Capítulo 12

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Acordei com os gritos da minha avó. O que raio se passa?!

"Charlotte Mary Summers!" Ela grita e eu levanto-me da cama apressadamente. Corro até ao exterior do quarto para encontrar a minha avó e o anormal do Harry. Oh meu Deus, a sério?

"O que é que estás aqui a fazer?" Pergunto, olhando bem fundo para ele.

"Eu vim falar contigo por causa de hoje." Diz e a lembrança da nossa discussão às seis e tal da manhã enche a minha mente.

"E porquê os gritos?" Pergunto, olhando para a minha avó.

"Porque saber que a neta tratou mal um rapaz como o Harry, não é a melhor coisa de se saber." Responde.

"Eu tenho de arrumar as coisas, visto que me vou embora." Digo e rodo sobre os meus calcanhares. Entro no quarto e fecho a porta. Ponho a mala em cima da cama e começo a tirar a roupa do armário, pondo-a de seguida dentro da mala. Deixei a roupa interior que tinha vestido umas horas antes de parte.

Não estou para isto. Não quero discutir com a minha avó por causa do Harry. Ainda lhe digo algo que não quero. Fechei a mala com alguma dificuldade pois nem me dei ao trabalho de arrumar a roupa. Conforme ela caísse na mala, era assim que ficava. Pus a mala no chão e saí do quarto. Passei pela minha avó e pelo Harry e ignorei os seus olhares. Saí de casa e tirei a minha roupa que estava no estendal. Voltei para dentro e fui para o quarto, sem dizer uma palavra.

Despi o meu pijama e vesti a roupa interior que tinha deixado de fora da mala. Vesti a roupa e calcei as sandálias cor camel. Encafifei o pijama dentro da minha mala camel e fiz a cama. Saí do quarto e fui até à casa de banho. Penteei-me e lavei os dentes. Guardei as minhas coisas na pequena mala de higiene e mentalizei-me de que iria ter de abrir a mala outra vez.

Saí da casa de banho e entrei no quarto, sempre com os seus olhares em mim cada vez que passava por eles. Abri um pouco da mala e encafuei a bolsa de higiene lá dentro, voltando a fechar logo a seguir. Pus a minha mala ao ombro, peguei na mala de viagem e saí do quarto. Agarrei na mala do computador e levei-a comigo até ao exterior da casa.

Caminhei até ao meu carro e pousei tudo ao pé do porta bagagens. Procurei as chaves do mesmo no fundo da minha mala e destranquei o veículo. Abri o porta bagagens e pus a mala de viagem e a mala do computador lá dentro. Fechei e abri a porta do pendura. Pus a mala em cima do banco e fechei a porta, respirando fundo.

Rodei sobre os meus calcanhares e caminhei até casa. Entrei e vi o olhar triste da minha avó sobre mim, assim como o de Harry. Mas há uma diferença, eu não quero saber do Harry. Caminhei até à minha avó e abracei-a fortemente. Deixei um beijo na sua bochecha e murmurei um 'Desculpa'.

"Não vás já, Char." Ela pede.

"Avó, eu estou um pouco chateada e não quero discutir contigo nem dizer algo inconveniente." Explico e ela assente.

"Voltas para a semana?" Pergunta.

"Eu depois ligo, sim?"

"Sim." Diz e beija a minha testa. "Faz boa viagem." Sorrio e vejo uma pequena lágrima formar-se nos seus olhos.

"Ó avó..." Abraço-a fortemente e enterro o meu rosto no seu pescoço. "Não vou para a guerra." Brinco e ela ri.

"Eu sei, querida. Mas depois durante a semana, nunca tens tempo para me ligar."

"Porque eu trabalho arduamente para depois poder estar descansada e estar contigo mais tempo." Explico e ela sorri, afagando a minha bochecha.

"Adoro-te, Char." Diz e eu sorrio.

"Eu também te adoro, avó." Digo e afasto-me dela. Olho para Harry e dou-lhe um sorriso falso. "És um idiota." Digo e saio de casa. Entro no carro e ligo o rádio pondo o CD que eu gravei com músicas minhas. Começo a cantar.

(Podem pôr a música se quiserem ;) )

"Once in a lifetime

It's just right

We made no mistakes

Not even a landslide

Or riptide

Could take it all away

Somehow, it feels like nothing has changed

Right now, my heart is beating the same

Out loud, someone's calling my name

It sounds like you

When I close my eyes

All the stars align

And you are by my side

You are by my side

Once in a lifetime

It's just right

That we are always safe

Not even the bad guys

In the dark night

Could take it all away

Somehow, it feels like nothing has changed

Right now, my heart is beating the same

Out loud, someone's calling my name

And it sounds like you

When I close my eyes

All the stars align

And you are by my side

You are by my side

You are by my side

You are by my side

Once in a lifetime

You were mine"

Não sei bem porque é que escrevi esta música... Não me lembro porque já a escrevi há muito tempo. Praí quando tinha os meus 17, 18 anos. A letra faz sentido. Parece que na altura estava frágil por causa dos meus pais, dos maus tratos no orfanato, de tudo. Felizmente tinha a Perrie e o Zayn comigo... Até uma certa altura...

Fiquei tão vazia naqueles meses... Foram poucos mas foram maus... A Perrie foi para Londres morar sozinha, assim como Zayn que não queria que ela fosse sozinha... Eles quiseram abdicar de tudo por minha causa mas eu insisti em que eles fossem. Não queria estragar-lhes os planos. Todos os dias falava com eles. Durante cinco meses eu ligava o computador e falava com eles via Skype.

Depois aos 18 anos, fugi do orfanato e fui ter com eles. Fiquei na casa da Perrie até conseguir arranjar uma casa para mim. Fomos os três para a Universidade e depois fui à procura da minha avó. Recompus a minha vida. E agora sou gestora, tenho as três pessoas mais importantes da minha vida comigo e o orfanato bem longe de mim.

Olá!! Consegui publicar visto que estou em casa da minha tia e não preciso de estudar matemática porque a stora adiou o teste! Bem, espero que gostem!! Beijinhos! <3

Charlotte |H.S|Onde histórias criam vida. Descubra agora