— Laura, não faça isso, por favor! Não desafie o senhor Malik. Ele não vai gosta disso. — Ela agora estava em pé na porta.
— Então que me mate. — Sua expressão tornou-se tão triste, ela sabia que ele não deixaria barato, mas via que minha decisão era irrevogável,
então saiu sem dizer uma só palavra, eu fui ao banheiro lavei o rosto troquei de roupa e voltei ao quarto, meu coração parou quando o vi parado de braços cruzados na porta, sua expressão indefinida, mas sempre autoritária, aqueles que não abaixam a cabeça nem para o rei se assim for preciso.
— As pessoas costumam me obedecer. — Sua voz firme deu um frio no estômago.
— Elas lhe acostumaram muito mal — Eu retruquei, eu estava cansada dessa porra que o Malik estava fazendo, um dia ele era perfeito, no outro um bicho mal educado.
— Além de desobediente ela ainda é respondona? — Era uma pergunta retórica, mas quis responder, eu não era património dele, não se compra um ser humano, não importa quanto dinheiro entrou na negociação. Mas não conseguia. Nem sei com que forças estava brigando contra a vontade de ceder aos seus encantos, o que havia nele que tirava minha atenção, que me fazia querer ser dominada por ele? — Você tem 1 minuto para reaver o que você considera bom para você e descer comigo para o café. — Ele estava tão certo das suas palavras que já levava o seu corpo para fora do quarto.
— Não me restou nada de bom, não entende? Nada mais. — Falei em um tom quase acima do permitido. Ele veio em minha direção com passos pacientes, segurou o meu pescoço e começou a apertar, sua mão estava firme em minha garganta, minha passagem de ar, não lutava mais para tentar fazer entrar ou sair nada dali ele me olhava enquanto meus olhos tentavam pular para fora do meu rosto. E talvez no fundo uma parte insana minha tivesse sentido algo nisso.
— Entenda que eu mando aqui, eu mando em você e em tudo que você pensar. Então não queira que eu seja pior do que desejo com você, entendeu? — Eu não queria responder. — ENTENDEU? — Ele falou tão alto e firme, minha espinha tremeu ao ouvir o som da sua voz.
—Sim...— Falei com dificuldade
— Não ouvir... — Filho da puta arrogante de merda...
—Sim, senhor. — Assim que as palavras saíram ele me soltou, segurei meu pescoço com alívio, e o acompanhei para a sala.
Após o café no qual não comi quase nada, o Malik me chamou até seu escritório. Não sabia o motivo, só queria poder ir para o quarto e me perder em lágrimas era a única coisa que podia fazer, no orfanato pelo menos eu trabalhava e acabava ocupando a cabeça.
— Senhorita, a partir da próxima segunda você irá frequenta uma faculdade, irá passar a semana e volta aos finais dela para casa. Mas sabe que se algo sobre a Vanda ou até mesmo sobre mim vazar, você morre. — Que merda estava passando na cabeça do Malik, Por que eu precisaria de uma faculdade. Foda-se.
— Sim, senhor. — Tentei ser o mais robótica possível, não tinha nenhuma emoção que eu sentisse ao seu lado que não fosse ódio.
— Ah, mais uma coisa. Hoje você vai ser uma boa menina e vai jantar educadamente comigo, entendeu? — Contanto que eu possa enfiar a faca na sua jugular ao fim da refeição... Me deliciei por segundos com a cena. Seria bem legal... Ou não, talvez eu sentisse falta dele depois. Droga de sentimentos conflitantes.
—Sim, senhor.
— Pode ir. — Sair da sala acreditando na chance de fugir daquilo tudo, até que enfim.
Meu dia foi monótono, não tinha nada para fazer e quando tentava ajudar a Valentina me repreendia, o Malik não veio para o almoço o que me deixou tranquila, um dia sem ter que brigar com dois lados desconhecidos meus.
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Lost- Entre o céu e o inferno
FanfictionDark love Essa história é abusiva e violenta, não leia se for te causar gatilhos. +18 Sinopse: " Você considera sua vida uma tragédia, por que não conhece a minha. Fui largada por meus pais quando tinha dois anos, passei a vida em um orfanato que s...