O que ninguem acreditava.

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6Hs da manhã o carro já estava em nossa porta. Meu avô materno veio junto. Eu estava alegre em revê- lo. Há um ano eu não o via. Meu pai levou minha mãe, pegada pelos braços, ao carro. Ela não olhava no rosto de meu avô e, nem nosto de ninguem. Abria os seus olhos por obrigação. Há uma hora da tarde comecei a sentir sua falta. Mas eu ainda não estava sentindo dó. Os garotos que viram tudo que aconteceu, pela brecha da porta da igreja, na noite anterior, ainda não haviam contado nada para mim. Entre esses garotos inclusive estava meu irmão, 1 ano mais velho do que eu. Depois que minha mãe saiu as coisas começaram a tomar rumo em nossa casa. Nos aquietamos e estávamos apenas aproveitando o momento com nosso avô. A quem gostávamos tanto. Quando tive oportunidade de falar com meu irmão, comecei a entender a situação. Ele começou a fala tudo que vira pela brecha da porta da igreja. Minha mãe simplesmente sendo humilhada por seus três algozes. Ele me falou tudo detalhadamente. Eu simplesmente imaginava e interrogava a mim mesmo. Como pode um pastor, um presbitero e uma diretora do Círculo de Oração fazerem uma coisa dessa com minha mãe? Meu pai eu já sabia que não era flor que se cheire. Alem de ele ser um "crente carnal", tudo que ele fazia e falava dava pra todos perceberem. Mas eu estava ouvindo e presenciando o inacreditável na vida de três crentes acima de qualquer suspeita, por nós, que o conhecíamos a pouco. Só quem fora suas vítimas em congregações por onde eles passaram é que conheciam sua sinistra forma de agir. Então depois que meu irmão falou tudo que vira, ele me disse: Ela falou que o pastor morrerar dentro de 3 meses. O pai morrerar em 1991. Não acreditei. Tanto o pastor, como meu pai, eram homens saudáveis. E, tambem, eu ainda não acreditava na capacidade e zelo de Deus pela justiça. Ele continuou me esclarecendo sobre o real estado de minha mãe, disse- me ele: Ela não está doente. Ela está louca e será levada ao ospício em São Luis, e não ao médico em Santa Luzia. Quando eu era criança eu tinha ouvido meus parentes falarem em seu estado de loucura uma vêz. Eu perguntava a ela mesmo. Mãe, como é ficar louca? As pessoas falam que a senhora já ficou uma vez. Ela me dizia. Eu não estava louca. Eu estava arrebatada. Meu corpo estava na terra. Mas meu espirito no céu. Eu me encontrava em um lindo jardim. As pessoas, inclusive seu pai, me encontravam nas ruas, sendo perseguida pelos cachorros latindo atrás de mim, meu filho. Mas eu não estava louca para mim. Apenas para eles.
- E o que mais a senhora via? Chega, já falei demais. Você é muito curioso. Respondia ela.
Quando meu pai estava em suas brigas acusatórias, às vezes ele deixava escapar um pouco dessa história, que eu com a minha curiosidade, sempre avançada, questionáva- me, sem nenhuma pretenção de usar essas informações, algum dia. E quando ela não estava mais aguentando a situação e pedia para ele parar, ele começava. Nunca aquele tipo de loucura será algo permitido por Deus como você fala. Você ficou louca porque tinha ódio de meus parentes. Achava que esse seu filho será alguma coisa no futuro. Isso você verá. Ainda lembro de você ter tomado ele das mãos do pastor na hora de sua consagração. Levantando ele para cima e gritando feito louca.: está aqui meu Deus o meu filho. O filho que Tu me destes... que tentaram matar em meu ventre, me fazendo acusações... então ele esnobava. Tá aí o teu filho. Só não me chamava de veado na frente dela, porque ele não era louco de chamar.minha mãe era desacreditada por seu estado de loucura. Quando ela entrou nesse estado de transcedência louco e inexplicável eu já estava com um ano de nascido. Minha irmã 1 ano mais nova do que eu era bebê de colo. Ela não conseguia dá banho em minha irmã récem- nascida e a estava matando afogada sem condições de reagir. Então ela fora socorrida por familiares. Por isso ela mesmo fugia desses comentários com outras pessoas. Ela jamis quis ser vista como uma falso profeta dentro de uma igreja. Por isso sempre trouxe oculto esse seu " arrebatamento de espirito. Assim como todos, eu imaginava ela sofrendo no hospício. Eu estava penalisadíssimo com minha mãe, depois que meu irmão me falou tudo. Comecei a ver o pastor, o presbitero e sua esposa com outros olhos. Quando o presbitero passava na rua ou subia no púlpito para pregar eu via ele como um sapo, inchado cheio de orgulho. Logo ele que só andava de calças, camisa manga cumprida, impecável. Tanto ele quanto ela. Eu não entendia como eles subiam no púlpito. Exigiam santidade falando em linguas estranhas. E eram pessoas tão sujas. A noite fui visitar a casa da Lourinha. A mãe da Suy e suas irmãs estavam lá. Elas peguntaram sobre os acontecimentos. Elas falavam: eu sabia que essa diretora não era gente boa.... Mas ela se superou.... Mas sua mãe é forte. Mas será mesmo se esse pastor estar pecando com Ana.? Ele só não disciplinou sua mãe porque viu que ela é uma mulher séria demais pra morrer do coração. Senão ele tinha disciplinado. Em fim, voltamos pra nossa casa, nossa antiga cidadezinha. Um dia meu irmão mais velho voltou no interior para receber umas contas de meu pai, de uns clientes que ficaram nos devendo. Ele já chegou lá no calor da noticia. O pastor não amanheceu entre nós. Ele fugiu de sua casa. E com ele tambem sumiu Ana. Ela já estava crescendo a barriga e não dava mais pra esconder. Um choque para a população que desconhecia o adultério. 3 meses depois chegou a fatídica notícia. O pastor simplesmente começou a inchar e morreu deixando Ana viúva. E tambem sua antiga esposa. Inacreditável pata todos.

Ps: Disciplinar, na igreja Ass. de Deus, significa: Afastar o pecador por um periodo determindo pelo pastor e as leis eclesiais da comunhão da igreja.

A Face negra da santidade.  O amor de Deus por um pecadorOnde histórias criam vida. Descubra agora