Um iniciante na vida

16 0 0
                                    

Mudamos de ponto comercial. Graças a Deus, saímos de perto da oficina de Valdo. Depois que o recuzei definitivamente dentro da loja, e ele percebeu que eu não pus mais os pés em sua oficina, ele resolveu não me incomodar mais. Mas eu odiava vê-lo todos os dias passando na rua, sorrindo e falando com meu pai. Minha mãe já estava próximo de ter o nosso sonhado bebezinho. Éramos treze irmãos mais queríamos mais...Gaby sorria feliz para as amigas. Eu era o seu sonho de infância. Eu não entendia isso.

Quando minha professora megera viu minhas notas, meu comportamento em sala, meu interesse em aprender, começou a sorrir para mim. No final da sétima séria ela aproximou se de minha cadeira. Pegou meu caderno e perguntou-me: Essa é sua letra?

-Sim, é...

Linda caligrafia!

-Obrigado.! Gosto de imitar a letra mais linda, de minhas professoras. Procuro escrever igual a mais linda letra que vejo no quadro verde.

E você está conseguindo... Parabens! Mas você adora desenhar flores... Essas flores são lindas! Seu pai olha seu caderno?

- Sim, ele sempre olha. Faço lindas flores no caderno e na capa dos trabalhos escolares e sempre mostro a ele.

Você é diferente do que me falaram. Você é bom aluno. E... não desista.

O dirigente da nova congregação começou a me olhar de perto. Ele era um presbitero de idade avançada. Não gostava de brincadeirinhas no banco dos jóvens. Não ía mesmo com minha cara. Uma vez ficou com ódio de mim, pois fiz uma imitação indecorosa de sua maneira de falar uma palavra. Eu fazia dele a imágem de um velho ranzinza, ruim, rico, nariz empinado e muito santo para o meu gosto. Eu odiava pessoas de vestes ricas e paletó, desde que o presbitero e a dirtora tiveram a corágem absurda de humilharem minha mãe, de tal forma que ela tivera que ser internada em um hospício. Eu não imaginava que o dirigente sabia de todas as conversas que se falava a meu respeito. Eu nunca fui de chegar em um pastor ou dirigente pegando em suas mãos e abraçando. Eu sempre imaginei: conheço bem o meu lugar. Todos eles odeiam afeminados como eu. Sou muito pobre e me visto mal pra está perto dessa gente.. minha alma, desde que cedi a ao prazer infame de Valdo, foi envolvida em uma àurea negra de culpa. Depois dos abusos morais de meu pai e da humilhação na escola particular, de saber o que é ser gay e rejeitado, foi crescendo em mim, um destruidor senso de baixo estima. E quanto mais eu sofria despreso, mais despresos aconteciam. Aqueles a quem eu mais depositava confiança, respeito e amizade se afastavam de mim.
Gaby chorava por mim. Sua mãe jà estava sabendo de nosso namoro escondido. Eu não podia mais fazer parte da galera da calçada de sua casa. Ela levou uma surra e não podia mais sair tambem. Nosso quintal era grande, como todos da vizinhança. Ela bolou um meio de fugir e encontrar comigo no mato. Ela queria perder a virgindade comigo.
Eu tinha 15 anos e ela 12. Eu sempre me recusei. E quanto mais eu recusava mais ela queria. Ela exigia que eu tirasse a camisa na hora dos abraços no quintal. Eu apenas imaginava. Essa garota é louquinha. Sou uma pilha de ossos. Meus colegas tem músculos deliciosos onde passar as mãos. Eu mesmo sou louco pra isso. Porque ela não oferece essa virgindade a um deles? Ela me fazia juras de amor eterno. Dizia não ser nada uma surra para ficar comigo. Seu amor iria ser pra sempre meu. E eu apenas imaginava: não estou pedindo nada. Me cansei de seus beijos na boca. Me cansei de ouvir falar em sua mãe.
Acabei o namoro. Sua irmã milly cansou de meu coleguinha. Era tudo o contràrio. Gaby queria mais do que tudo que eu tirasse a virgindade dela.me oferecia, eu recusava. Meu colga queria mais do que tudo tirar a virgindade de Milly. Se oferecia e ela se recusava.
Ele me condenava por rejeitar um cabacinho. Traz pra mim doido pra tu ver seu não arranco agora.... Porque ela não dá pra mim fica oferecendo a quem não quer.... Não quer ou não gosta?... .kkkkkkkkkkk

Milly me deixou por uns dias. Ela quer namorar o marcelo. Namorando comigo ela não consegue. Logo que ela conseguir vai botar chifre nele comigo. Tu vai ver! O namorado de Milly e seu irmão, eram os únicos que não me abandonavam.
Milly começou a namorar marcelo. Era o mais belo e cobiçado das garotas do bairro. Liiiindo, branquinho do corpo definido, rostinho de mocinho de filme romântico.. Meus olhos era a libélula. Seu corpo era a luz. Impossivel tirar os olhos daquela belezura de rapaz. Mas de longe, claro. Eu não tinha corágem de comentar sua beleza com ninguem. Milly era linda. Mas 1,75m de um homem daquele eu achava demais para ela. Estava reatado o namoro. Namoro de porta com marcelo e de beco escuro, fundo de quintal, e porta fechada de quarto com meu colega vizinho. Como ele falara e eu duvidadva.

