Lost- Entre o céu e o inferno

Submissa-20

O telefone tocou várias vezes quando eu achei que ninguém ia atender a voz do Henry quase um sussurro apareceu.

— Me perdoa... —Ele tinha uma voz tão triste, rouca.

— Nunca te culpei. — Claro que não, quem faz essa merda que eu fiz com ele.

— Eu quase te matei. — Ele estava chorando.

— Você não quis me matar. Sei que seria como suicídio pra você. — Ele sempre foi tão meu...

—Você é tudo pra mim Laura... — Seria tão fácil ter sido você merda, o que há de errado comigo?

— Ei... Esquece... Eu estou bem. — Eu estava pior por dentro do que pela bala que ele me acertou.

—Mas poderia não está.

—Esqueça o mais, eu errei, você errou.

— Posso te vê? — Ele perguntou sem jeito

— Claro.... Só deixa a arma em casa. — Eu rir pra mostra que era uma brincadeira.

— Não brinca com isso, ainda não estou bem comigo pelo que fiz. Fui egoísta, só pensei em mim.

—Quem nessa história não foi?

— Isso não é amor pra mim, amor é deixar livre o que se ama na esperança mesmo que vã de que volte.

—Isso também é ser egoísta, viver em prol de algo que você quer e esperar isso porque só isso pode te fazer feliz, se cega pra coisas que poderiam te dar muito mais motivos pra sorrir.

—Me perdoa.

—Ei, eu não tenho motivos pra guarda magoas suas.

—Eu te amo pra sempre.

—Te amo pra sempre...

— Onde eu entro em todo esse amor? — O Malik entrou no quarto nessa hora o olhei pra ele novamente querendo arranca seu pescoço.

— Até logo, H.

— Até logo. — Desliguei.

Olhei no fundo dos olhos dele, era vazio, sem brilho. Sua expressão fria não demonstrava em momento algum seus sentimentos. Tão diferentes o que sentia por um e pelo outro. E o que cada um mostrava sentir por mim. O Henry nunca mentiu ou me deixou triste, em seus olhos sempre refletia meu olhar. Por que ele sempre o buscava, não tinha mistérios, dúvidas ele era meu. Já o Malik... Esse eu nunca sabia quando estava se rendendo, ele não deixava claro o que sentia por mim. Não mostrava o que queria ou não.

— Onde eu entro na sua vida? — Eu estava possessa de raiva.

—Laura... Eu te amo ...

—Você engana as pessoas que você ama?

—Eu não sabia da Elisa

—Sabia, em algum momento você soube. Você a deixo na minha casa, como ainda insistir em negar?

—Eu me separei dela no aeroporto, imaginei que ia te vê lá em casa. Na verdade, a Valentina me ligou assim que você chegou.

— Eu não quero acreditar em você. Ela é tudo pelo que lutei, o motivo pelo qual fugir.

—Então devo agradece-la por ter me dado você.

— -Você nunca me amou de verdade. — Minhas lágrimas me traíram. O Malik apertou meu braço me fazendo olhar no seu olho.

— Eu tinha medo de te perde se deixasse você se torna o centro pra minha vida de que fosse só uma coisa de adolescente, que eu não fosse o melhor pra você. Eu mudei por você eu quis ser diferente pra te trazer de volta.