu só queria olhar para seu rosto. Quero ver quem é essa mulher ou saber quem é o homem. Esse cheiro insuportável de charuto!

- Esse é o bom de tortura-la, você não reclama, não pestaneja, não faz nada. - O homem fala. - Eu vou testar seu limite, Maria. Temos todo o tempo do mundo.


Não sinto meu corpo, seu que vou apagar a qualquer momento, mas eu tenho meus filhos, tenho meu irmão e minha mãe. Não posso deixá-los!


Sou tirada e envolvida com uma manta. Aos poucos sinto meu corpo e agradeço mentalmente por isso.

- O que significa isso? - Alguém tira a venda e coloca o celular na minha frente.

A luz forte incomoda, pisco algumas vezes. Na tela aparecia:

K. K. 0102x

K.1 120195531525541415 X

Porra, Ethan! Te amo seu filho da puta! Sorrio de leve.

- Responda! O senhor não tem paciência e eu quero ir para casa em breve.- O homem se irrita.

Outra mensagem.

K. K. 0102xq

E1 - 1912395452021152213142114

- Responda!

- Apaguem ela. Quero me divertir com seu corpo. - O homem ordem.

Alguém injeta algo e em instantes apago.

- Você encontrará logo logo o diabo, Maria.

Foi a única coisa que consegui ouvir.

Devilish (RETIRADA 10/12)Onde histórias criam vida. Descubra agora