Suspirei e guardei o ficheiro, sorrindo para mim mesma. Estava feito.
"Já acabaste?" Uma voz rouca pergunta e eu olho para trás, encontrando Harry à porta do escritório.
"Sim, está pronto para mandar para a editora." Respondo e ele aproxima-se de mim, fazendo-me levantar da cadeira. Sentou-se e puxou-me para o seu colo.
"E eles ficam juntos?" Pergunta e eu torço o nariz, fazendo-o imitar-me.
"Ela morre." Respondo e ele faz uma careta.
"Tu não estiveste um ano a trabalhar nessa história para matares a pobre rapariga no fim!" Protesta e eu rio-me.
"Eu sempre quis que ela morresse." Defendo.
"Porquê?" Pergunta.
"Porque ela não merecia o Harry, ele merecia muito melhor." Explico muito vagamente.
"Tu mereces-me." Contra-ataca.
"Mas eu mudei quando te conheci." Defendo.
"Tal como a Charlotte." Suspirei para com a insistência de Harry.
"Sempre tive esta ideia, Harry, não a vou mudar." Defendo.
"A minha resmungona." Brincou e beijou a ponta do meu nariz, o que me fez rir.
"Mamã!" Um traquina de cabelos loiros entra pelo escritório dentro e eu pego-o ao colo.
"Diz, amor." Tomo toda a atenção.
"A Chalotte ficou com o Hally, tal como tu ficaste com o papá?" A sua voz de bebé que mal sabe falar pergunta e eu rio-me.
"Vocês querem mesmo que eles fiquem juntos, não querem?" Pergunto e eles riem-se, assentindo.
Tal pai tal filho.
Assenti e voltei a abrir o ficheiro, apagando o fim e voltando a escrever.
Esperei impaciente. Parecia que a minha paciência tinha diminuído depois do acidente e do quase suicídio depois da morte da minha avó. Tinha-a perdido na pior altura, Harry estava chateado comigo e eu estava em Londres, a dormir e a preparar-me para enfrentar Harry novamente e tentar ouvir a sua versão da história.
Eu não pude agradecer à minha avó por me ter feito voltar a Londres e ouvir Harry, mesmo que não tenha sido das nossas melhores conversas. Mas foi aí que tudo começou, foi aí que eu finalmente ouvi o que ele fez e não desisti de encontrar provas suficientes para tirar o Harry da prisão.
Foi só aí que eu conheci melhor Louis e com ele, encontrei os talões da compra do anel e do cinema, que provavam a inocência de Harry. As provas foram entregues, Mrs. Stewart foi apanhada num momento de loucura no exato dia em que eu me queria suicidar, ela deu em louca quando lhe disse que nada do que ela pudesse fazer me iria fazer infeliz, apesar de ser um pouco irónico, visto que eu estava a planear suicidar-me.
O importante foi que ela confessou que conseguiu impressões digitais do Harry, pô-las na navalha que usou para matar a minha melhor amiga. Aquela mulher doentia confessou tudo, confessou que foi ela que matou Perrie, confessou que foi ela que pôs as impressões digitais do Harry na navalha, confessou que foi ela que escondeu a navalha na cela de Ginger, confessou que foi ela que pagou aos guardas para me tirarem da sala de visitas no dia em que fiz as pazes com o Harry, confessou que foi ela que me atropelou e quase matou.
Mas eu sobrevivi, uma semana depois, eu saí do hospital e fui com Louis até ao centro comercial procurar provas que mostrassem que Harry estava inocente. O talão de compra dos bilhetes não nos provava nada pois não havia a garantia de que tinha sido Louis e Harry. Então, apenas tivemos sorte quando eu consegui convencer a Inspetora James a ir ao centro comercial ver as gravações daquela noite.
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Charlotte |H.S|
FanfictionEla é uma rapariga bonita e inteligente. Tem a sua casa e não confia muito nas pessoas, exceto nos seus dois melhores amigos, Zayn e Perrie. Foi abandonada num orfanato pelos pais mas conseguiu sair de lá aos 18 anos. Agora com 22, tem um trabalho...