Submissa-6

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Ela me parecia familiar, tinha um olhar doce e um sorriso tão alegre, o Malik a abraçava, ele aparentava gosta muito dela, me aproximei ainda sem saber se devia e os cumprimentei.

— Senhor, senhora. —O Malik me olhou sorriu e me apresentou a mulher que não tirava os olhos de mim.

—Mãe essa é a Laura, a filha da Valentina. — Mãe? os pais dele não tinham morrido? — Laura essa é a mulher que tomou conta de mim, quando meus pais morreram, minha tia Lucy. — Ela me olhava com um olhar terno, tão aconchegante.

— Parece que nos conhecemos a tanto tempo. — Ela me puxou para um abraço, ali em seu abraço tudo que eu achei que podia parecer proteção sumiu, os braços da Lucy me fizeram sentir viva, feliz, eu mesma. Sorrir a olhando. Ela retribuiu seu sorriso tão lindo.

— Acho que tenho que ir... — Ela fez uma cara triste ao se despedir.

— Mãe pensei que fosse jantar conosco? — O Malik parecia realmente se importa com ela. Era tão afetuoso.

— Seu pai me espera. Só vim avisar do jantar no sábado. — Ela o abraçou e sentir um pouco de inveja por não ser eu naquele abraço, ela se voltou para mim, me olhou nos olhos e deu-me um beijo no rosto.

—Seja bem-vinda. — Ela disse de forma tão doce.

— Obrigada, sra. — Eu agradeci dando-lhe o meu melhor sorriso.

—Pode me chamar de tia. — Eu sorrir agradecendo. Tão gentil sem ao menos me conhecer. Percebi seus olhos marejados, parecia que ela lutava para não chorar, então se despediu novamente e saiu. Eu acompanhei o Malik até a sala, sentamos e logo em seguida o jantar foi servido.

— Você notou que sua tia saiu um pouco abalada daqui? — Disse depois de colocar algumas colheradas a boca.

—Sim... ela deve ter ficado mexida ao lhe vê. — Ele disse em um tom normal, tranquilo.

—O que eu fiz? — Perguntei assustada.

— Nada, a minha tia perdeu a filha, na verdade roubaram-lhe a criança a 16 anos atrás, como você deve ter mais ou menos a idade da Beatriz ela ficou um pouco abalada.

—Me perdoe por isso. — Eu realmente não queria a deixar triste.

— Não tem motivos. — Ele disse ainda calmo. — Afinal você não fez nada. Bom... como passou o dia?

—Bem e você? — Eu mentir claro, nenhum dia desde que eu cheguei na merda dessa casa tem sido bom...

— Perdão senhor, mas a srta. Laura não saiu do quarto hoje, não comeu nada, e nem bebeu. — Fofoqueiro do caralho...

—Oh, posso saber o motivo srta.? — O Malik agora me olhava sério. Eu olhei para o Cláudio o fuzilando com o olhar, tinha que ser ele o fofoqueiro a me entregar.

— Não... Tive fome, senhor. — MENTINDO DE NOVO

— Agora terá, ontem você desmaiou, e hoje preciso de você bem forte. —

Aquilo me deu calafrios, minha espinha se contorceu dentro do meu corpo, eu juro que pude sentir borboletas sobre o estômago, será que a comida me fez mal? Ou eu estava tão rendida que a porra da menção de esta com ele novamente me causa isso.

— Sim, senhor. — Após sentamos na sala e ele começou a me interrogar sobre minha vida no orfanato.

— A quanto tempo você está lá? — Ele estava sentado à minha frente tomando um licor eu acho, essas coisas parecem sempre iguais.

— Cheguei com dois, e estou lá desde então. — Disse meio confusa com a conversa, estou aqui a dois meses e nunca falamos sobre mim.

— 16 anos aturando a Vanda? — Ele revirou os olhos, eu também o faria ela é de fato repugnante.

Lost- Entre o céu e o infernoOnde histórias criam vida. Descubra agora