Eu mantenho um sorriso no rosto quando termino o meu objetivo de hoje e desligo o computador. Levanto-me e arrumo o meu telemóvel na mala. Visto o casaco e coloco a mala ao ombro. Dou uma olhada pelo gabinete, para ter a certeza de que tudo fica como eu quero e abro a porta do mesmo, saindo. Caminho até Brenton e este olha para mim, sorrindo. Tão extremamente irritante.
“Até amanhã, Brenton.” Digo e ele sorri novamente.
“Até amanhã, Senhora Summers.” Despede-se educadamente. Deus, como é que ele consegue ser tão educado? Eu sou mais do que arrogante para ele e ele simplesmente sorri e responde educadamente. Por isso é que o acho irritante. Mas ele só é assim porque quer manter o emprego. Isso é óbvio.
Caminho até ao elevador e entro no mesmo. Carrego no botão que me leva até ao estacionamento e rapidamente saio quando as portas abrem. Entro no meu carro e ponho a mala no banco do pendura. Coloco a chave na ignição e arranco. Conduzo até à minha casa e penso no que irei fazer para o jantar.
Talvez faça uma salada, hoje é segunda-feira e eu tenho de comer algo saudável para cortar as calorias que como em casa da minha avó durante o fim de semana. É óbvio que eu venero os seus cozinhados mas eles não são benéficos para o meu corpo. Mesmo que, como a minha avó diz, eu como muito mas não engordo. Sim, eu gosto de comer, sabe-me bem mas eu sei ter cuidado com as coisas que como.
Avisto o meu apartamento ao longe e desvio-me do trânsito habitual de Londres, enquanto penso concentradamente no caminho ‘secreto’ que vai dar ao estacionamento do prédio. Estou a ir bem. Avisto o portão para entrarmos na garagem e sorrio orgulhosa da minha memória. Pego no pequeno comando e carrego no botão.
As portas começam a afastar-se e eu despacho-me a aproximar-me para entrar. Entro e carrego no botão para o portão fechar. Estaciono o carro e pego na minha mala, saindo do veículo. Vou para o elevador e subo até ao meu andar. Caminho até à minha porta e vejo que a porta está aberta.
Um mau pressentimento atinge o meu ser e eu despacho-me a tirar os meus saltos. Quem levar com isto na cabeça, fica a dormir em três porra de tempos. Entro em casa e olho para todos os lados, esperando ver algo ou alguém com ar suspeito. Um sapato está no meio do hall e de certeza que não é meu.
Parece que é de um homem mas eu, de alguma forma, conheço este sapato de algum lado… Não há sinal de Ginger. Ai, se quem quer que esteja aqui fez mal ao meu cão adorável, esse alguém vai ter sérios problemas. E eu não estou a brincar. Aproximo-me do sapato bonito e pego no mesmo olhando para cima e para os lados. Não irá de repente cair-me algo em cima.
Rio-me com o meu pensamento estúpido e analiso o sapato. Wow, isto não tem um cheiro lá muito bom. Este sapato pertence a Zayn, eu tenho a certeza. Só ele é que é o homem que tem a chave de casa e o chulé dele não é a melhor coisa do mundo portanto isto só pode ser dele. Mas porque raio iria ele deixar a porra do sapato no meio do caminho e a porra da porta escancarada?
Evito a minha boca de emitir qualquer som. Porém, ela desobedece-me quando liberta um grito ao ver dois corpos a beijarem-se descaradamente no sofá. Eles rebolam no sofá com o susto e caem do mesmo a baixo. Mas estes dois querem pregar-me um susto de morte?! Eles levantam-se num ápice e olham-me assustados. Ergo a sobrancelha e cruzo os braços sobre o meu peito.
“Podem explicar-me o que raio estavam a fazer no meu sofá?” Pergunto calmamente e eles engolem em seco.
“Ele caiu em cima de mim e o sofá fez de amortecedor.” Perrie inventa a desculpa e eu rio-me.
“Sim, claro.” Ironizo e olho para Zayn, ele não vai ser capaz de me mentir. “Zayn? Tens algo a dizer-me?” Ele engole em seco e Perrie olha para ele. “Não olhes para ela.” Mando e ele tranca o seu olhar no meu, tal como eu pretendo.
“Desculpa, para a próxima vez nós ficamos no chão.” Diz e eu começo a rir às gargalhadas quando vejo o tom de pele branco da Perrie ficar completamente vermelho de vergonha e de raiva.
“Seu idiota!” Ela grita e começa a bater-lhe.
“Eu disse a verdade ao menos!” Ele responde.
“Wa, wa, wa!” Capto a atenção de ambos. “Tu não disseste a verdade porque tu não disseste que estava a acontecer…” Provoco e ele rola os olhos.
“Tu viste, não há muito a dizer.” Resmunga.
“Eu quero ouvi-lo.” Provoco novamente.
“Nós estávamos a beijar-nos…” Ele diz e a Perrie rola os olhos.
“Tu é que me beijaste.” Ela diz.
“Pois, porque tu não querias nem nada.” Ele defende e eu rio-me. Ele sabe sempre o que dizer.
“E não queria!” Ela defende-se.
“Isso viu-se quando eu vos apanhei no sofá.” Eu defendo o meu melhor amigo e ela rola os olhos.
“De que lado estás afinal?!” Guincha.
“Neste caso, do lado do Zayn.” Respondo e Zayn sorri.
“Ouviste, Perrie? Ela está do meu lado! É tão bom ouvir isso…” Ele diz.
“Cala a boca.” Ela cospe.
“A boca não se cala, fecha-se.” Ele provoca e ela ri-se.
“Então, fecha-a.” Ela atira e eu começo a rir-me.
“Autch…” Digo e ele rola os olhos.
“Pensava que estavas do meu lado.” Ele diz.
“E estou mas admite que esta foi boa.” Digo e ele bufa, sentando-se no sofá. Fecho a porta de casa e atiro o sapato para cima do dono. “Calça-te porque eu não quero o teu chulé a intoxicar a minha casa. E eu nem quero imaginar o que teria acontecido no meu sofá se eu não tivesse chegado.”
“Não iria acontecer nada.” Perrie defende.
“Eu adoro quando te fazes de difícil, Pezz.” Zayn diz de uma forma sensual e ela rola os olhos.
“Lol.” Diz e eu rio-me.
“Ainda por cima, os vizinhos iam ouvir e depois vinham cá abaixo e viam-vos porque vocês estavam tão fogosos que nem se lembraram de fechar a porta. Conclusão, eu ia ficar mal vista…” Explico e eles riem-se. Sentámo-nos no sofá e acendi a televisão.
Olá! Espero que gostem! Beijinhos! <3

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Charlotte |H.S|
FanfictionEla é uma rapariga bonita e inteligente. Tem a sua casa e não confia muito nas pessoas, exceto nos seus dois melhores amigos, Zayn e Perrie. Foi abandonada num orfanato pelos pais mas conseguiu sair de lá aos 18 anos. Agora com 22, tem um trabalho...