Capítulo 36

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— Brad! — ouvi alguém chamar meu nome.

Levantei a cabeça rapidamente, ao reconhecer quem era.

— Elizabeth! — corri para o vidro da porta à minha frente.

— Garry me ligou, avisando o que tinha acontecido. Não acredito que prenderam você. — olhou-me preocupada, assim que viu a algema.

Dois guardas apareceram e Elizabeth os encarou, furiosa.

— Por que o prenderam? — perguntou rude.

— Encontramos digitais dele e do pai em um local que havia explodido.

— Soltem-no. — foi curta.

— Senhorita Folks, nós não podemos...

Agora! — gritou furiosa.

Os dois guardas se entreolharam, confusos. Elizabeth ainda encarava um deles de cara feia. O que estava ao seu lado, pressionou a escuta em seu ouvido direito, para ouvir melhor.

— Entendido. — respondeu, cutucando, com o cotovelo, o braço do parceiro, indicando a porta com um movimento do queixo.

O outro homem tirou um chaveiro do cinto, e começou a procurar a chave que abriria minha algema. Suspirei aliviado. A sensação de estar preso era horrível, ainda mais quando você não fez nada.

— Obrigado. — agradeci o mesmo, que apenas assentiu com a cabeça.

Ele olhou para Lize, que agora parecia satisfeita. Pelo visto, os dois se conheciam.

— Vem comigo. — pegou-me pelo pulso e guiou-me até um longo corredor.

Ela caminhava freneticamente. A impaciência e a raiva eram notáveis.

Entramos no elevador, onde ela não parou de bater o pé, um segundo. O elevador abriu e a mesma voltou a dar largos e frenéticos passos. Eu corria para poder alcançá-la.

Chegamos a uma recepção, onde uma mulher digitava algo em seu computador. Elizabeth passou direto por ela, que levantou rapidamente, tentando impedi-la de entrar na sala à frente.

— Senhorita! — a mulher gritou, mas Elizabeth continuava caminhando — A senhorita não pode entrar aí! — a mulher voltou a gritar, segurando-a pelos pulsos, e puxando-a da porta.

— Me solta! — gritou.

Que ótimo! Como vou separar uma briga de duas mulheres muito irritadas?

Em um movimento rápido, segurei a baixinha que ia cair no chão, com um empurrão de Lize. Ela estava descontrolada! A mulher agradeceu e eu corri atrás de Elizabeth.

Ela empurrou a porta dupla com toda a sua força, fazendo as duas partes encontrarem a parede. Haviam sete homens lá dentro, seis sentados e um em pé, mostrando um mapa da cidade. Haviam fotos de pessoas em um quadro ao lado do mapa. Parece que acabamos de interromper uma reunião.

Os homens sentados, encaravam-nos confusos, enquanto o de pé, olhava para Elizabeth e depois para mim, furioso.

— Saiam. — Elizabeth apontou para a porta.

— Lize, você não... — comecei, mas ela me interrompeu com o indicador.

— Elizabeth! — o homem alterou a voz.

— O que estão esperando? — perguntou nervosa.

Os seis homens sentados levantaram e foram em direção à saída. Encostei na parede para que eles passassem, notando a presença da secretária baixa, ao meu lado, olhando assustada para o chefe, que a fuzilava com os olhos.

A Garota dos meus SonhosOnde histórias criam vida. Descubra agora