Fui trabalhar na loja de meu tio. Era o local ideal pra mim esquecer a deprê. Meu primeiro salarinho já estava marcado para meu lindo sapato. Agora eu queria um da moda. Tinha que ser o mais lindo da sapataria. O novo local de nossa loja era promissor. Meus pais começaram a se alegrar a comentar dentro de casa como as vendas estavam boa. A nova moda era camisas e roupas de viscose, seda e langerri. E eu queria tudo. Meu primeiro salario só podia pagar metade do sapato. 35.000. Cruzeiro novo. Minha mãe inteirou. Cheguei em casa com um sorriso de orelha a orelha. Eu nunca imaginei que usaria um lindo sapato de adolescente rico. Solado alto. Fiquei dois dedos maior.

E quem mais uma vez resolver revelar sua paixão de infância foi a Andreza. Moreninha queimada. Ela achava até que um branquinho como eu não aceitaria. Alem de vizinha, melhor amiga de minha irmã. Estava sempre em nossa casa. Agora que deixei Gaby, ela resolveu mostrar interesse. Então parti para conquista. No primeiro beijo, a mesma coisa com Gaby. A mesma decepção com o beijo na boca. O mesmo tédio de sempre com as garotas. A mesma dificuldade em amar quem sepre me amava. As mesmas palavras no pé do ouvido: Nossa que sonho!... Estou realisando um grande sonho. Desde criança sonhei por esse momento. Parecia, sempre que estavam beijando um principe encantado, para elas. Parecia que um esqueleto baixinho estava com uma esponja molhada na boca, para mim. Mas eu não podia estragar um namoro fingido logo no primeiro dia. Deixava rolar. Até o momento predeterminado do meu não. Um dia a noticia espalhou se como fogo na palha seca do babaçu. Logo de manhã meu colega chegou em casa: Tu já sabe da noticia.?

-Qual?

Milly e a Marcelo fugiram. Mas já sei onde se encontram. Ele està morando agora com ela na casa do primo dele. Ela saiu ontem com ele e não.voltaram. A mãe dela não queria o casamento. Eles resolveram fugir. As 14hs vou onde eles. Vamos lá?

-Rumbora...

2 meses morando juntos houve a festa de casamento na casa de Milly.
Lambada êh... lambada ah...
Eu observava de longe a alegria da festa. Todos dançando lambada.

Gaby perdeu a iramã companheira. Milly foi morar com marcelo. Na noite seguinte tristeza acabara de chegar na face de Gaby. Passei em frente a casa dela. Ela me chamou. A tristeza de Gaby era tão grande que sua própria mãe olhou da janela e disse: fica aí com Gaby. Não vou mais me importar contigo aqui em minha casa. Gaby estava chorando baixinho. Sua mãe nos deixou só. Foi assistir a novela. Gaby começou enxugar seu olhos com as mãos. Minha primeira reação foi tentar consolá-la. Mas antes que eu terminasse de dizer: te entendo... Ela tacou me um beijo na boca. Devorou meus lábios sem me dá chance de recuar. A tristeza dela pegou uma nave estrelar. Na velocidade da luz. Hoje foi um dia triste.... Mais tambem o mais feliz de minha vida. Vai lá e diz pra Andresa que eu sou teu grande amor. Tchau vou dormir feliz. Amanhã vou vizitar Milly.

A vida na congregação estava ficando de ruim pra ótima. Uma nova familia chegou na congregação. 3 jovens muitos legais. 2 moças eu rapaz. A mais velha cantava muito bem e resolveu organisar o vocal dos jovens. A moça mais nova era a delicadeza em pessoa. O rapaz não tinha nada que atraia meu desejo. Foi de cara demostrando que eu não tinga a minima chance de amizade. Falava comigo por educação. E eu sempre sabia o porque disso. Mas o grupo de jovem formado era a minha chance de "virar homem" , esquecer meus punhais cravados no peito. Receber o Batismo com o Espirito Santo e falar em novas línguas como a igreja exige. Um homem lutava para nascer.... As dores de partos eram fortes. Um iniciante na vida. Que não conseguia passar de seu nascimento.

A Face negra da santidade.  O amor de Deus por um pecadorOnde histórias criam vida. Descubra agora