Com o coração aos saltos, eu corri para o elevador ao lado, enquanto que ela entrou para o outro elevador. Carreguei no botão do meu andar, décimo sétimo, e esperei impacientemente que as portas abrissem. Peguei no telemóvel e procurei o nome do Harry nas chamadas, colando o aparelho ao meu ouvido.
Tocou, tocou, tocou e tocou. Harry não atendeu. O meu coração batia-me na garganta e eu só olhava para o pequeno ecrã que me mostrava que ainda ia só no sexto andar. Voltei a ligar para Harry mas este não atendera, novamente. Comecei a senti-lo. O pânico começou a alastrar-se pelo meu corpo e sentia-me ficar sem forças e com vontade de gritar o nome do Harry para que ele me ouvisse, mesmo sabendo que isso seria impossível.
A minha respiração começou a ficar descontrolada e, de repente, o elevador ficara mais pequeno, as paredes do mesmo começavam a encolher. Fechei os olhos e voltei a abri-los, tentando convencer-me de que o elevador não estava a encolher e de que era tudo a minha imaginação mas não parecia ter sucesso.
Olhei novamente para o ecrã. Estava no décimo quarto andar. Suspirei de alívio por estar mais perto mas mesmo assim, o pânico continuava a escorrer pelo meu sangue e eu sentia a minha respiração ficar cada vez mais descontrolada e, ao mesmo tempo, a desaparecer. O famoso 'plim' do elevador soou e eu saltei para fora do mesmo quando as suas portas se afastaram uma da outra.
Corri até à porta de casa e toquei à campainha enquanto tentava apanhar as chaves na mala. Encontrei-as e coloquei a chave na porta com alguma dificuldade por estar a tremer. Abri a porta e entrei de rompante, deixando a minha mala cair no chão enquanto chamava pelo Harry e caminhava pela casa à sua procura.
"Harry!" Gritei com as lágrimas a escorrerem pelas minhas bochechas. "Harry!" Berro, correndo para o nosso quarto e chocando com um corpo, fazendo-me gritar de susto. Os meus olhos chocam com os seus.
"Calma, eu estou aqui, Charlotte, calma!" Ele diz e eu levo a minha mão à boca, sentindo o alívio tentar acalmar o meu coração.
"Oh meu Deus." A minha voz falha e eu sou rápida a abraçá-lo fortemente, chorando contra o seu peito nu. Os seus braços envolvem o meu tronco indefeso e a sua cabeça encosta-se à minha.
"Calma, shh." Ele diz e os seus dedos deslizam pelas minhas costas, acalmando-me.
"Tu não atendeste o telemóvel e eu pensei que-" Começo mas não termino devido a um soluço que escapou da minha boca enquanto chorava.
"Eu estava a tomar banho, ia ligar-te quando te ouvi gritar." Diz e eu suspiro, soluçando novamente. "Ei." A sua voz rouca pronuncia-se e os seus dedos elevam o meu rosto, fazendo-me olhar nos seus olhos verdes esmeralda lindos. "Calma, está tudo bem." Assegura-me e o seu rosto aproxima-se do meu, juntando os nossos lábios.
Sentia-me acalmar à medida que beijava Harry mas o pensamento dela aqui, a fazer mal ao Harry, deixa-me irrequieta. Não posso deixá-lo aqui, tenho medo, nunca iria ficar descansada. Separamos os nossos lábios lentamente e eu subi as minhas mãos pelo seu tronco, parando no seu rosto e acariciando-o.
"Vens comigo?" Pergunto e ele une as sobrancelhas, demonstrando a sua confusão.
"Mas tinhas dito que-" Começa.
"Eu sei." Interrompo. "Mas mudei de ideias." Digo e ele suspira.
"O que é que se passa, Char?" Pergunta e eu sinto a minha pele arrepiar com a alcunha.
"Nada, está tudo bem agora. Vai-te lá acabar de vestir." Mando gentilmente e ele assente, beijando uma última vez os meus lábios e subindo as escadas.
Caminho para a entrada de casa e fecho a porta, pegando na minha mala e caminhando para a sala. Deixo-me cair no sofá e suspiro, tentando acalmar-me mais um pouco. Fecho os olhos e deixo-me estar a respirar fundo enquanto espero pelo Harry.
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Charlotte |H.S|
FanfictionEla é uma rapariga bonita e inteligente. Tem a sua casa e não confia muito nas pessoas, exceto nos seus dois melhores amigos, Zayn e Perrie. Foi abandonada num orfanato pelos pais mas conseguiu sair de lá aos 18 anos. Agora com 22, tem um trabalho...