Capítulo 36

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A moça caminhou até os aposentos de Sara. Bateu na porta e foi entrando devagar.

— O que quer? Ah, Kilayra, é você? Que bom que veio me ver!

— Vim ficar um pouco aqui — falava enquanto aproximava-se da cama onde a mãe estava deitada.

— Quanto tempo faz que não vem aqui, filha?

— Bastante tempo. Nem recordo quando foi a última vez.

— Eu sim, era seu aniversário de dez anos. Depois disso sempre que eu a chamava estava ocupada com suas coisas.

— Dá tanta importância a isso minha mãe?

— Na verdade não deveria, não é mesmo? Nem tão pouco deve você se importar comigo, estou sendo uma tola! É que estava me lembrando do dia em que nasceu.

— O passado pertence ao passado! — Sorriu.

— Estávamos eu e Moade a decidir seu nome — continuou nostálgica.

— Por falar na Moade, papai me disse que ela está com a senhora desde muito jovem.

— Moade chegou aqui muito debilitada. Acho que tinha perdido um filho, pois tinha muito leite. Amamentou muitas crianças, sua avó Joanna me contou uma vez. Ela foi mandada até o meu reino, quando nasci, pois eu precisava de uma ama de leite e meu pai entrou em contato com Nicolas, seu avô, e ela passou um tempo em nosso castelo.

— De qual reino veio mesmo? Por que não conheço seus pais?

— Meus pais morreram quando eu era muito jovem. Meu reino é muito distante daqui. Não devemos mais falar muito de mim... Sou uma pessoa entediante.

Kilayra concordava que não via grandes interesses na mãe. Era a rainha. Nada mais. Se fosse uma dama da corte, seria uma das que passavam despercebidas. Era bonita, mas muito frágil. Não admirava a mãe. Tinha piedade dela, às vezes.

— Que coisa é essa? Diga-me mamãe, a senhora casou-se com papai quando tinha que idade?

— Eu era uma jovem como você. Pode não acreditar, mas dei muito trabalho a seu pai. O fato é que não desejava casar-me tão cedo, nem imaginava que aos quinze anos estaria vestida como noiva.

— Casou-se aos quinze?

— Eu fui a noiva mais feliz desse mundo. Felicidade que apenas foi superada no dia em que vi minha linda menina.

— Não quis mais filhos?

— Não pude. A gravidez me deixou muito doente e jamais tive a graça de gerar outra criança. Por vezes penso que Lucas sofre com isso.

— Entendo, sempre quis um filho. Não era uma menina que esperava.

— Jamais torne a repetir tal coisa. Queria que tivesse visto seus olhos quando te viu. Foi a primeira vez que o vi chorar. Estava tão feliz que seus olhos brilhavam como estrelas. Todos pensavam que não sobreviveria. Era tão pequena, tão franzina, tão branquinha, seus olhos eram claros como os de um gato. Mas filha, você era um bebê adorável, sorria por qualquer coisa. Olhando-a ninguém adivinhava a beleza que estava guardada. Seu pai foi muito feliz naquele dia. Ele simplesmente adora você!

— Eu também o amo muito. Meu pai é a pessoa que mais admiro em todo o Daran.

— Sei disso, filha.

Kilayra notou desapontamento na resposta da mãe. No entanto, não poderia fazer nada, admirava as pessoas fortes e corajosas. Admirava o pai, e amava a mãe. 



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E vos apresento a Rainha Sara!


Eu tenho muito a agradecer a todos que estão lendo... e também aos que estão comentando o nosso livro! Espero estar agradando a todos! Então...

Votinhos... Votinhos... Estrelinhas... comentáriosss... kkkk

Estou ansiosa!

Espero os votos e os comentários de vocês! Se estão mesmo gostando, indiquem, isso motiva tando essa que vos escreve! :) : P

Meu muito obrigada! E...

Aquele Abraço,

W.F.Endlich


A Senhora do Caos - A Viajante e o DragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora