Uma espiadinha em "Katherine"

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"Ore por mim porque eu perdi minha fé em guerras santas
O paraíso me negou porque não posso suportar mais
A escuridão me dominou, destruiu minha alma mortal.
Todas minhas virtudes sacrificadas, o paraíso pode ser tão cruel?"

-  The truth beneath the rose.

Maria Katherine - 10 years old .

- Katherine, responda! - A professora idiota grita. Eu apenas a encaro.

- Você não manda em mim. - Respondo seca.

- Terei que chamar sua mãe aqui, se esse é o problema. - Ela ameaça.

- Continuo não me importando. - Dou de ombros.


Ela se irrita, sai de sua mesa e me puxa pelo braço. Sou deixada sozinha na sala da "Psicóloga " da escola. Hannah é mais maconheira que psicóloga, sei disse porque ela é cliente do meu pai.


Olho pela janela de vidro a professora ligar para Davinah. Eu odeio essa mulher com toda a minha alma. Logo depois ela entra com um sorriso de deboche.

- Você precisa de um corretivo e sua mamar virá até aqui.

- Onde a pirralha está? Katherine! - Davinah entra furiosa atrás de mim. - Ah, ai esta você.

Ela tira da bolsa um chicote. Eu estremeci ao ver. A professora fecha as janelas, para que ninguém possa nos ver. Davinah então me bate, sem me deixar respirar, sem nada.

- Você é uma merda! Está me entendendo? Você obedece quem te manda!  Sua vadiazinha! - Davinah pega meu rosto e o arranha com as unhas.

- Vadia aqui só tem uma e o nome dela é Davinah. - Cuspo de volta.

- Acho melhor não contar isso para seu pai, se não nos veremos novamente.

- Não pense que tenho medo de você por não abrir a boca. Eu vou te dar a pior e mais dolorosa morte, não adianta fugir ou se esconder, eu vou acha-la. - Digo olhando em seus olhos.

Ela me encara, me arrisco a dizer que está com medo. Ótimo. Davinah sai batendo a porta. A professora me olha com nojo.

Me levanto e antes de fechar a porta falo.

- Espero que tenha trancado todas as portas da sua casa antes de dormir.- Sorrio de lado. - Seria uma pena se alguém entrasse lá e fizesse algo terrível.

Sem deixá-la falar, saio da sala e vou direto para casa.

• • •

- Querida, está tudo bem? Como foi a escola? - Papai diz ao celular .

- Sim, foi tudo bem. Não vem para casa? Não quero ficar com a Davinah.

- Não querida, sinto muito. Mas estarei pela manhã para te acordar. Davinah não vai estar em casa, chame o Kenny para brincar com você. Te amo, querida.

- Também te amo, papai.

Desligo o celular e coloco a bolsa na costa e saio. É uma longa caminhada até na casa da professora. Fui até a casa do Kenny, que mora na casa ao lado, por sorte ele estava no quintal.

- Hey, Kenny! - O chamo.

- Oi, Kathie, tudo bem? - Ele vem para meu quintal.

- Me ajudaria em algo? - Perguntei.

- Wow, conheço esse olhar. Quem você quer apagar?

Kenny é o único que me conhece, de verdade, ele sabe o que a minha família faz nas horas vagas. Ele também sabe que tenho o temperamento forte e odeio quem me irrita.


- Vem ou não? - Arqueio a sobrancelha.

Ele sorri e me acompanha. São dez minutos até na casa dela, tentamos ser discretos, ele resmunga algo sobre "você só tem dez anos para ser tão maldosa. " . Rio disso. Chegamos na casa dela.

Peguei a cópia da chave e entrei. Estava tudo escuro, ela ainda não estava em casa. Ótimo.

- Já pensou em como matá -la? - Ele pergunta.

- Está nevando... - Fico perdida nos pensamentos.


Ela tem uma jacuzzi no fundo e está cheio de neve. Perfeito. Kenny e eu nos escondemos, ela está para chegar.Algumas horas depois ela chega e tranca tudo, provavelmente com medo.

Kenny toca a campainha e ela vai atender. Pego o machado e fico atrás dela. Assim que ela fecha a porta, dou uma machadada no tendão do seu pé.

- Ai meu Deus! - Ela grita.

- Não, Katherine mesmo.

Com o lado de metal do machado, bato na sua boca sem deixar ela ter reação alguma. Ela fica tonta e não consegue se mover.

- Me ajude, Kenny. - Peço enquanto puxamos ela para o fundo.

- Estou ajudando! Da próxima vez mate alguém mais leve. - Resmunga.


Amarramos seus pés nas mão, como porcos são vendidos. Costuramos sua boca com as coisas que trouxe na bolsa. A nevasca começou, rapidamente colocamos ela dentro da jacuzzi.

Ela se debate, mas nada ajudará ela. Algumas pessoas não devem ser pertubadas, elas podem ser como um campo minado, não importa onde pisa, você morrerá.



Várias vezes eu tento
Entender os demônios dentro da sua cabeça
Mas a verdade é que você os ama pra morrer.

- The Last Time.




• • •


Pequena degustação da infância da Katherine . Em breve.

LaislenyGomes

Músicas usadas: Within Temptation


Devilish (RETIRADA 10/12)Onde histórias criam vida. Descubra agora